Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10710
Resumo: A Bacia do Amazonas, caracterizada como uma bacia intracratônica com cerca de 400.000 km2, apresenta um registro sedimentar Fanerozoico composto por quatro sequências de segunda ordem relacionadas aos grupos Trombetas; Urupadi e Curuá; Tapajós e Javari. A Formação Itaituba, objeto deste trabalho, faz parte do Grupo Tapajós, o qual representa o último ciclo transgressivo-regressivo do Paleozoico desta bacia. A Formação Itaituba apresenta espessos pacotes de calcários de inframaré, intercalados com depósitos evaporíticos mais espessos em direção ao topo da formação, com folhelhos, siltitos e arenitos que representam depósitos transgressivo ¿ regressivos de moderada energia em ambiente marinho raso de infra e itermaré. A formação é composta dos estratos mais ricos em fósseis marinhos da Bacia do Amazonas, tais como os de conodontes, foraminíferos, corais, briozoários, crinóides, trilobitas, ostracodes, gastrópodes, braquiópodes, bivalves, escolecodontes e fragmentos de peixe. Para este trabalho foram estudadas amostras de testemunho de sondagem (FURO 5) obtido no município de Uruará, centro-leste do estado do Pará. Os principais objetivos deste trabalho são a obtenção da idade de deposição da Formação Itaituba com base na curva secular do 87Sr/86Sr e sua caracterização quimioestratigráfica com base nos teores de elementos maiores e traços, e nos isótopos de C e O, bem como a caracterização faciológica desses carbonatos. O perfil estratigráfico estudado é caracterizado por uma intercalação entre fácies carbonáticas ricas em bioclastos, estilolitos e drusas de quartzo e fácies dolomítica. E, na base do perfil, por uma fácies terrígena caracterizada por silte de cor avermelhada com clastos carbonáticos. Microfaciologicamente foram identificados os litotipos: wackstone, packstone, dolomudstone e, mais raramente mudstone e grainstone. Foram definidas sete microfácies: Mudstone bioclástico (Mcb), Wackstone bioclástico (Wb), Wackstone bioclástico com estilolitos (Wbe), Packstone bioclástico (Pb), Packstone bioclástico com pelóides (Pbp), Grainstone bioclástico com pelóides (Gbp) e Dolomito fino (Dl). Dentre os bioclastos observados estão braquiópodes, equinodermos, foraminíferos, pelecipodas, briozoários, gastrópodes e ostracodes. Como componentes não esqueletais observam-se quartzo, argilo-minerais, feldspatos, oóides e intraclastos. A matriz é micrítica e como cimento pode-se diferenciar três tipos, ¿em franja¿, em mosaico e sobrecrescimento sintaxial. Grande parte do perfil foi afetada por processos secundários, tais como dolomitização, dissolução e compactação. Os resultados das análises geoquímicas foram obtidos em 46 amostras coletadas em intervalos de 50 cm, aproximadamente. Os dados obtidos confirmam que o perfil é predominantemente calcítico com pequenas variações no conteúdo de Mg, no entanto apresenta níveis dolomitizados. Os valores elevados de Si em algumas amostras indicam a presença de minerais terrígenos, além de drusas e fraturas preenchidas por quartzo. As amostras apresentaram teor de Sr satisfatório para as análises isotópicas, o qual varia entre 30 e 293 ppm, sendo alguns dos menores valores relacionados às rochas dolomíticas. O estudo de isótopos estáveis foi realizado em 76 amostras coletadas em intervalos de 30 cm. Os valores obtidos para 13C e ¿18O variam de 1,602 a 5,422¿ e ¿ 8,734 a 0,804¿, respectivamente. Os valores para ¿13C mostram-se compatíveis com os valores obtidos em estudos anteriores para os carbonatos da Formação Itaituba, que apontam um ambiente marinho com a assinatura isotópica típica de rochas carboníferas, já para ¿18O apresentam-se discordantes, logo alterados (¿13C variando entre 2 e 6¿, ¿18O entre -3 a -7¿). Logo, tais carbonatos teriam composições isotópicas primárias, com exceção de algumas amostras, cujas composições foram modificadas por processos diagenéticos, tal qual a dolomitização. A idade de deposição foi obtida a partir da lixiviação de duas carapaças de braquiópodes, que posicionaram as rochas da Formação Itaituba no Pensilvaniano Superior com dois intervalos de idade, entre 296 e 303 Ma (Virgiliano ¿ Missouriano) e entre 293 e 307 Ma (Virgiliano ¿ Desmoinesiano), e Pensilvaniano Inferior, com idade entre 313 e 318 Ma (Morrowano).
