Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: YAMAGUTI, Humberto Sabro
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11773
Resumo: O depósito de Montes Áureos localiza-se na Zona de Cisalhamento Tentugal (ZCT), de natureza compressiva/transpressiva, onde se encontram os conjuntos rochosos mais deformados do Cinturão Gurupi. A ZCT, com aproximadamente 15km de largura por 100km de extensão, e direção geral NW-SE, marca o limite sul-sudoeste do cráton São Luís (CSL) e é interpretado como uma possível sutura resultante do fechamento de um mar antigo entre o bloco Belém e aquele cráton. O depósito aurífero de Montes Áureos é hospedado por rochas metavulcanossedimentares do Grupo Gurupi, de provável idade proterozóica, que foram metamorfisadas em condições das fácies xisto verde baixo (clorita + sericita), xisto verde médio a alto (clorita + biotita + muscovita + epidoto + actinolita + Mg-hornblenda + Fe-hornblenda) e anfibolito baixo (biotita + plagioclásio + edenita + pargasita + ferrotschermakita), bem como deformadas em regime rúptil-dúctil, de que resultaram diferentes formas e estilos de estruturas com variáveis graus de deformação. A mineralização ocorreu essencialmente em veios e/ou vênulas de quartzo + carbonatos tardi-tectônicos de espessura milimétrica a centimétrica (< 2 cm), tendo formado corpos lenticulares e tabulares subparalelos à foliação milonítica com teores que não ultrapassam 2 ppm. O ouro encontra-se associado com arsenopirita, pirita e, secundariamente, com calcopirita, além de quartzo e carbonatos. A associação mineral hidrotermal composta de clorita, carbonatos e epidoto substitui parcialmente a associação metamórfica, principalmente os anfibólios, plagioclásio e biotita. As feições texturais e as relações entre as associações metamórfica e hidrotermal indicam que a mineralização ocorreu após o pico térmico máximo do metamorfismo, em pelo menos dois modos distintos e sucessivos : 1) ouro granular depositado junto com arsenopirita, pirita, calcopirita, quartzo e carbonatos, e 2) em microfraturas da arsenopirita. O ouro teria sido transportado na forma de complexo de enxofre do tipo Au(HS) em fluidos aquo-carbônicos de baixa salinidades (2 a 10% eq. em peso de NaCI) e temperaturas < 450ºC. A mineralização ocorreu a temperaturas entre 260 e 350ºC, sendo mais prevalentes aquelas em torno de 300ºC, que foram fornecidas pelo geotermômetro da clorita hidrotermal. As pressões correspondentes foram estimadas de 1,3 a 2,8kb, equivalentes a profundidades de 5-10 km. A deposição do ouro foi favorecida pela queda da temperatura, a qual provocou a desestabilização do complexo quando da reação dos fluidos com as rochas encaixantes. No sistema hidrotermal de Montes Áureos circularam fluidos carbônicos (CO; £ CHL), aquo-carbônicos (H,0-NaCI-CO; + CH, + Mg e/ou Fe) e aquosos (H,0-NaCl + Mg e/ou Fe). Os fluidos aquo-carbônicos foram interpretados como produtos de reações metamórficas de desidratação e descarbonização que devem ter ocorrido principalmente nas variedades ricas em material carbonoso do pacote vulcanossedimentar, a temperaturas acima de 500ºC. Esses fluidos, inicialmente homogêneos, foram aprisionados em cristais de quartzo, ao se tornarem imiscíveis, do que resultaram inclusões fluidas com diferentes razões H;0/CO», desde H,O quase pura até CO; virtualmente puro. Com a diminuição da temperatura e, em decorrência, menor produção de CO; pelas reações de descarbonização, além da precipitação dos carbonatos, os fluidos aquo- carbônicos foram sendo gradativamente empobrecidos em CO; e se tornando progressivamente mais aquosos e com salinidades mais baixas. Não se descarta, porém, a infiltração e mistura com fluidos mais superficiais, especialmente nos estágios finais da evolução do sistema. O contexto geotectônico regional, o controle da mineralização por estruturas típicas de zonas de cisalhamento, o tipo da alteração hidrotermal, a relação temporal entre o fluxo térmico máximo do metamorfismo e a alteração hidrotermal superimposta, a associação do minério e as características físico-químicas dos fluidos mineralizantes no depósito de Montes Áureos são dados que permitem classificá-lo como do tipo Jode, semelhante âqueles que ocorrem em terrenos tipo greenstone em margens de placas convergentes (depósitos auriferos orogênicos).
