Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAMOS, Francisco Lúzio de Paula
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15634
Resumo: A febre é o sinal/sintoma mais antigo e mais frequente em todo o âmbito da medicina. Está presente em todas as idades e abrange todas as especialidades médicas. São conhecidas mais de 200 causas de febre, sendo a etiologia infecciosa a mais presente. Ela pode se apresentar com curta duração – mais afeita à etiologia viral –, e com longa duração, mais frequentemente causada por bactérias, protozoários e fungos. Quando excessivamente prolongada está mais ligada a fatores estruturais, como as doenças autoimunes e as neoplasias. A extensão etiológica coloca a febre como um desafio na maioria das vezes. O hemograma, por sua vez, é o exame mais solicitado no dia a dia médico em virtude de sua abrangente utilidade, uma vez que, devido fornecer mais de 20 parâmetros para análises, possibilita fazer ampla avaliação clínica e acompanhar a evolução dos casos. Tem grande utilidade na avaliação da síndrome febril por mostrar estado reacional em resposta às doenças infecciosas, principalmente se agregado à avaliação de provas inflamatórias como a velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR). Este trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação do hemograma, da VHS e da PCR aliados a fatores clinico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso. Foram avaliados 319 pacientes com síndrome febril de origem infecciosa, sendo 77 de causa bacteriana, 113 de causa viral, e 129 de etiologia parasitária, com faixa etária entre 18 e 60 anos de idade, no período de 02/2018 a 01/2020, captados no Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) do Instituto Evandro Chagas (IEC). Outros 213 indivíduos saudáveis foram incluídos no estudo como grupo controle. Para análise dos dados foram utilizados os softwares Microsoft Office Excel (2007), Bioestat 5.0 (2007), SPSS Statistcs 17.0 (2010), GraphPad Prism 9.0.0 Release Notes (2020) e Rv 3.5.2 (2018), empregando-se testes como Odds ratio para avaliar chances; Kruskal-Wallis para variância; Índice de Youden para ponto de corte entre variáveis; curva ROC (AUROC) para acurácia. Admitiu-se nível de significância para valores de p < 0,05. Os resultados revelaram que as doenças bacterianas têm como característica no hemograma a elevação do número de neutrófilos, que reflete no aumento numérico dos leucócitos; que as doenças virais, ao contrário das bacterianas, caracterizaram-se pela redução numérica dos linfócitos e principalmente dos neutrófilos, com reflexo sobre o número total de leucócitos definida como leucopenia; as doenças parasitárias assumiram um perfil intermediário entre as bacterianas e virais, marcado pela normalidade numérica dos glóbulos brancos, assemelhando-se, por isso, ao grupo controle. Mas a média dos linfócitos foi maior do que todas as outras doenças, inclusive do grupo controle. Nas doenças bacterianas, de modo geral, há aumento da VHS e principalmente da PCR, que também se encontram aumentados nas doenças parasitárias; porém, nas doenças virais essas provas tendem à normalidade numérica, assemelhando-se ao grupo controle neste aspecto. As provas inflamatórias, portanto, estão aumentadas nas doenças bacterianas e nas doenças parasitárias, mas principalmente nas primeiras, e se encontram normais nas doenças virais. Doenças como malária, leishmaniose visceral, febre tifoide e infecções pelo HIV e pelo Epstein Barr vírus podem ser identificadas por achados peculiares a elas vistos no hemograma. Concluiu-se que valores numéricos do hemograma, bem como níveis da VHS e da PCR agregados a fatores clínico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento podem predizer grupos de doenças e predizer até mesmo doenças específicas causadoras de síndrome febril de caráter infeccioso.
