Entre marés e mangues: paisagens territorializadas por pescadores da Resex marinha de São João da Ponta/PA
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9469 |
Resumo: | A partir de 1990 as primeiras Unidades de Conservação, que contemplavam e favoreciam a presença de populações tradicionais, foram constatadas no Brasil, processo decorrente da mobilização e luta dos seringueiros da Amazônia. São as Reservas Extrativistas, especificadas como categoria de uso sustentável, que iniciam a inserção e valorização do conhecimento tradicional de modo regulamentado e reconhecido no sistema de preservação no Brasil, em que pese para tanto, a realização de atividades econômicas como fonte de subsistência (coleta de produtos de flora nativa ou pesca artesanal) segundo modo tradicional, e, condicionados à regulamentação específica (Diegues, 2008). A concepção de RESEX se espraiou até a implantação de territórios conservados em zona costeira, abrangendo comunidades pesqueiras em toda extensão do litoral brasileiro. Com o potencial pesqueiro constatado no estado do Pará, (o qual compõe somada a costa maranhense e amapaense, a maior costa de manguezal contínuo do mundo) a criação de RESEX Marinhas nesta paisagem costeira aumentou sucessivamente. Entre marés, matas, mangues, rios, caminhos, estradas, moradias, praças, portos e outras paisagens, os pescadores artesanais da RESEX Marinha São João da Ponta, caracterizam, organizam, concebem, estruturam o seu território das atividades cotidianas, materializando territorialidades e moldando paisagens. Este território, definido por processos de relações temporais, não pode ser apreendido dissociado da paisagem, pois, ao considerar que a paisagem “aclara e humaniza o território”, como bem ilumina Passos (2013, p.29), entende-se que já não é suficiente analisar o território, e as respectivas territorialidades que o constituíram, sem entender a subjetividade e distintos elementos físicos e simbólicos a este imbricados. Pretende-se analisar, deste modo, como a paisagem territorializada por pescadores é identificada por eles, e, se esta identificação de sua territorialidade endereça ou pode endereçar caminhos que concebam a paisagem como uma “teia de relações” que os sujeitos sociais constroem com seu território. Para interpretar a identificação das territorialidades dos pescadores é fundamental considerar os conhecimentos tradicionais e suas concepções sobre a paisagem. Portanto, mapear os locais de produção, que são os pontos de pesca chamados de pesqueiros (onde estão concentradas as espécies de peixe na maré), por meio de mapeamento participativo, foi um dos caminhos metodológicos utilizados para interpretar a paisagem territorializada pelos pescadores artesanais. Esta pesquisa foi realizada em abordagem qualitativa, desenvolvida na metodologia da pesquisa-ação indicada por Thiollent (1996) e alinhadas aos procedimentos metodológicos de trabalho de campo com entrevistas semi-dirigidas, mapeamento participativo com imagem de sensoriamento remoto, elaboração de produtos cartográficos com tratamento de informação em SIG e geo-foto-grafia. O desenvolvimento dessa pesquisa é significante para que estes territórios, identificados pelos próprios pescadores através das marcas da paisagem e dos caminhos os quais estes sujeitos perfazem e pertencem, permaneçam contemplados no processo de gestão, a partir da elaboração de materiais e instrumentos que subsidiem continuamente o monitoramento e proteção, para manejo e seleção de áreas de conflitos ou de possível sobrepesca e consequente empobrecimento e/ou esgotamento dos recursos explorados. |
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2018-02-21T12:09:14Z2018-02-21T12:09:14Z2017-04-19FERREIRA, Suzanna da Silva. Entre marés e mangues: paisagens territorializadas por pescadores da Resex marinha de São João da Ponta/PA. 2017. 132 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2017. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Disponível em: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9469>. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9469A partir de 1990 as primeiras Unidades de Conservação, que contemplavam e favoreciam a presença de populações tradicionais, foram constatadas no Brasil, processo decorrente da mobilização e luta dos seringueiros da Amazônia. São as Reservas Extrativistas, especificadas como categoria de uso sustentável, que iniciam a inserção e valorização do conhecimento tradicional de modo regulamentado e reconhecido no sistema de preservação no Brasil, em que pese para tanto, a realização de atividades econômicas como fonte de subsistência (coleta de produtos de flora nativa ou pesca artesanal) segundo modo tradicional, e, condicionados à regulamentação específica (Diegues, 2008). A concepção de RESEX se espraiou até a implantação de territórios conservados em zona costeira, abrangendo comunidades pesqueiras em toda extensão do litoral brasileiro. Com o potencial pesqueiro constatado no estado do Pará, (o qual compõe somada a costa maranhense e amapaense, a maior costa de manguezal contínuo do mundo) a criação de RESEX Marinhas nesta paisagem costeira aumentou sucessivamente. Entre marés, matas, mangues, rios, caminhos, estradas, moradias, praças, portos e outras paisagens, os pescadores artesanais da RESEX Marinha São João da Ponta, caracterizam, organizam, concebem, estruturam o seu território das atividades cotidianas, materializando territorialidades e moldando paisagens. Este território, definido por processos de relações temporais, não pode ser apreendido dissociado da paisagem, pois, ao considerar que a paisagem “aclara e humaniza o território”, como bem ilumina Passos (2013, p.29), entende-se que já não é suficiente analisar o território, e as respectivas territorialidades que o constituíram, sem entender a subjetividade e distintos elementos físicos e simbólicos a este imbricados. Pretende-se analisar, deste modo, como a paisagem territorializada por pescadores é identificada por eles, e, se esta identificação de sua territorialidade