id UFPA_5ca78ffb1f8641333bd07a6d96b0d857
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/11773
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2019-09-12T13:12:04Z2019-09-12T13:12:04Z2000-04-03YAMAGUTI, Humberto Sabro. Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes. Orientador: Raimundo Netuno Nobre Villas. 2000. 79 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11773. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11773O depósito de Montes Áureos localiza-se na Zona de Cisalhamento Tentugal (ZCT), de natureza compressiva/transpressiva, onde se encontram os conjuntos rochosos mais deformados do Cinturão Gurupi. A ZCT, com aproximadamente 15km de largura por 100km de extensão, e direção geral NW-SE, marca o limite sul-sudoeste do cráton São Luís (CSL) e é interpretado como uma possível sutura resultante do fechamento de um mar antigo entre o bloco Belém e aquele cráton. O depósito aurífero de Montes Áureos é hospedado por rochas metavulcanossedimentares do Grupo Gurupi, de provável idade proterozóica, que foram metamorfisadas em condições das fácies xisto verde baixo (clorita + sericita), xisto verde médio a alto (clorita + biotita + muscovita + epidoto + actinolita + Mg-hornblenda + Fe-hornblenda) e anfibolito baixo (biotita + plagioclásio + edenita + pargasita + ferrotschermakita), bem como deformadas em regime rúptil-dúctil, de que resultaram diferentes formas e estilos de estruturas com variáveis graus de deformação. A mineralização ocorreu essencialmente em veios e/ou vênulas de quartzo + carbonatos tardi-tectônicos de espessura milimétrica a centimétrica (< 2 cm), tendo formado corpos lenticulares e tabulares subparalelos à foliação milonítica com teores que não ultrapassam 2 ppm. O ouro encontra-se associado com arsenopirita, pirita e, secundariamente, com calcopirita, além de quartzo e carbonatos. A associação mineral hidrotermal composta de clorita, carbonatos e epidoto substitui parcialmente a associação metamórfica, principalmente os anfibólios, plagioclásio e biotita. As feições texturais e as relações entre as associações metamórfica e hidrotermal indicam que a mineralização ocorreu após o pico térmico máximo do metamorfismo, em pelo menos dois modos distintos e sucessivos : 1) ouro granular depositado junto com arsenopirita, pirita, calcopirita, quartzo e carbonatos, e 2) em microfraturas da arsenopirita. O ouro teria sido transportado na forma de complexo de enxofre do tipo Au(HS) em fluidos aquo-carbônicos de baixa salinidades (2 a 10% eq. em peso de NaCI) e temperaturas < 450ºC. A mineralização ocorreu a temperaturas entre 260 e 350ºC, sendo mais prevalentes aquelas em torno de 300ºC, que foram fornecidas pelo geotermômetro da clorita hidrotermal. As pressões correspondentes foram estimadas de 1,3 a 2,8kb, equivalentes a profundidades de 5-10 km. A deposição do ouro foi favorecida pela queda da temperatura, a qual provocou a desestabilização do complexo quando da reação dos fluidos com as rochas encaixantes. No sistema hidrotermal de Montes Áureos circularam fluidos carbônicos (CO; £ CHL), aquo-carbônicos (H,0-NaCI-CO; + CH, + Mg e/ou Fe) e aquosos (H,0-NaCl + Mg e/ou Fe). Os fluidos aquo-carbônicos foram interpretados como produtos de reações metamórficas de desidratação e descarbonização que devem ter ocorrido principalmente nas variedades ricas em material carbonoso do pacote vulcanossedimentar, a temperaturas acima de 500ºC. Esses fluidos, inicialmente homogêneos, foram aprisionados em cristais de quartzo, ao se tornarem imiscíveis, do que resultaram inclusões fluidas com diferentes razões H;0/CO», desde H,O quase pura até CO; virtualmente puro. Com a diminuição da temperatura e, em decorrência, menor produção de CO; pelas reações de descarbonização, além da precipitação dos carbonatos, os fluidos aquo- carbônicos foram sendo gradativamente empobrecidos em CO; e se tornando progressivamente mais aquosos e com salinidades mais baixas. Não se descarta, porém, a infiltração e mistura com fluidos mais superficiais, especialmente nos estágios finais da evolução do sistema. O contexto geotectônico regional, o controle da