Efeitos da orfandade sobre o comportamento e longevidade de operárias de Scaptotrigona aff. postica (Hymenoptera: Apidae, Meliponini)
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Data de Publicação: | 2018 |
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Resumo: | A morte da rainha fisogástrica pode implicar na desorganização comportamental das operárias de abelhas eussociais, que podem assumir diversas estratégias reprodutivas e comportamentais. Para as operárias a longevidade está relacionada ao esforço fisiológico desempenhado durante sua vida, mas as condições internas da colônia também afetam a longevidade, como a presença ou ausência de rainha. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi estudar o comportamento e a longevidade da população de operárias de abelhas sem ferrão em colônias órfãs, comparando-as com colônias com rainha fisogástrica presente. Para isso, foram utilizadas oito colônias de Scaptotrigona aff. postica, sendo quatro colônias com rainha e quatro sem rainha. Cada colônia teve o total de 1.200 operárias marcadas com cores diferentes por dia de nascimento (idade zero), obtendo assim grupos de idade. Durante 100 dias observamos atividade de forrageio colonial, idade das operárias que constroem células de cria, idade de forrageio e longevidade em todas as colônias, com rainha (CR) e sem rainha (SR). Ao longo do tempo em colônias CR a atividade de forrageio diminuiu ligeiramente; entretanto, as colônias SR apresentaram maior redução no número de forrageiras (X2 = 48.874; Gl = 1; p < 0.001). Em colônias órfãs observamos que ao longo do tempo, além das operárias jovens, as operárias mais velhas também constroem células de cria; já em colônias com rainha as operárias que participaram da construção de novas células de cria foram apenas as de idade jovem (X2 = 116.11; Gl = 1; p < 0.001). Em ambas as colônias, CR e SR, a idade de forrageio aumentou ao longo do tempo, porém em colônias SR observamos forrageiras com idade muito avançada (X2 = 66.546; Gl = 1; p < 0.001). A longevidade máxima encontrada para operárias de colônias com rainha foi de 54 dias de idade e para as operárias órfãs foi de 79 dias de idade. As curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier indicaram diferenças significativas entre colônias CR e SR (p < 0.001). Dessa forma, concluímos que (1) operárias de S. aff. postica em colônias sem rainha realmente diminuem a atividade externa ao longo do tempo; (2) as operárias órfãs de idade avançada continuam construindo células de cria, provavelmente, para tentar produzir machos; (3) é possível que as operárias de colônias SR passam a evitar o forrageio e realizam essa tarefa apenas eventualmente ou elas tendem a realizar essa atividade mais tarde; (4) o comportamento egoísta de se reproduzir, evitando o forrageamento e seus riscos e, assim, permanecendo mais tempo dentro da colônia pode prolongar a longevidade das operárias de S. aff. postica em colônias órfãs. |
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2019-05-24T20:14:01Z2019-05-24T20:14:01Z2018-04-02LOPES, Bárbara dos Santos Conceição. Efeitos da orfandade sobre o comportamento e longevidade de operárias de Scaptotrigona aff. postica (Hymenoptera: Apidae, Meliponini). Orientador: Felipe Andrés Léon Contrera. 2018. 33 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11206. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11206A morte da rainha fisogástrica pode implicar na desorganização comportamental das operárias de abelhas eussociais, que podem assumir diversas estratégias reprodutivas e comportamentais. Para as operárias a longevidade está relacionada ao esforço fisiológico desempenhado durante sua vida, mas as condições internas da colônia também afetam a longevidade, como a presença ou ausência de rainha. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi estudar o comportamento e a longevidade da população de operárias de abelhas sem ferrão em colônias órfãs, comparando-as com colônias com rainha fisogástrica presente. Para isso, foram utilizadas oito colônias de Scaptotrigona aff. postica, sendo quatro colônias com rainha e quatro sem rainha. Cada colônia teve o total de 1.200 operárias marcadas com cores diferentes por dia de nascimento (idade zero), obtendo assim grupos de idade. Durante 100 dias observamos atividade de forrageio colonial, idade das operárias que constroem células de cria, idade de forrageio e longevidade em todas as colônias, com rainha (CR) e sem rainha (SR). Ao longo do tempo em colônias CR a atividade de forrageio diminuiu ligeiramente; entretanto, as colônias SR apresentaram maior redução no número de forrageiras (X2 = 48.874; Gl = 1; p < 0.001). Em colônias órfãs observamos que ao longo do tempo, além das operárias jovens, as operárias mais velhas também constroem células de cria; já em colônias com rainha as operárias que participaram da construção de novas células de cria foram apenas as de