id UFPA_9b6ab342a64c0605d161bbbdd40167a6
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/15634
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2023-05-30T15:20:10Z2023-05-30T15:20:10Z2022-02-22RAMOS, Francisco Lúzio de Paula. Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína c reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso. Anderson Raiol Rodrigues: 2022. 169 f. Tese (Doutorado em Doenças Tropicais) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15634. Acesso em:.https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15634A febre é o sinal/sintoma mais antigo e mais frequente em todo o âmbito da medicina. Está presente em todas as idades e abrange todas as especialidades médicas. São conhecidas mais de 200 causas de febre, sendo a etiologia infecciosa a mais presente. Ela pode se apresentar com curta duração – mais afeita à etiologia viral –, e com longa duração, mais frequentemente causada por bactérias, protozoários e fungos. Quando excessivamente prolongada está mais ligada a fatores estruturais, como as doenças autoimunes e as neoplasias. A extensão etiológica coloca a febre como um desafio na maioria das vezes. O hemograma, por sua vez, é o exame mais solicitado no dia a dia médico em virtude de sua abrangente utilidade, uma vez que, devido fornecer mais de 20 parâmetros para análises, possibilita fazer ampla avaliação clínica e acompanhar a evolução dos casos. Tem grande utilidade na avaliação da síndrome febril por mostrar estado reacional em resposta às doenças infecciosas, principalmente se agregado à avaliação de provas inflamatórias como a velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR). Este trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação do hemograma, da VHS e da PCR aliados a fatores clinico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso. Foram avaliados 319 pacientes com síndrome febril de origem infecciosa, sendo 77 de causa bacteriana, 113 de causa viral, e 129 de etiologia parasitária, com faixa etária entre 18 e 60 anos de idade, no período de 02/2018 a 01/2020, captados no Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) do Instituto Evandro Chagas (IEC). Outros 213 indivíduos saudáveis foram incluídos no estudo como grupo controle. Para análise dos dados foram utilizados os softwares Microsoft Office Excel (2007), Bioestat 5.0 (2007), SPSS Statistcs 17.0 (2010), GraphPad Prism 9.0.0 Release Notes (2020) e Rv 3.5.2 (2018), empregando-se testes como Odds ratio para avaliar chances; Kruskal-Wallis para variância; Índice de Youden para ponto de corte entre variáveis; curva ROC (AUROC) para acurácia. Admitiu-se nível de significância para valores de p < 0,05. Os resultados revelaram que as doenças bacterianas têm como característica no hemograma a elevação do número de neutrófilos, que reflete no aumento numérico dos leucócitos; que as doenças virais, ao contrário das bacterianas, caracterizaram-se pela redução numérica dos linfócitos e principalmente dos neutrófilos, com reflexo sobre o número total de leucócitos definida como leucopenia; as doenças parasitárias assumiram um perfil intermediário entre as bacterianas e virais, marcado pela normalidade numérica dos glóbulos brancos, assemelhando-se, por isso, ao grupo controle. Mas a média dos linfócitos foi maior do que todas as outras doenças, inclusive do grupo controle. Nas doenças bacterianas, de modo geral, há aumento da VHS e principalmente da PCR, que também se encontram aumentados nas doenças parasitárias; porém, nas doenças virais essas provas tendem à normalidade numérica, assemelhando-se ao grupo controle neste aspecto. As provas inflamatórias, portanto, estão aumentadas nas doenças bacterianas e nas doenças parasitárias, mas principalmente nas primeiras, e se encontram normais nas doenças virais. Doenças como malária, leishmaniose visceral, febre tifoide e infecções pelo HIV e pelo Epstein Barr vírus podem ser identificadas por achados peculiares a elas vistos no hemograma. Concluiu-se que valores numéricos do hemograma, bem como níveis da VHS e da PCR agregados a fatores clínico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento podem predizer grupos de doenças e predizer até mesmo doenças específicas causadoras de síndrome febril de caráter infeccioso.Fever is the oldest and most frequent sign/symptom in the entire field of medicine. It is present in all ages and comprises all medical specialties. Currently, are known more than 200 causes of fever, being the etiology infectious the most common. The fever can be short term – more related to viral etiology -, and long-term, more frequently caused by bacteria, protozoa and, fungi. When excessively prolonged, it is more linked to structural factors, such as autoimmune diseases and neoplasms. The extension of etiology poses fever as a challenge most of the time. The hemogram, in turn, is the most requested exam in the medical routine due to its wide utility, since it can provide more than 20 parameters for analysis, enabling to perform a broad clinical evaluation and monitor the evolution of cases. Hemogram is very useful in the assessment of fever syndrome, as it shows a reactional state in response to infectious diseases, mainly if added to the evaluation of inflammatory tests, including the erythrocyte sedimentation rate (ESR) and C-reactive protein (CRP). This study aimed to evaluate the application of the hemogram, ESR and CRP combined with clinical-epidemiological factors and time of illness as diagnostic predictors of infectious fever syndrome. We