mineralização por estruturas típicas de zonas de cisalhamento, o tipo da alteração hidrotermal, a relação temporal entre o fluxo térmico máximo do metamorfismo e a alteração hidrotermal superimposta, a associação do minério e as características físico-químicas dos fluidos mineralizantes no depósito de Montes Áureos são dados que permitem classificá-lo como do tipo Jode, semelhante âqueles que ocorrem em terrenos tipo greenstone em margens de placas convergentes (depósitos auriferos orogênicos).The Montes Áureos gold mineralization occurred within the Tentugal Shear Zone (ZCT) which is a + 100km long, 15km wide NW-SE trending structure that marks the south-southwest boundary of the São Luís craton and may represent a collisional suture between the Belém block and this craton. This zone is characterized by tectonites produced by compressive/transpressive and strike-slip movements, and corresponds to the most deformed rocks of the Gurupi mobile belt. The ore bodies are hosted by Proterozoic Gurupi Group metavolcanic and metasedimentary rocks which have been metamorphosed under conditions of low (chlorite + sericite), medium to high greenschist (chlorite + biotite + muscovite + epidote + actinolite + Mg- hornblende + Fe-hornblende) and low amphibolite facies (biotite + plagioclase + edenite + pargasite + ferrotchermakite). They have been also deformed under a brittle-ductile regime, leading to the formation of structures with different shapes, styles and degree of strain. A superimposed hydrothermal event generated assemblages composed of chlorite, carbonates and epidote that partially replaced metamorphic amphiboles, plagioclase and biotite. It also produced a system of vein and veinlets both concordant and discordant with respect to the rock foliation. Gold occurs in up to 2 cm thick, late-tectonic quartz + carbonates veins or veinlets associated with arsenopyrite, pyrite and minor chalcopyrite. The spatial distribution of the mineralized zones forms lenticular to tabular bodies with gold contents less than 2 ppm. Texture features and the time relationship between hydrothermal and metamorphic assemblages indicate that mineralization followed the metamorphic peak and that gold occurs in at least two different forms: 1) granular gold deposited simultaneously with sulfides; and 2) in microfractures in arsenopyrite. Gold had been most likely transported by the sulphur thio- complex [Au(HS)"] in an aqueous-carbonic, low salinity fluid (2 to 10 wt% equiv. NaCl) at temperature < 450ºC. Deposition occurred in a temperature range of 260 to 350C. For the prevalent value of 300ºC, obtained by the chlorite geothermometer, pressure estimates fall between 1,3 and 2,8 kb, corresponding to depths of 5-10 km. Desestabilization of that complex as temperature dropped and as the fluids interacted with the host rocks brought about gold precipitation. Fluids related to the systems CO; + CH,, H,0-C0O,-NaCl + CH, + MgCl e/ou FeCl, and H;0-NaCl + MgCl e/ou FeCl, circulated through Montes Áureos rocks. The aqueous-carbonic fluids are considered to be products of dehydration and decarbonization of carbon- fluids are considered to be products of dehydration and decarbonization of carbon-bearing sedimentary rocks at temperature probably above 500ºC. At first homogeneous, these fluids have undergone imiscibility and were then trapped in fluid inclusions with different H,)0/CO; ratios, some almost pure H,O or CO>. As the metamorphic thermal regime decreased and carbonates precipitated, the aqueous-carbonic fluids became progressively impoverished in CO, and less saline. Mixture with cooler and low salinity superficial waters may have occurred by the end of the evolution of the Montes Áureos hydrothermal system. The geotectonic setting, the structural control of the mineralization by shear zone, the hydrothermal alteration features, the time relations between the metamorphic peak and hydrothermal alteration, the gold ore mineral association and the physical-chemical characteristics of the mineralizing fluids allow the Montes Áureos gold deposit to be classified in the lode category, as many others that are formed at convergent plate margins.