endereça ou pode endereçar caminhos que concebam a paisagem como uma “teia de relações” que os sujeitos sociais constroem com seu território. Para interpretar a identificação das territorialidades dos pescadores é fundamental considerar os conhecimentos tradicionais e suas concepções sobre a paisagem. Portanto, mapear os locais de produção, que são os pontos de pesca chamados de pesqueiros (onde estão concentradas as espécies de peixe na maré), por meio de mapeamento participativo, foi um dos caminhos metodológicos utilizados para interpretar a paisagem territorializada pelos pescadores artesanais. Esta pesquisa foi realizada em abordagem qualitativa, desenvolvida na metodologia da pesquisa-ação indicada por Thiollent (1996) e alinhadas aos procedimentos metodológicos de trabalho de campo com entrevistas semi-dirigidas, mapeamento participativo com imagem de sensoriamento remoto, elaboração de produtos cartográficos com tratamento de informação em SIG e geo-foto-grafia. O desenvolvimento dessa pesquisa é significante para que estes territórios, identificados pelos próprios pescadores através das marcas da paisagem e dos caminhos os quais estes sujeitos perfazem e pertencem, permaneçam contemplados no processo de gestão, a partir da elaboração de materiais e instrumentos que subsidiem continuamente o monitoramento e proteção, para manejo e seleção de áreas de conflitos ou de possível sobrepesca e consequente empobrecimento e/ou esgotamento dos recursos explorados.From 1990, the first Conservation Units, which contemplated and favored the presence of traditional populations, were verified in Brazil, a process resulting from the mobilization and struggle of the rubber tappers of the Amazon. Extractive Reserves, specified as a category of sustainable use, initiate the insertion and valorization of traditional knowledge in a regulated and recognized way in the preservation system in Brazil, in spite of that, the economic activities as a source of subsistence Of native flora or artisanal fishery) in the traditional way, and subject to specific regulations (Diegues, 2008). The concept of RESEX was extended until the implantation of territories conserved in coastal zone, covering fishing communities in all extension of the Brazilian coast. With the fishing potential found in the state of Pará (which together with the Maranhão and Amapaan coast, the largest continuous mangrove coast in the world), the creation of RESEX Marinhas in this coastal landscape has increased successively. Between tides, forests, mangroves, rivers, roads, dwellings, squares, ports and other landscapes, artisanal fishermen of RESEX Marinha São João da Ponta, characterize, organize, conceive, structure their territory of daily activities, materializing territorialities and Shaping landscapes. This territory, defined by processes of temporal relations, can not be understood as dissociated from the landscape, since, considering that the landscape "clarifies and humanizes the territory", as is well illustrated by Passos (2013, p.29), it is understood that already It is not enough to analyze the territory, and the respective territorialities that constituted it, without understanding the subjectivity and distinct physical and symbolic elements imbricated to it. It is intended to analyze, in this way, how the landscape territorialized by fishermen is identified by them, and if this identification of their territoriality addresses or can guide paths that conceive the landscape as a "web of relations" that social subjects construct with their territory. In order to interpret the identification of the territorialities of the fishermen it is fundamental to consider the traditional knowledge and their conceptions about the landscape. Therefore, mapping the production sites, which are fishing spots called fishing grounds (where fish species are concentrated in the tide), through participatory mapping, was one of the methodological paths used to interpret the landscape territorialized by artisanal fishermen. This research was carried out in a qualitative approach, developed in the methodology of action research indicated by Thiollent (1996) and aligned with the methodological procedures of field work with semi-directed interviews, participatory mapping with remote sensing image, elaboration of cartographic products with treatment Of information in GIS and geo-photography. The development of this research is significant so that these territories, identified by the fishermen themselves through the marks of the landscape and the paths to which these subjects belong and belong, remain contemplated in the management process, from the elaboration of materials and instruments that continuously Monitoring and protection, for the management and selection of areas of conflict or possible overfishing and consequent impoverishment and / or depletion of exploited resources.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFPABrasilInstituto de Filosofia e Ciências Humanas1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA REGIONALDINÂMICA DA PAISAGEM NA AMAZÔNIA: AGENTES, PROCESSOS E CONFLITOSORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TERRITÓRIOMangues florestais - São João da Ponta (PA)Reservas florestais - São João da Ponta (PA)Reservas naturais - São João da Ponta (PA)Pesca artesanal - São João da Ponta (PA)Paisagens - São João da Ponta (PA)Entre marés e mangues: paisagens territorializadas por pescadores da Resex marinha de São João da Ponta/PAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPIMENTEL, Márcia Aparecida da Silvahttp://lattes.cnpq.br/3994635795557609http://lattes.cnpq.br/2210059349333330FERREIRA, Suzanna da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_MaresManguesPaisagens.pdfDissertacao_MaresManguesPaisagens.pdfapplication/pdf6420181http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9469/1/Dissertacao_MaresManguesPaisagens.pdf5d72a4a182de57495b44e2827a566826MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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