Variação geográfica em Kentropyx calcarata spix, 1825 (Reptilia: Teiidae) e revalidação de Kentropyx vittata (Schinz, 1822)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGUES, Ana Paula Vitória Costa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10490
Resumo: Kentropyx calcarata foi descrito por Spix, 1825 e tem distribuição na Amazônia central e oriental, abrangendo a Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Brasil e Bolívia; e no Brasil em áreas de manguezal na costa nordeste, na Serra de Baturité (um brejo de altitude na área de Caatinga) e em parte da Floresta Atlântica. Estudos anteriores com K. calcarata mostraram possíveis variações dentro da espécie, as quais necessitam ser melhor investigadas. Neste estudo foram analisadas amostras abrangendo toda a área de ocorrência na Amazônia brasileira, incluindo pontos de simpatria com K. altamazonica, tendo em vista que uma das observações quanto à variação morfológica levantou a hipótese de ser resultante da simpatria entre as duas espécies, com objetivo de avaliar as possíveis variações ocorrentes dentro da espécie. Também foram analisadas amostras da Floresta Atlântica, onde as populações da região central (ao sul do Rio São Francisco) apresentam diferenças no padrão de coloração. Todos os espécimes, tanto da Amazônia quanto da Floresta Atlântica, foram analisados quanto à morfologia externa, hemipeniana e padrão de coloração. Os espécimes ao sul do rio São Francisco foram considerados como uma espécie distinta, devido apresentarem caracteres não condizentes com a espécie K. calcarata, para a qual o nome K. vittata Schinz, 1822 está disponível, sendo aqui indicada a necessidade da revalidação da espécie. Em Kentropyx calcarata as populações da Amazônia e ao Norte da Floresta Atlântica apresentam hemipênis e padrão de coloração semelhantes. Foi observada a presença de variação nos caracteres merísticos, sendo a distância geográfica um dos fatores que pode contribuir com parte desta variação. As populações de K. calcarata com K. altamazonica apresentam variações tanto nos caracteres merísticos quanto morfométricos, possivelmente causadas por uma série de fatores ambientais, como por exemplo a competição por nichos ecológicos, confirmando a hipótese levantada em estudos anteriores.
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Neste estudo foram analisadas amostras abrangendo toda a área de ocorrência na Amazônia brasileira, incluindo pontos de simpatria com K. altamazonica, tendo em vista que uma das observações quanto à variação morfológica levantou a hipótese de ser resultante da simpatria entre as duas espécies, com objetivo de avaliar as possíveis variações ocorrentes dentro da espécie. Também foram analisadas amostras da Floresta Atlântica, onde as populações da região central (ao sul do Rio São Francisco) apresentam diferenças no padrão de coloração. Todos os espécimes, tanto da Amazônia quanto da Floresta Atlântica, foram analisados quanto à morfologia externa, hemipeniana e padrão de coloração. Os espécimes ao sul do rio São Francisco foram considerados como uma espécie distinta, devido apresentarem caracteres não condizentes com a espécie K. calcarata, para a qual o nome K. vittata Schinz, 1822 está disponível, sendo aqui indicada a necessidade da revalidação da espécie. Em Kentropyx calcarata as populações da Amazônia e ao Norte da Floresta Atlântica apresentam hemipênis e padrão de coloração semelhantes. Foi observada a presença de variação nos caracteres merísticos, sendo a distância geográfica um dos fatores que pode contribuir com parte desta variação. As populações de K. calcarata com K. altamazonica apresentam variações tanto nos caracteres merísticos quanto morfométricos, possivelmente causadas por uma série de fatores ambientais, como por exemplo a competição por nichos ecológicos, confirmando a hipótese levantada em estudos anteriores.Kentropyx calcarata was described by Spix, 1825 and has distribution in the central and eastern Amazon, covering Venezuela, Guyana, Suriname, French Guiana, Brazil and Bolivia; and in Brazil in mangrove areas on the northeast coast, Serra de Baturité (an altitude brejo in the Caatinga area) and part of the Atlantic Forest. Previous studies with K. calcarata showed possible variations within the species, which need to be better investigated. In this study, samples covering the entire area of occurrence in the Brazilian Amazon were analyzed, including points of sympathy with K. altamazonica, considering that one of the observations regarding the morphological variation raised the hypothesis of being the result of sympatry between the two species, with objective to evaluate the possible variations within the species. Samples were also analyzed from the Atlantic Forest, where the populations of the central region (south of the São Francisco River) show differences in the staining pattern. All specimens from both the Amazon and the Atlantic Forest were analyzed for external morphology, hemipenian and staining pattern. The specimens to the south of the São Francisco River were considered as a distinct species, due to the fact that they did not correspond to the species K. calcarata, for which the name K. vittata Schinz, 1822 is available, indicating the need for revalidation of the species . In Kentropyx calcarata the populations of the Amazon and to the North of the Atlantic Forest have similar hemipenis and coloring pattern. The presence of variation in the meristic characters was observed, being the geographic distance one of the factors that can contribute with part of this variation. The populations of K. calcarata and K. altamazonica show variations in both meristic and morphometric characters, possibly caused by a number of environmental factors, such as competition for ecological niches, confirming the hypothesis raised in previous studies.Submitted by JACIARA CRISTINA ALMEIDA DO AMARAL (jaciaramaral@ufpa.br) on 2018-12-17T18:46:26Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇÃO_entrega.pdf: 2781108 bytes, checksum: 29e6c7c64b36f27d0dd17d83ffc1c7d5 (MD5)Approved for entry into archive by JACIARA CRISTINA ALMEIDA DO AMARAL (jaciaramaral@ufpa.br) on 2018-12-17T18:47:43Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇÃO_entrega.pdf: 2781108 bytes, checksum: 29e6c7c64b36f27d0dd17d83ffc1c7d5 (MD5)Made available in DSpace on 2018-12-17T18:47:43Z (GMT). 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