Evolução geológica da região de Araguacema-Pequizeiro-Goiás-Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa
Data de Publicação: 1981
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8700
Resumo: A área compreendida entre as cidades de Araguacema, Pequizeiro e Conceição do Araguaia, faz parte da Faixa de Dobramento Araguaia, onde engloba uma variedade litológica submetida a processos sedimentares, magmáticos, metamórficos e deformacionais. O levantamento geológico envolvendo estudos estruturais-estratigráficos, petrográficos-petrológicos e químicos, permitiu a elaboração do quadro geológico-evolutivo da região. As seqüências litológicas são incluídas no Grupo Tocantins, representado pelas Formações Pequizeiro e Couto Magalhães. Corpos ultramáficos metemorfizados e máficos e ultramáficos representam respectivamente eventos pré ou sin e também pós-tectônicos. A Formação Rio das Barreiras assenta-se discordantemente ao conjunto Tocantins. A Formação Pequizeiro é constituída principalmente por micaxistos com intercalações subordinadas de quartzitos, calcoxistos e magnetita-moscovita filitos, caracterizando uma seqüência metassedimentar com derivação predominante de pelitos e grauvacas. Na Formação Couto Magalhães predominam filitos e ardósias e em menor proporção metapsamitos, metapelitos, cherts, lentes de calcário e metagrauvacas, intercalados. Esta sequência deriva-se essencialmente de pelitos. Corpos ultramáficos lentiformes de natureza dunítica, foram induzidos tectonicamente no domínio da Formação Couto Magalhães. Encontram-se associados a zona de falhas, alinhados submeridianamente. Suas feições assemelham-se a corpos do tipoalpino mas podem representar corpos ofiolíticos dentro da conceituação moderna. A deposição do Grupo Tocantins e manifestações ultramáficas, seguiram-se processos de deformação e metamorfismo polifásicos, vinculados possivelmente ao Proterozóico Superior (Ciclo Brasiliano). A evolução estrutural compreende três fases de deformação plásticas (F1, F2 e F3) gerando dobras, feições planares e lineares e, sincronicamente a fase de deformação F1 implantou- se o metamorfismo Regional (M1 variando de graus arquimetamórficos à fácies xisto-verde, crescente no sentido leste. Quatro zonas metamórficas foram reconhecidas, representadas pelas isógradas da sericíta, clorita e biotita pareadas submeridianamente. O segundo episódio blástico (M2 se deu durante o desenvolvimento da crenulação (F3), resuitando na formação: de micro-porfiroblastos de filossilicatos (.moscovita, clorita e biotita) durante esta fase e de biotita pós-F3. No Proterozóico Superior ainda uma tectónica ruptural, foi responsável pela reativação de falhas antigas do embasamento e geração de falhas e fraturas. Intrusão de hornblenda-peridotitos e injeção de diques de diabásio e "stocks" de gabros datam dessa época. Pequenos "grabens" acolheu os sedimentos conglomeráticos e silticos da Formação Rio das Barreiras, refletindo o relevo criado pela tectanica brasiliana. Nos tempos Fanerzóicos desenvolveu-se um intenso processo de laterização e intemperismo em extensas áreas, sedimentando areias e argilas ao longo dos principais rios que drenam a região.
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spelling 2017-06-14T16:34:29Z2017-06-14T16:34:29Z1981-12-21GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa. Evolução geológica da região de Araguacema-Pequizeiro-Goiás-Brasil. 1981. 99 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Geociências, Belém, 1981. Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8700A área compreendida entre as cidades de Araguacema, Pequizeiro e Conceição do Araguaia, faz parte da Faixa de Dobramento Araguaia, onde engloba uma variedade litológica submetida a processos sedimentares, magmáticos, metamórficos e deformacionais. O levantamento geológico envolvendo estudos estruturais-estratigráficos, petrográficos-petrológicos e químicos, permitiu a elaboração do quadro geológico-evolutivo da região. As seqüências litológicas são incluídas no Grupo Tocantins, representado pelas Formações Pequizeiro e Couto Magalhães. Corpos ultramáficos metemorfizados e máficos e ultramáficos representam respectivamente eventos pré ou sin e também pós-tectônicos. A Formação Rio das Barreiras assenta-se discordantemente ao conjunto Tocantins. A Formação Pequizeiro é constituída principalmente por micaxistos com intercalações subordinadas de quartzitos, calcoxistos e magnetita-moscovita filitos, caracterizando uma seqüência metassedimentar com derivação predominante de pelitos e grauvacas. Na Formação Couto Magalhães predominam filitos e ardósias e em menor proporção metapsamitos, metapelitos, cherts, lentes de calcário e metagrauvacas, intercalados. Esta sequência deriva-se essencialmente de pelitos. Corpos ultramáficos lentiformes de natureza dunítica, foram induzidos tectonicamente no domínio da Formação Couto Magalhães. Encontram-se associados a zona de falhas, alinhados submeridianamente. Suas feições assemelham-se a corpos do tipoalpino mas podem representar corpos ofiolíticos dentro da conceituação moderna. A deposição do Grupo Tocantins e manifestações ultramáficas, seguiram-se processos de deformação e metamorfismo polifásicos, vinculados possivelmente ao Proterozóico Superior (Ciclo Brasiliano). A evolução estrutural compreende três fases de deformação plásticas (F1, F2 e F3) gerando dobras, feições planares e lineares e, sincronicamente a fase de deformação F1 implantou- se o metamorfismo Regional (M1 variando de graus arquimetamórficos à fácies xisto-verde, crescente no sentido leste. Quatro zonas metamórficas foram reconhecidas, representadas pelas isógradas da sericíta, clorita e biotita pareadas submeridianamente. O segundo episódio blástico (M2 se deu durante o desenvolvimento da crenulação (F3), resuitando na formação: de micro-porfiroblastos de filossilicatos (.moscovita, clorita e biotita) durante esta fase e de biotita pós-F3. No Proterozóico Superior ainda uma tectónica ruptural, foi responsável pela reativação de falhas antigas do embasamento e geração de falhas e fraturas. Intrusão de hornblenda-peridotitos e injeção de diques de diabásio e "stocks" de gabros datam dessa época. Pequenos "grabens" acolheu os sedimentos conglomeráticos e silticos da Formação Rio das Barreiras, refletindo o relevo criado pela tectanica brasiliana. Nos tempos Fanerzóicos desenvolveu-se um intenso processo de laterização e intemperismo em extensas áreas, sedimentando areias e argilas ao longo dos principais rios que drenam a região.The region around Araguacema, Pequizeiro and Conceição do Araguaia, belongs to the Araguaia Fold Belt and exhibits a metasedimantary litological sequence which was subjected to deformation and metamorphism at least in the Upper Proterozoic. Geological mapping, structural-stratigraphic, petrographic and chemical analises permit the elucidation of the geological evolution of the ares. The sequences have been included in the Tocantins. Group constituted of Pequizeiro and Couto Magalhães Formations. Ultramafic and mafic-ultramafic bodies represent both pre and post-tectonic magmatic events. The Rio das Barreiras Formation overlays with an angular unconformity the Tocantins sequences. Pequizeiro Formation is the lower unit of the Tocantins Group and is litogically composed of micaschists, with some quartzites, calcschits, and magnetite-muscovite-phyllites. These rocks represente a metasedimentary sequence derived mostly of pelite and graywacks. The unit Couto Magalhães comprises essentially phyllites and slates with minor metapsammites, metapelites, cherts, lenses of limestones and metagraywackes. Most of these rocks represent an original pelitic sequence. Lenticular serpentinitic bodies of dunitic nature have been introduced in the Couto Magalhães Formation by tectonic processes. All of these bodies are associeted to fault zones and have N-S trends.. They are of alpine type but, they may represent ophiolitic bodies. These sequences underwent poliphasic deformational and metamorphic processes during the Middle Proterozoic and up to the Brasiliano Cycle. The structural evolution comprised three plastic deformation phases called F1, F2 and F3. The metamorphic history included two different events called M1 and M2 with synchronical relation between Ml-F1 and M2-F3, and has a large variation.from ankimetamorphism (west) to greenschist facies (east). Three isograds (sericite, chlorite and biotite) have been defined from W to E, as the temperature grows. In the Upper Proterozóic (Brasiliano Event) ruptural tectonic processes reactiveld ancient basement faults and formed new normal faults and fractures. Hornblends Peridotite plutons; diabase dikes and gabbro stocks were emplaced in the Couto Magalhães Formation, representing post-tectonic magMatfc events. Polymitic conglomerates and siltstonea of Rio das Barreiras Formatian acumuiated in grabens, reflecting the Brasiliano tectonic rellef. In the Phanerozoic, intensiva laterization and weathering have developed in an extensive area in the Araguaia valley with sandy and argillaceous sedimentation along the rivers.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAGeologia estruturalGeologia estratigráficaCinturão AraguaiaComplexos ofiolíticosEvolução crustalEvolução geológicaFaixa de Dobramento AraguaiaEvolução geológica da região de Araguacema-Pequizeiro-Goiás-Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALBUQUERQUE, Carlos Alberto Ribeiro dehttp://lattes.cnpq.br/4309934026092502GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8700/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8700/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8700/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8700/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55ORIGINALDissertacao_EvolucaoGeologicaRegiao.pdfDissertacao_EvolucaoGeologicaRegiao.pdfapplication/pdf9017574http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8700/1/Dissertacao_EvolucaoGeologicaRegiao.pdfbcae290c0ceeb6b693bcd0d9ad13fa8cMD51TEXTDissertacao_EvolucaoGeologicaRegiao.pdf.txtDissertacao_EvolucaoGeologicaRegiao.pdf.txtExtracted texttext/plain111http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8700/6/Dissertacao_EvolucaoGeologicaRegiao.pdf.txt63f838a5dc8ea90747f3b30ae1a00bb0MD562011/87002018-01-22 09:38:20.712oai:repositorio.ufpa.br:2011/8700TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232018-01-22T12:38:20Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
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