id UFPA_a79fbf0bdb50f60acd18cc2c67903b66
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/10710
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2019-02-26T21:46:53Z2019-02-26T21:46:53Z2014-10-29CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de. Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2015. 74 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10710. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10710A Bacia do Amazonas, caracterizada como uma bacia intracratônica com cerca de 400.000 km2, apresenta um registro sedimentar Fanerozoico composto por quatro sequências de segunda ordem relacionadas aos grupos Trombetas; Urupadi e Curuá; Tapajós e Javari. A Formação Itaituba, objeto deste trabalho, faz parte do Grupo Tapajós, o qual representa o último ciclo transgressivo-regressivo do Paleozoico desta bacia. A Formação Itaituba apresenta espessos pacotes de calcários de inframaré, intercalados com depósitos evaporíticos mais espessos em direção ao topo da formação, com folhelhos, siltitos e arenitos que representam depósitos transgressivo ¿ regressivos de moderada energia em ambiente marinho raso de infra e itermaré. A formação é composta dos estratos mais ricos em fósseis marinhos da Bacia do Amazonas, tais como os de conodontes, foraminíferos, corais, briozoários, crinóides, trilobitas, ostracodes, gastrópodes, braquiópodes, bivalves, escolecodontes e fragmentos de peixe. Para este trabalho foram estudadas amostras de testemunho de sondagem (FURO 5) obtido no município de Uruará, centro-leste do estado do Pará. Os principais objetivos deste trabalho são a obtenção da idade de deposição da Formação Itaituba com base na curva secular do 87Sr/86Sr e sua caracterização quimioestratigráfica com base nos teores de elementos maiores e traços, e nos isótopos de C e O, bem como a caracterização faciológica desses carbonatos. O perfil estratigráfico estudado é caracterizado por uma intercalação entre fácies carbonáticas ricas em bioclastos, estilolitos e drusas de quartzo e fácies dolomítica. E, na base do perfil, por uma fácies terrígena caracterizada por silte de cor avermelhada com clastos carbonáticos. Microfaciologicamente foram identificados os litotipos: wackstone, packstone, dolomudstone e, mais raramente mudstone e grainstone. Foram definidas sete microfácies: Mudstone bioclástico (Mcb), Wackstone bioclástico (Wb), Wackstone bioclástico com estilolitos (Wbe), Packstone bioclástico (Pb), Packstone bioclástico com pelóides (Pbp), Grainstone bioclástico com pelóides (Gbp) e Dolomito fino (Dl). Dentre os bioclastos observados estão braquiópodes, equinodermos, foraminíferos, pelecipodas, briozoários, gastrópodes e ostracodes. Como componentes não esqueletais observam-se quartzo, argilo-minerais, feldspatos, oóides e intraclastos. A matriz é micrítica e como cimento pode-se diferenciar três tipos, ¿em franja¿, em mosaico e sobrecrescimento sintaxial. Grande parte do perfil foi afetada por processos secundários, tais como dolomitização, dissolução e compactação. Os resultados das análises geoquímicas foram obtidos em 46 amostras coletadas em intervalos de 50 cm, aproximadamente. Os dados obtidos confirmam que o perfil é predominantemente calcítico com pequenas variações no conteúdo de Mg, no entanto apresenta níveis dolomitizados. Os valores elevados de Si em algumas amostras indicam a presença de minerais terrígenos, além de drusas e fraturas preenchidas por quartzo. As amostras apresentaram teor de Sr satisfatório para as análises isotópicas, o qual varia entre 30 e 293 ppm, sendo alguns dos menores valores relacionados às rochas dolomíticas. O estudo de isótopos estáveis foi realizado em 76 amostras coletadas em intervalos de 30 cm. Os valores obtidos para 13C e ¿18O variam de 1,602 a 5,422¿ e ¿ 8,734 a 0,804¿, respectivamente. Os valores para ¿13C mostram-se compatíveis com os valores obtidos em estudos anteriores para os carbonatos da Formação Itaituba, que apontam um ambiente marinho com a assinatura isotópica típica de rochas carboníferas, já para ¿18O apresentam-se discordantes, logo alterados (¿13C variando entre 2 e 6¿, ¿18O entre -3 a -7¿). Logo, tais carbonatos teriam composições isotópicas primárias, com exceção de algumas amostras, cujas composições foram modificadas por processos diagenéticos, tal qual a dolomitização. A idade de deposição foi obtida a partir da lixiviação de duas carapaças de braquiópodes, que posicionaram as rochas da Formação Itaituba no Pensilvaniano Superior com dois intervalos de idade, entre 296 e 303 Ma (Virgiliano ¿ Missouriano) e