Planta-me no pó e não tenhas de mim dó: agricultura no Grão-Pará setecentista (1730- 1822)
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Data de Publicação: | 2017 |
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Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10164 |
Resumo: | O século XVIII é um momento importante para a agricultura no Grão-Pará, através de variadas fontes documentais, pudemos evidenciar o processo de ocupação da calha do rio Tocantins, uma região que foi pode ser compreendida como o primeiro círculo agrícola densamente povoado sob o domínio de Belém, uma influência observável pela organização territorial e o rearranjo das unidades familiares em estruturas relativamente autônomas de produção e consumo, como parte do projeto agrário, que foi caracterizado pela introdução de novas técnicas produtivas, incorporação de novas terras à agricultura seguida de novos gêneros e métodos de cultivo. O projeto agrário refletiu sobre os diversos sujeitos que compuseram o mundo rural paraense ao longo dos Setecentos, principalmente na região do Vale do rio Tocantins devido à proximidade de Belém. Nesta região, observamos a migração de colonos, a miscigenação, e o processo de dispersão populacional, como fatores que contribuíram para gestar famílias com précondições endógenas para viver e produzir sem dificuldades no meio ambiente amazônico, reproduzindo-se apenas pelo trabalho de seus membros. Nesse sentido, essa população dispersa vai se apropriar dos espaços possíveis e desenvolver atividades agroextrativistas. O que precisamos compreender de forma clara é que a agricultura colonial se equilibrava dentro de uma diversa gama de influências que determinavam suas condições e características, assim como perceber a múltipla composição do mundo rural. Nesse sentido, este trabalho procura enfatizar a participação dessa população dispersa, contribuindo para uma compreensão da complexidade de organização da sociedade colonial e do dinamismo existente na região do Vale do rio Tocantins setecentista. |
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Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10164O século XVIII é um momento importante para a agricultura no Grão-Pará, através de variadas fontes documentais, pudemos evidenciar o processo de ocupação da calha do rio Tocantins, uma região que foi pode ser compreendida como o primeiro círculo agrícola densamente povoado sob o domínio de Belém, uma influência observável pela organização territorial e o rearranjo das unidades familiares em estruturas relativamente autônomas de produção e consumo, como parte do projeto agrário, que foi caracterizado pela introdução de novas técnicas produtivas, incorporação de novas terras à agricultura seguida de novos gêneros e métodos de cultivo. O projeto agrário refletiu sobre os diversos sujeitos que compuseram o mundo rural paraense ao longo dos Setecentos, principalmente na região do Vale do rio Tocantins devido à proximidade de Belém. Nesta região, observamos a migração de colonos, a miscigenação, e o processo de dispersão populacional, como fatores que contribuíram para gestar famílias com précondições endógenas para viver e produzir sem dificuldades no meio ambiente amazônico, reproduzindo-se apenas pelo trabalho de seus membros. Nesse sentido, essa população dispersa vai se apropriar dos espaços possíveis e desenvolver atividades agroextrativistas. O que precisamos compreender de forma clara é que a agricultura colonial se equilibrava dentro de uma diversa gama de influências que determinavam suas condições e características, assim como perceber a múltipla composição do mundo rural. Nesse sentido, este trabalho procura enfatizar a participação dessa população dispersa, contribuindo para uma compreensão da complexidade de organização da sociedade colonial e do dinamismo existente na região do Vale do rio Tocantins setecentista.The eighteenth century is an important moment for agriculture in Grão-Pará, through various documentary sources, we could highlight the process of occupation of the Tocantins river gutter, a region that could be understood as the first densely populated agricultural circle under the dominion of Belém, an influence observable by the territorial organization and the rearrangement of the family units in relatively autonomous structures of production and consumption, as part of the agrarian project, which was characterized by the introduction of new productive techniques, incorporation of new lands to agriculture followed by new genera and cultivation methods. The agrarian project reflected on the various subjects that made up the rural world of Paraense throughout the 7th Century, mainly in the Tocantins River valley region due to the proximity of Belém. In this region, we observe colonist migration, miscegenation, and the dispersal process as factors that contributed to generate families with endogenous preconditions to live and produce without difficulties in the Amazonian environment, reproducing only by the work of its members. In this sense, this dispersed population will seize the possible spaces and develop agro-extractive activities. What we need to understand clearly is that colonial agriculture balances within a diverse range of influences that determine its conditions and characteristics, as well as perceive the multiple composition of the rural world. In this sense, this paper seeks to emphasize the participation of this dispersed population, contributing to an understanding of the complexity of colonial society organization and dynamism in the region of the Tocantins River Valley.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFPABrasilInstituto de Filosofia e Ciências Humanas1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIAETNICIDADE E TERRITORIALIDADES: USOS E REPRESENTAÇÕESHISTÓRIA SOCIAL DA AMAZÔNIANavegação internaHistória - Séc. 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