“Mesmo com essas coisas ruins que o dendê trouxe, eu não saio daqui”: resistência a agroindústria do dendê na comunidade do Castanhalzinho em Concórdia do Pará
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10764 |
Resumo: | A produção do dendê no cenário mundial ganhou forças nas últimas décadas, nos principais países produtores do óleo de palma no mundo Indonésia e Tailândia, a produção da matéria-prima para o agrocombustível não esteve acompanhada de uma política ambiental rigorosa, desencadeando conflitos com comunidades locais e chamando a atenção de Ongs e movimentos ligados a defesa do meio ambiente. Em 2004, no Brasil é lançado o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) criado pelo Governo Federal como forma de fomentar a produção de combustíveis alternativos ao petróleo a partir do óleo de dendê, prevendo a criação de emprego assalariado e a inclusão da agricultura familiar por meio de contratos de produção (BRASIL, 2010). Verifica-se no nordeste paraense a instalação de agroindústrias de dendê, como a empresa BIOPALMA S/A que em sua área de abrangência adquiriu grandes extensões de terras ao redor da comunidade do Castanhalzinho, provocando mudanças às condições de vida dos moradores por conta da abertura e ramais dentro da comunidade e pelos efeitos dos produtos químicos utilizados na manutenção do plantio. O objetivo desta dissertação é analisar as formas de resistência à agroindústria do dendê na comunidade do Castanhalzinho, localizada no município de Concórdia do Pará. O conceito de resistência cotidiana de Scott (2013) e fundamentos teóricos da Ação Coletiva são utilizados como enfoque teórico deste estudo pois nos ajuda compreender formas de resistência produzidas tanto no cotidiano pelos moradores, como também pelas associações quilombolas do local. O estudo foi construído por meio do estudo de caso e pesquisa qualitativa, com a utilização de observação participante, entrevistas abertas e semi- estruturadas com os moradores da comunidade e com lideranças quilombolas das associações e de entidades como a Malungu e Cedenpa. Os resultados da pesquisa apontaram para formas de resistências desempenhadas pelas associações quilombolas e por resistências cotidianas desempenhadas pelos moradores da comunidade como negação à venda de terras para o monocultivo, ao assalariamento, aos efeitos do cultivo do dendê na comunidade quilombola e a resistência ao impedimento do acesso ao entorno pela desvalorização do oponente. Elementos da organização social da comunidade como o parentesco, religiosidade e reciprocidade garantem relações sociais sólidas entre os moradores e deles com o território garantindo maior possibilidade de resistência no local. |
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2019-03-13T18:25:16Z2019-03-13T18:25:16Z2017-03-31RIBEIRO, Lissandra Cordeiro. “Mesmo com essas coisas ruins que o dendê trouxe, eu não saio daqui”: resistência a agroindústria do dendê na comunidade do Castanhalzinho em Concórdia do Pará. Orientador: Heribert Schmitz. 2017. 126 f. Dissertação (Mestrado em Agriculturas Amazônicas) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental, Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10764. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10764A produção do dendê no cenário mundial ganhou forças nas últimas décadas, nos principais países produtores do óleo de palma no mundo Indonésia e Tailândia, a produção da matéria-prima para o agrocombustível não esteve acompanhada de uma política ambiental rigorosa, desencadeando conflitos com comunidades locais e chamando a atenção de Ongs e movimentos ligados a defesa do meio ambiente. Em 2004, no Brasil é lançado o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) criado pelo Governo Federal como forma de fomentar a produção de combustíveis alternativos ao petróleo a partir do óleo de dendê, prevendo a criação de emprego assalariado e a inclusão da agricultura familiar por meio de contratos de produção (BRASIL, 2010). Verifica-se no nordeste paraense a instalação de agroindústrias de dendê, como a empresa BIOPALMA S/A que em sua área de abrangência adquiriu grandes extensões de terras ao redor da comunidade do Castanhalzinho, provocando mudanças às condições de vida dos moradores por conta da abertura e ramais dentro da comunidade e pelos efeitos dos produtos químicos utilizados na manutenção do plantio. O objetivo desta dissertação é analisar as formas de resistência à agroindústria do dendê na comunidade do Castanhalzinho, localizada no município de