evaluated 319 patients with fever syndrome of infectious origin, being 77 of bacterial causes, 113 of viral causes, and 129 parasitic etiology, aged between 18 and 60 years old, who were attended at the Unified Medical Care Sector of Evandro Chagas Institute, between the period from 02/2018 to 01/2020. Another 213 healthy individuals were included in the study as control group. For data analysis, we used Microsoft Office Excel (2007), Biostat 5.0 (2007), SPSS Statistics 17.0 (2010), GraphPad Prism 9.0.0 Release Notes (2020), and Rv 3.5.2 (2018) software. We applied the Odds ratio (OR) to assess chances; Kruskal-Wallis for variance; Youden index for the cutoff points between variables, and ROC curve (AUROC) for accuracy. The p-value < 0.05 was considered statistically significant. The results revealed that the bacterial diseases have as characteristics in hemogram the increase in the number of neutrophils, which reflects in the numerical increase of leukocytes; In contrast, the viral diseases are characterized by the numerical reduction of lymphocytes, mainly of neutrophils, with reflection on the total number of leukocytes defined as leukopenia; the parasitic diseases assumed an intermediate profile between bacterial and viral, marked by the numerical normality of white blood cells, thus resembling the control group. However, the mean of lymphocytes was higher than in the other diseases, including the control group. In general, in bacterial diseases, there is an increase in ERS, and especially in CRP, which are also increased in parasitic diseases; but in viral diseases, these tests tend to be numerically normal, being similar to the control group in this aspect. Therefore, the inflammatory tests are increased in bacterial and parasitic diseases, but mainly in the first-mentioned, and are normal in viral diseases. Diseases such as malaria, visceral leishmaniasis, typhoid fever, HIV, and Epstein-Barr virus infections can be identified by findings peculiar to them observed in hemogram. We concluded that the numerical values of the hemogram, as well as the levels of ESR and CRP, combined with clinical and epidemiological factors and to the time of illness can predict groups of diseases and even predict specific diseases causative of infectious fever syndrome.Submitted by Diego Silva (diegoss@ufpa.br) on 2023-05-30T15:17:42Z No. of bitstreams: 2 TESE_AvaliacaoHemogramaVelocidade.pdf: 3326441 bytes, checksum: 357c5307e77c791a81f193124f7c59b6 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)Approved for entry into archive by Diego Silva (diegoss@ufpa.br) on 2023-05-30T15:20:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 TESE_AvaliacaoHemogramaVelocidade.pdf: 3326441 bytes, checksum: 357c5307e77c791a81f193124f7c59b6 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)Made available in DSpace on 2023-05-30T15:20:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE_AvaliacaoHemogramaVelocidade.pdf: 3326441 bytes, checksum: 357c5307e77c791a81f193124f7c59b6 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Previous issue date: 2022-02-22porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Doenças TropicaisUFPABrasilNúcleo de Medicina TropicalAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::DOENCAS INFECCIOSAS E PARASITARIASDOENÇAS TROPICAIS E DOENÇAS EMERGENTES E RE-EMERGENTES NA AMAZÔNIACLÍNICA DAS DOENÇAS TROPICAISHemogramaFebreDoenças infecciosas e parasitáriasAvaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infecciosoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisRODRIGUES, Anderson RaiolRAMOS, Francisco Lúzio de PaulaORIGINALTESE_AvaliacaoHemogramaVelocidade.pdfTESE_AvaliacaoHemogramaVelocidade.pdfapplication/pdf3326441https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15634/1/TESE_AvaliacaoHemogramaVelocidade.pdf357c5307e77c791a81f193124f7c59b6MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15634/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15634/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/156342024-01-02 10:36:10.97oai:repositorio.ufpa.br:2011/15634TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232024-01-02T13:36:10Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
title Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
spellingShingle Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
RAMOS, Francisco Lúzio de Paula
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::DOENCAS INFECCIOSAS E PARASITARIAS
Hemograma
Febre
Doenças infecciosas e parasitárias
DOENÇAS TROPICAIS E DOENÇAS EMERGENTES E RE-EMERGENTES NA AMAZÔNIA
CLÍNICA DAS DOENÇAS TROPICAIS
title_short Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
title_full Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
title_fullStr Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
title_full_unstemmed Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
title_sort Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
author RAMOS, Francisco Lúzio de Paula
author_facet RAMOS, Francisco Lúzio de Paula
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv RODRIGUES, Anderson Raiol
dc.contributor.author.fl_str_mv RAMOS, Francisco Lúzio de Paula
contributor_str_mv RODRIGUES, Anderson Raiol
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::DOENCAS INFECCIOSAS E PARASITARIAS
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::DOENCAS INFECCIOSAS E PARASITARIAS
Hemograma
Febre
Doenças infecciosas e parasitárias
DOENÇAS TROPICAIS E DOENÇAS EMERGENTES E RE-EMERGENTES NA AMAZÔNIA
CLÍNICA DAS DOENÇAS TROPICAIS