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIASGEOLOGIAMinério auríferoRochasMineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisVILLAS, Raimundo Netuno Nobrehttp://lattes.cnpq.br/1406458719432983http://lattes.cnpq.br/9119591135202396YAMAGUTI, Humberto Sabroinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdfDissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdfapplication/pdf38738451http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/1/Dissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdf16711465017f4cac639a6260782259e9MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81899http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/5/license.txt9d4d300cff78e8f375d89aab37134138MD55TEXTDissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdf.txtDissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdf.txtExtracted texttext/plain83http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/6/Dissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdf.txt6dd81737e02fc568e079ba5205b29393MD562011/117732019-09-13 02:27:52.058oai:repositorio.ufpa.br:2011/11773TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSVVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUklVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUklVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-09-13T05:27:52Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
title Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
spellingShingle Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
YAMAGUTI, Humberto Sabro
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
Minério aurífero
Rochas
GEOLOGIA
title_short Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
title_full Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
title_fullStr Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
title_full_unstemmed Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
title_sort Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes.
author YAMAGUTI, Humberto Sabro
author_facet YAMAGUTI, Humberto Sabro
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv VILLAS, Raimundo Netuno Nobre
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1406458719432983
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9119591135202396
dc.contributor.author.fl_str_mv YAMAGUTI, Humberto Sabro
contributor_str_mv VILLAS, Raimundo Netuno Nobre
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
Minério aurífero
Rochas
GEOLOGIA
dc.subject.por.fl_str_mv Minério aurífero
Rochas
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv GEOLOGIA
description O depósito de Montes Áureos localiza-se na Zona de Cisalhamento Tentugal (ZCT), de natureza compressiva/transpressiva, onde se encontram os conjuntos rochosos mais deformados do Cinturão Gurupi. A ZCT, com aproximadamente 15km de largura por 100km de extensão, e direção geral NW-SE, marca o limite sul-sudoeste do cráton São Luís (CSL) e é interpretado como uma possível sutura resultante do fechamento de um mar antigo entre o bloco Belém e aquele cráton. O depósito aurífero de Montes Áureos é hospedado por rochas metavulcanossedimentares do Grupo Gurupi, de provável idade proterozóica, que foram metamorfisadas em condições das fácies xisto verde baixo (clorita + sericita), xisto verde médio a alto (clorita + biotita + muscovita + epidoto + actinolita + Mg-hornblenda + Fe-hornblenda) e anfibolito baixo (biotita + plagioclásio + edenita + pargasita + ferrotschermakita), bem como deformadas em regime rúptil-dúctil, de que resultaram diferentes formas e estilos de estruturas com variáveis graus de deformação. A mineralização ocorreu essencialmente em veios e/ou vênulas de quartzo + carbonatos tardi-tectônicos de espessura milimétrica a centimétrica (< 2 cm), tendo formado corpos lenticulares e tabulares subparalelos à foliação milonítica com teores que não ultrapassam 2 ppm. O ouro encontra-se associado com arsenopirita, pirita e, secundariamente, com calcopirita, além de quartzo e carbonatos. A associação mineral hidrotermal composta de clorita, carbonatos e epidoto substitui parcialmente a associação