entre 293 e 307 Ma (Virgiliano ¿ Desmoinesiano), e Pensilvaniano Inferior, com idade entre 313 e 318 Ma (Morrowano).The Amazon Basin, characterized as an intracratonic basin of about 400,000 km2, has a Phanerozoic sedimentary record of four second- order sequences related to groups Trombetas; Urupadi and Curuá; Tapajós and Javari. The Itaituba Formation, the goal of this work, is part of the Tapajós Group, which represents the last transgressive -regressive cycle of this Paleozoic basin. The Itaituba Formation presents thick packages of subtidal limestones intercalated with thicker evaporite deposits toward the top of the formation, with shales, siltstones and sandstones that represent deposits transgressive – regressive deposits of moderate energy in shallow marine infra-tidal and subtidal environment. The formation is composed of the richest strata of marine fossils in the Amazon Basin, such as the conodonts, foraminifera, corals, bryozoans, crinoids, trilobites, ostracods, gastropods, brachiopods, bivalve, escolecodonts and fish fragments. In this work, it was studied samples from a drill core (FURO 5) obtained in Uruará area, east-central state of Pará. The main objectives of this study are to obtain the depositional age of Itaituba Formation by comparison with the century 87 Sr/86Sr curve and its chemostratigraphic characterization based on major and trace elements contentes, and C and O isotopes, as well as the facies description. The stratigraphic profile of the drill core is characterized by an intercalation between carbonatic facies rich in bioclasts , stylolites and quartz druses and dolomitic facies . At the base of the profile, terrigenous facies characterized by reddish silt with carbonate clasts were recorded. Microfaciologically the following lithotipes were identified: wackstone, packstone, and more rarely dolomudstone, mudstone and grainstone. Seven microfacies were defined: Bioclastic Mudstone (Mcb), Bioclastic Wackstone (Wb), Bioclastic Wackstone with stylolites (Wbe), Bioclastic Packstone (Pb), Bioclastic Packstone with Peloids (Pbp), Bioclastic Grainstone with Peloids (Gbp) and Fine Dolomite (Dl). Among the bioclasts are: brachiopods, echinoderms, foraminifera, pelecipods, bryozoans, gastropods and ostracods. As not skeletal components there are: quartz, clay minerals, feldspars, oóides and intraclasts. The matrix is micritic and there are three types of cement: "fringe", tile and sintaxial overgrowth. Much of the profile was affected by secondary processes such as dolomitization, dissolution and compaction. The results of geochemical analyses were performed on 46 samples collected at each 50 cm, approximately. The data confirm that the profile is predominantly calcitic with small variations in the Mg content, however, dolomitised levels are present. The high values of Si in some samples indicate the presence of terrigenous minerals, in addition to the druses and fractures filled with quartz. The Sr contents of the samples are satisfactory for the isotopic analysis, and varies from 30 to 293 ppm, some of the smaller values being related dolomitic rocks. Stable isotope studies were performed on 76 samples collected at intervals of 30 cm. The values obtained for 13C and 18O range from 1.602 to 5.422 ‰ and - 8.734 to 0.804 ‰, respectively. These values are in accord with those obtained in previous studies for the Itaituba Formation carbonates, pointing a marine environment with the typical isotopic signature of Carboniferous rocks. (13C ranging from 2 to 6 ‰, and 18O ranging from - 3 to 7‰). Therefore, the study carbonates have primary isotopic composition, except for some samples, which have their values affected by diagenetic processes, like the dolomitization. The depositional age was obtained from the leaching of two shells of brachiopods, which positioned the rocks from the Itaituba Formation in the Upper Pennsylvanian with two ages intervals, between 296 and 303 Ma (Virgiliano - Missourian), and between 293 and 307 Ma (Virgiliano - Desmoinesiano), and Lower Pennsylvanian aged between 313 and 318 Ma (Morrowan).porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICAGEOLOGIA ISOTÓPICAGEOQUÍMICA E PETROLOGIAFormação ItaitubaCarbonatosQuimioestratigrafiaIdade de deposição e Isótopos de Sr, C e OGeologia isotópica - Uruará (PA)Formações (Geologia) - Uruará (PA)GeocronologiaPaleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Paráinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMACAMBIRA, Moacir José Buenanohttp://lattes.cnpq.br/8489178778254136NOGUEIRA, Afonso César Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/886783626882099http://lattes.cnpq.br/1014270559248783CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente deinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdfDissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdfapplication/pdf4323940http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/1/Dissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdf942472cc2ede2c343c5d30a025a4540fMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/6/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD56license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/7/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD57license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/8/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD58LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81899http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/9/license.txt9d4d300cff78e8f375d89aab37134138MD59TEXTDissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdf.txtDissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdf.txtExtracted texttext/plain140620http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/10/Dissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdf.txte06da25e18d51568483d752de35e6ef2MD5102011/107102019-02-27 02:53:30.574oai:repositorio.ufpa.br:2011/10710TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSVVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUklVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUklVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-02-27T05:53:30Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
title Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
spellingShingle Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA
Formação Itaituba
Carbonatos
Quimioestratigrafia
Idade de deposição e Isótopos de Sr, C e O
Geologia isotópica - Uruará (PA)
Formações (Geologia) - Uruará (PA)
Geocronologia
GEOLOGIA ISOTÓPICA
GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
title_short Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
title_full Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
title_fullStr Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
title_full_unstemmed Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
title_sort Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará
author CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de
author_facet CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MACAMBIRA, Moacir José Buenano
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8489178778254136
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/886783626882099
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1014270559248783
dc.contributor.author.fl_str_mv CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de
contributor_str_mv MACAMBIRA, Moacir José Buenano
NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA
Formação Itaituba
Carbonatos
Quimioestratigrafia
Idade de deposição e Isótopos de Sr, C e O
Geologia isotópica - Uruará (PA)
Formações (Geologia) - Uruará (PA)
Geocronologia
GEOLOGIA ISOTÓPICA
GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
dc.subject.por.fl_str_mv Formação Itaituba
Carbonatos
Quimioestratigrafia
Idade de deposição e Isótopos de Sr, C e O
Geologia isotópica - Uruará (PA)
Formações (Geologia) - Uruará (PA)
Geocronologia
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv GEOLOGIA ISOTÓPICA
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
description A Bacia do Amazonas, caracterizada como uma bacia intracratônica com cerca de 400.000 km2, apresenta um registro sedimentar Fanerozoico composto por quatro sequências de segunda ordem relacionadas aos grupos Trombetas; Urupadi e Curuá; Tapajós e Javari. A Formação Itaituba, objeto deste trabalho, faz parte do Grupo Tapajós, o qual representa o último ciclo transgressivo-regressivo do Paleozoico desta bacia. A Formação Itaituba apresenta espessos pacotes de calcários de inframaré, intercalados com depósitos evaporíticos mais espessos em direção ao topo da formação, com folhelhos, siltitos e arenitos que representam depósitos transgressivo ¿ regressivos de moderada energia em ambiente marinho raso de infra e itermaré. A formação é composta dos estratos mais ricos em fósseis marinhos da Bacia do Amazonas, tais como os de conodontes, foraminíferos, corais, briozoários, crinóides, trilobitas, ostracodes, gastrópodes, braquiópodes, bivalves, escolecodontes e fragmentos de peixe. Para este trabalho foram estudadas amostras de