Concórdia do Pará. O conceito de resistência cotidiana de Scott (2013) e fundamentos teóricos da Ação Coletiva são utilizados como enfoque teórico deste estudo pois nos ajuda compreender formas de resistência produzidas tanto no cotidiano pelos moradores, como também pelas associações quilombolas do local. O estudo foi construído por meio do estudo de caso e pesquisa qualitativa, com a utilização de observação participante, entrevistas abertas e semi- estruturadas com os moradores da comunidade e com lideranças quilombolas das associações e de entidades como a Malungu e Cedenpa. Os resultados da pesquisa apontaram para formas de resistências desempenhadas pelas associações quilombolas e por resistências cotidianas desempenhadas pelos moradores da comunidade como negação à venda de terras para o monocultivo, ao assalariamento, aos efeitos do cultivo do dendê na comunidade quilombola e a resistência ao impedimento do acesso ao entorno pela desvalorização do oponente. Elementos da organização social da comunidade como o parentesco, religiosidade e reciprocidade garantem relações sociais sólidas entre os moradores e deles com o território garantindo maior possibilidade de resistência no local.Palm oil production on the world stage has gained momentum in the last decades, in the main palm oil producing countries of Indonesia and Thailand the production of raw material for agrofuels has not been accompanied by a strict environmental policy, triggering conflicts with local communities and drawing the attention of ONGs and movements linked to the defense of the environment. In 2010, the National Biodiesel Production Program (PNPB) created by the Federal Government was launched in Brazil as a way to promote the production of alternative fuels to oil from palm oil, providing for the creation of salaried employment and the inclusion of agriculture through production contracts (BRASIL, 2010). The development of palm oil agroindustries, such as the company BIOPALMA S / A, which in its area of coverage has acquired large tracts of land around the Castanhalzinho Community, provoked changes in the living conditions of the residents due to the opening and extensions within the community and by the effects of the chemicals used in planting maintenance. The objective of this dissertation is to analyze the forms of resistance to the oil industry in the Castanhalzinho Community, located in the municipality of Concórdia do Pará. Scott's concept of daily resistance (2013) and theoretical foundations of Collective Action are used as the theoretical focus of this study because it helps us understand forms of resistance produced both in the daily life by the residents, as well as by the local quilombola associations. The study was constructed through case study and qualitative research, using participant observation, open and semi-structured interviews with community residents and with quilombola leaderships from associations and entities such as Malungu and Cedenpa. The results of the research pointed to forms of resistance by quilombola associations and daily resistance by community dwellers as a denial of the sale of land for monoculture, wages, the effects of palm oil cultivation in the quilombola community and resistance to the access to the environment by the opponent's devaluation. Elements of the social organization of the community such as kinship, religiosity and reciprocity guarantee solid social relations among the inhabitants and of them with the territory guaranteeing greater possibility of resistance in the place.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáEmpresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaPrograma de Pós-Graduação em Agriculturas AmazônicasUFPAEMBRAPABrasilInstituto Amazônico de Agriculturas Familiares1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::EXTENSAO RURALAGRICULTURAS FAMILIARES E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELResistênciaQuilombolaDendeiculturaCamponeses -- ParáDendê -- Concórdia do Pará (PA)Comunidades agrícolas -- Concórdia do Pará (PA)Agricultura familiar -- Concórdia do Pará (PA)“Mesmo com essas coisas ruins que o dendê trouxe, eu não saio daqui”: resistência a agroindústria do dendê na comunidade do Castanhalzinho em Concórdia do Paráinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSCHMITZ, Heriberthttp://lattes.cnpq.br/2294519993210835http://lattes.cnpq.br/4538804701781680RIBEIRO, Lissandra Cordeiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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