metamórfica, principalmente os anfibólios, plagioclásio e biotita. As feições texturais e as relações entre as associações metamórfica e hidrotermal indicam que a mineralização ocorreu após o pico térmico máximo do metamorfismo, em pelo menos dois modos distintos e sucessivos : 1) ouro granular depositado junto com arsenopirita, pirita, calcopirita, quartzo e carbonatos, e 2) em microfraturas da arsenopirita. O ouro teria sido transportado na forma de complexo de enxofre do tipo Au(HS) em fluidos aquo-carbônicos de baixa salinidades (2 a 10% eq. em peso de NaCI) e temperaturas < 450ºC. A mineralização ocorreu a temperaturas entre 260 e 350ºC, sendo mais prevalentes aquelas em torno de 300ºC, que foram fornecidas pelo geotermômetro da clorita hidrotermal. As pressões correspondentes foram estimadas de 1,3 a 2,8kb, equivalentes a profundidades de 5-10 km. A deposição do ouro foi favorecida pela queda da temperatura, a qual provocou a desestabilização do complexo quando da reação dos fluidos com as rochas encaixantes. No sistema hidrotermal de Montes Áureos circularam fluidos carbônicos (CO; £ CHL), aquo-carbônicos (H,0-NaCI-CO; + CH, + Mg e/ou Fe) e aquosos (H,0-NaCl + Mg e/ou Fe). Os fluidos aquo-carbônicos foram interpretados como produtos de reações metamórficas de desidratação e descarbonização que devem ter ocorrido principalmente nas variedades ricas em material carbonoso do pacote vulcanossedimentar, a temperaturas acima de 500ºC. Esses fluidos, inicialmente homogêneos, foram aprisionados em cristais de quartzo, ao se tornarem imiscíveis, do que resultaram inclusões fluidas com diferentes razões H;0/CO», desde H,O quase pura até CO; virtualmente puro. Com a diminuição da temperatura e, em decorrência, menor produção de CO; pelas reações de descarbonização, além da precipitação dos carbonatos, os fluidos aquo- carbônicos foram sendo gradativamente empobrecidos em CO; e se tornando progressivamente mais aquosos e com salinidades mais baixas. Não se descarta, porém, a infiltração e mistura com fluidos mais superficiais, especialmente nos estágios finais da evolução do sistema. O contexto geotectônico regional, o controle da mineralização por estruturas típicas de zonas de cisalhamento, o tipo da alteração hidrotermal, a relação temporal entre o fluxo térmico máximo do metamorfismo e a alteração hidrotermal superimposta, a associação do minério e as características físico-químicas dos fluidos mineralizantes no depósito de Montes Áureos são dados que permitem classificá-lo como do tipo Jode, semelhante âqueles que ocorrem em terrenos tipo greenstone em margens de placas convergentes (depósitos auriferos orogênicos).
publishDate 2000
dc.date.issued.fl_str_mv 2000-04-03
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-12T13:12:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-09-12T13:12:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv YAMAGUTI, Humberto Sabro. Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes. Orientador: Raimundo Netuno Nobre Villas. 2000. 79 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11773. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11773
identifier_str_mv YAMAGUTI, Humberto Sabro. Mineralização aurífera de Montes Áureos (Maranhão): rochas hospedeiras, controles deposicionais e fluidos mineralizantes. Orientador: Raimundo Netuno Nobre Villas. 2000. 79 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11773. Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11773
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/1/Dissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/2/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/3/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/4/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/5/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11773/6/Dissertacao_MineralizacaoAuriferaMontes.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 16711465017f4cac639a6260782259e9
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
9d4d300cff78e8f375d89aab37134138
6dd81737e02fc568e079ba5205b29393
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771906946301952