testemunho de sondagem (FURO 5) obtido no município de Uruará, centro-leste do estado do Pará. Os principais objetivos deste trabalho são a obtenção da idade de deposição da Formação Itaituba com base na curva secular do 87Sr/86Sr e sua caracterização quimioestratigráfica com base nos teores de elementos maiores e traços, e nos isótopos de C e O, bem como a caracterização faciológica desses carbonatos. O perfil estratigráfico estudado é caracterizado por uma intercalação entre fácies carbonáticas ricas em bioclastos, estilolitos e drusas de quartzo e fácies dolomítica. E, na base do perfil, por uma fácies terrígena caracterizada por silte de cor avermelhada com clastos carbonáticos. Microfaciologicamente foram identificados os litotipos: wackstone, packstone, dolomudstone e, mais raramente mudstone e grainstone. Foram definidas sete microfácies: Mudstone bioclástico (Mcb), Wackstone bioclástico (Wb), Wackstone bioclástico com estilolitos (Wbe), Packstone bioclástico (Pb), Packstone bioclástico com pelóides (Pbp), Grainstone bioclástico com pelóides (Gbp) e Dolomito fino (Dl). Dentre os bioclastos observados estão braquiópodes, equinodermos, foraminíferos, pelecipodas, briozoários, gastrópodes e ostracodes. Como componentes não esqueletais observam-se quartzo, argilo-minerais, feldspatos, oóides e intraclastos. A matriz é micrítica e como cimento pode-se diferenciar três tipos, ¿em franja¿, em mosaico e sobrecrescimento sintaxial. Grande parte do perfil foi afetada por processos secundários, tais como dolomitização, dissolução e compactação. Os resultados das análises geoquímicas foram obtidos em 46 amostras coletadas em intervalos de 50 cm, aproximadamente. Os dados obtidos confirmam que o perfil é predominantemente calcítico com pequenas variações no conteúdo de Mg, no entanto apresenta níveis dolomitizados. Os valores elevados de Si em algumas amostras indicam a presença de minerais terrígenos, além de drusas e fraturas preenchidas por quartzo. As amostras apresentaram teor de Sr satisfatório para as análises isotópicas, o qual varia entre 30 e 293 ppm, sendo alguns dos menores valores relacionados às rochas dolomíticas. O estudo de isótopos estáveis foi realizado em 76 amostras coletadas em intervalos de 30 cm. Os valores obtidos para 13C e ¿18O variam de 1,602 a 5,422¿ e ¿ 8,734 a 0,804¿, respectivamente. Os valores para ¿13C mostram-se compatíveis com os valores obtidos em estudos anteriores para os carbonatos da Formação Itaituba, que apontam um ambiente marinho com a assinatura isotópica típica de rochas carboníferas, já para ¿18O apresentam-se discordantes, logo alterados (¿13C variando entre 2 e 6¿, ¿18O entre -3 a -7¿). Logo, tais carbonatos teriam composições isotópicas primárias, com exceção de algumas amostras, cujas composições foram modificadas por processos diagenéticos, tal qual a dolomitização. A idade de deposição foi obtida a partir da lixiviação de duas carapaças de braquiópodes, que posicionaram as rochas da Formação Itaituba no Pensilvaniano Superior com dois intervalos de idade, entre 296 e 303 Ma (Virgiliano ¿ Missouriano) e entre 293 e 307 Ma (Virgiliano ¿ Desmoinesiano), e Pensilvaniano Inferior, com idade entre 313 e 318 Ma (Morrowano).
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-10-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-02-26T21:46:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-02-26T21:46:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de. Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2015. 74 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10710. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10710
identifier_str_mv CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de. Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2015. 74 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10710. Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10710
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/1/Dissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/6/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/7/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/8/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/9/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10710/10/Dissertacao_PaleoambienteQuimioestratigrafiaFormacao.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 942472cc2ede2c343c5d30a025a4540f
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
9d4d300cff78e8f375d89aab37134138
e06da25e18d51568483d752de35e6ef2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771843225387008