idade jovem (X2 = 116.11; Gl = 1; p < 0.001). Em ambas as colônias, CR e SR, a idade de forrageio aumentou ao longo do tempo, porém em colônias SR observamos forrageiras com idade muito avançada (X2 = 66.546; Gl = 1; p < 0.001). A longevidade máxima encontrada para operárias de colônias com rainha foi de 54 dias de idade e para as operárias órfãs foi de 79 dias de idade. As curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier indicaram diferenças significativas entre colônias CR e SR (p < 0.001). Dessa forma, concluímos que (1) operárias de S. aff. postica em colônias sem rainha realmente diminuem a atividade externa ao longo do tempo; (2) as operárias órfãs de idade avançada continuam construindo células de cria, provavelmente, para tentar produzir machos; (3) é possível que as operárias de colônias SR passam a evitar o forrageio e realizam essa tarefa apenas eventualmente ou elas tendem a realizar essa atividade mais tarde; (4) o comportamento egoísta de se reproduzir, evitando o forrageamento e seus riscos e, assim, permanecendo mais tempo dentro da colônia pode prolongar a longevidade das operárias de S. aff. postica em colônias órfãs.The death of the physogastric queen may imply the behavioral disorganization of eusocial bees workers, where they can assume diverse reproductive and behavioral strategies. For the worker longevity is related to the physiological effort exerted during their lifetime, but the colony's internal conditions also affect longevity, such as the presence or absence of a queen. In this sense, the objective of the study was to study the behavior and longevity of the population of stingless bee workers in orphaned colonies, comparing them with colonies with the present laying queen. In this sense, the objective of the study was to study the behavior and longevity of the population of stingless bee workers in orphaned colonies, comparing them with colonies with the present physogastric queen. For this, eight colonies of Scaptotrigona aff. postica were used, of those eight there were four colonies with a queen and four without a queen. Each colony had a total of 1.200 workers marked with different colors by day of birth (age zero), thus obtaining age groups. For 100 days, we observed the colonial foraging activity, the age of the workers who attending brood cells, age of foraging and longevity in all colonies, queenright (QR) and queenless (QL). Over time in QR colonies the foraging activity decreased slightly; however, the QL colonies presented a greater reduction in the number of foragers (X2 = 48.874; df = 1; p <0.001). In orphaned colonies we observe that over time, besides the young workers, the older workers also construct the brood cells; in the colonies with queen, the workers who participated in the construction of new brood cells were only those of young age (X2 = 116.11, df = 1, p < 0.001). In both colonies, QR and QL, the age of foraging increased over time, but in QL colonies we observed foragers with very advanced age (X2 = 66.546; df = 1; p < 0.001). The maximum longevity found for colonies workers with queen was 54 days of age and for orphaned workers was 79 days of age. Kaplan-Meier survival curves indicated significant differences between colonies QR and QL (p < 0.001). Thus, we conclude that (1) workers of S. aff. postica in colonies without queen actually decrease the external activity over time; (2) advanced orphan female workers continue to perform breeding cell construction, probably to try to produce males; (3) it is possible that the workers QL colonies start to avoid the foraging and perform this task only occasionally or they tend to perform this activity later; (4) the selfish behavior of reproducing itself, avoiding foraging and its risks, and thus staying longer in the colony can prolong the longevity of S. aff. postica in orphaned colonies.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáMuseu Paraense Emílio GoeldiPrograma de Pós-Graduação em ZoologiaUFPAMPEGBrasilInstituto de Ciências Biológicas1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIABIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃOAbelha sem ferrãoInseto - PopulaçõesSociedades de insetosAbelhas - ComportamentoEfeitos da orfandade sobre o comportamento e longevidade de operárias de Scaptotrigona aff. postica (Hymenoptera: Apidae, Meliponini)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCONTRERA, Felipe Andrés Leónhttp://lattes.cnpq.br/0888006271965925http://lattes.cnpq.br/4145591937619712LOPES, Bárbara dos Santos Conceiçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_EfeitosOrfandadeComportamento.pdfDissertacao_EfeitosOrfandadeComportamento.pdfapplication/pdf955286http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11206/1/Dissertacao_EfeitosOrfandadeComportamento.pdf9e970d78ad8fa3a7e8fb1e959c9f6344MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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