dc.subject.por.fl_str_mv Hemograma
Febre
Doenças infecciosas e parasitárias
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv DOENÇAS TROPICAIS E DOENÇAS EMERGENTES E RE-EMERGENTES NA AMAZÔNIA
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv CLÍNICA DAS DOENÇAS TROPICAIS
description A febre é o sinal/sintoma mais antigo e mais frequente em todo o âmbito da medicina. Está presente em todas as idades e abrange todas as especialidades médicas. São conhecidas mais de 200 causas de febre, sendo a etiologia infecciosa a mais presente. Ela pode se apresentar com curta duração – mais afeita à etiologia viral –, e com longa duração, mais frequentemente causada por bactérias, protozoários e fungos. Quando excessivamente prolongada está mais ligada a fatores estruturais, como as doenças autoimunes e as neoplasias. A extensão etiológica coloca a febre como um desafio na maioria das vezes. O hemograma, por sua vez, é o exame mais solicitado no dia a dia médico em virtude de sua abrangente utilidade, uma vez que, devido fornecer mais de 20 parâmetros para análises, possibilita fazer ampla avaliação clínica e acompanhar a evolução dos casos. Tem grande utilidade na avaliação da síndrome febril por mostrar estado reacional em resposta às doenças infecciosas, principalmente se agregado à avaliação de provas inflamatórias como a velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR). Este trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação do hemograma, da VHS e da PCR aliados a fatores clinico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso. Foram avaliados 319 pacientes com síndrome febril de origem infecciosa, sendo 77 de causa bacteriana, 113 de causa viral, e 129 de etiologia parasitária, com faixa etária entre 18 e 60 anos de idade, no período de 02/2018 a 01/2020, captados no Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) do Instituto Evandro Chagas (IEC). Outros 213 indivíduos saudáveis foram incluídos no estudo como grupo controle. Para análise dos dados foram utilizados os softwares Microsoft Office Excel (2007), Bioestat 5.0 (2007), SPSS Statistcs 17.0 (2010), GraphPad Prism 9.0.0 Release Notes (2020) e Rv 3.5.2 (2018), empregando-se testes como Odds ratio para avaliar chances; Kruskal-Wallis para variância; Índice de Youden para ponto de corte entre variáveis; curva ROC (AUROC) para acurácia. Admitiu-se nível de significância para valores de p < 0,05. Os resultados revelaram que as doenças bacterianas têm como característica no hemograma a elevação do número de neutrófilos, que reflete no aumento numérico dos leucócitos; que as doenças virais, ao contrário das bacterianas, caracterizaram-se pela redução numérica dos linfócitos e principalmente dos neutrófilos, com reflexo sobre o número total de leucócitos definida como leucopenia; as doenças parasitárias assumiram um perfil intermediário entre as bacterianas e virais, marcado pela normalidade numérica dos glóbulos brancos, assemelhando-se, por isso, ao grupo controle. Mas a média dos linfócitos foi maior do que todas as outras doenças, inclusive do grupo controle. Nas doenças bacterianas, de modo geral, há aumento da VHS e principalmente da PCR, que também se encontram aumentados nas doenças parasitárias; porém, nas doenças virais essas provas tendem à normalidade numérica, assemelhando-se ao grupo controle neste aspecto. As provas inflamatórias, portanto, estão aumentadas nas doenças bacterianas e nas doenças parasitárias, mas principalmente nas primeiras, e se encontram normais nas doenças virais. Doenças como malária, leishmaniose visceral, febre tifoide e infecções pelo HIV e pelo Epstein Barr vírus podem ser identificadas por achados peculiares a elas vistos no hemograma. Concluiu-se que valores numéricos do hemograma, bem como níveis da VHS e da PCR agregados a fatores clínico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento podem predizer grupos de doenças e predizer até mesmo doenças específicas causadoras de síndrome febril de caráter infeccioso.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-02-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-05-30T15:20:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-05-30T15:20:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv RAMOS, Francisco Lúzio de Paula. Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína c reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso. Anderson Raiol Rodrigues: 2022. 169 f. Tese (Doutorado em Doenças Tropicais) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15634. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15634
identifier_str_mv RAMOS, Francisco Lúzio de Paula. Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína c reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso. Anderson Raiol Rodrigues: 2022. 169 f. Tese (Doutorado em Doenças Tropicais) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15634. Acesso em:.
url https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15634
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Núcleo de Medicina Tropical
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15634/1/TESE_AvaliacaoHemogramaVelocidade.pdf
https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15634/2/license_rdf
https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15634/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 357c5307e77c791a81f193124f7c59b6
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
2b55adef5313c442051bad36d3312b2b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771992113741824