Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Eliene Lopes de
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7886
Resumo: Neste trabalho, desenvolvido na região nordeste do Pará, foram determinados os fatores controladores do quimismo de águas de nascentes e de poços, a maioria das quais abastece moradores de pequenas localizadades do interior. São águas de aquíferos constituídos pelos produtos de alteração de granitos (Tracuateua), metassedimentos (Santa Luzia), metavulcanossedimentos (serra do Piriá) e apatita-hornblendito (ilha de Itacupim). Àguas em contato com calcários (Tauarí e Salinópolis) também foram estudadas. As coletas foram realizadas em zonas restritas com vegetação do tipo Hiléia Amazônica, e em zonas de capoeira ou desmatadas, nos anos 1992 ( estação seca), 1993 ( estações chuvosa e seca), 1994 (estação chuvosa) e 1995 (estações chuvosa e seca). O estudo petrográfico e mineralógico dos produtos de alteração e, em alguns casos, das rochas matrizes, mostrou a possível influência desses materiais sobre o quimismo das águas. Permitiu ainda caracterizar os processos pedogenéticos atuantes nos diferentes domínios e avaliar a potencialidade destes para fins de ocupação. Nas áreas de Tracuateua, Santa Luzia e na zona saprolítica da serra do Piriá, os aquíferos são formados por produtos de alteração bastante evoluídos, constituídos essencialmente por quartzo, caolinita e oxi-hidróxidos de ferro. Na interface vulcanossedimentos/saprólito (serra do Piriá) ou apatita-hornblendito/ saprólito (ilha de Itacupim), ocorrem minerais primários como biotita, clorita ou apatita. A camada superior (profundamente ? 20 cm) dos solos dessas áreas mostra-se pobres em bases, com pH próximo de alteração do calcário são saturados em bases, com pH 8,0, sendo constituídos por quartzo, caolinita e calcita em menor proporção. A natureza da cobertura vegetal reflete-se no teor de matéria orgânica nos solos, chegando a 12% nas áreas preservadas e a menos de 3% nas mais degradadas. As águas associadas com os produtos mais intemperizados, são cloretadas-sódicas, ácidas (pH médio 4,4), pobres em solutos ( STD<30ppm), sendo os íons maiores principalmente de origem pluvial. O contato com produtos menos alterados, derivados dos metavulcanossedimentos e do apatita-hornblendito, eleva os teores de bases, de sílica ou de fosfato, que provêm, sobretudo da hidrólise de minerais primários como albita, biotita, clorita ou apatita. Nas águas das áreas calcarias a relação Ca+Mg: HCO3 1 reflete a dissolução dos carbonatos. São águas bicarbonatadas-cálcicas, ricas em solutos (STD médio 230 ppm), com pH próximo de 7,0, as quais apresentam uma sensível diluição nos períodos chuvosos. Quando em contato com níveis argilosos contendo pirita, tornam-se sulfatadas-sódicas e ácidas (pH 5,0). Aerossóis marinhos, detritos vegetais e águas domesticas são fontes localizadas de solutos, enquanto que ácidos orgânicos, alem da pobreza em bases, são responsáveis pelo caráter acido das águas. Na camada superior do solo das áreas mais degradadas ocorre um enriquecimento relativo em quartzo em decorrência da desestabilização da caolinita e/ou do seu transporte em suspensão. A montmorilonita se forma em área granítica, com vegetação primaria, onde as bases e a sílica sofrem uma lixiviação menos intensa. O aproveitamento das áreas degradadas para agricultura exige a reposição de nutrientes. Onde sedimentos areno-argilosos recobrem o calcário, o pH é 5, fato que possibilita um melhor aproveitamento, pelas plantas, dos nutrientes de origem marinha, abundantes no calcário.
id UFPA_c3c0aa39930db1e2899cfaf3425655ad
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/7886
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2017-03-17T12:12:04Z2017-03-17T12:12:04Z1996-11-10SOUZA, Eliene Lopes de. Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará. Orientador: Waterloo Napoleão de Lima. 1996. 189 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1996. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/7886. Acesso:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7886Neste trabalho, desenvolvido na região nordeste do Pará, foram determinados os fatores controladores do quimismo de águas de nascentes e de poços, a maioria das quais abastece moradores de pequenas localizadades do interior. São águas de aquíferos constituídos pelos produtos de alteração de granitos (Tracuateua), metassedimentos (Santa Luzia), metavulcanossedimentos (serra do Piriá) e apatita-hornblendito (ilha de Itacupim). Àguas em contato com calcários (Tauarí e Salinópolis) também foram estudadas. As coletas foram realizadas em zonas restritas com vegetação do tipo Hiléia Amazônica, e em zonas de capoeira ou desmatadas, nos anos 1992 ( estação seca), 1993 ( estações chuvosa e seca), 1994 (estação chuvosa) e 1995 (estações chuvosa e seca). O estudo petrográfico e mineralógico dos produtos de alteração e, em alguns casos, das rochas matrizes, mostrou a possível influência desses materiais sobre o quimismo das águas. Permitiu ainda caracterizar os processos pedogenéticos atuantes nos diferentes domínios e avaliar a potencialidade destes para fins de ocupação. Nas áreas de Tracuateua, Santa Luzia e na zona saprolítica da serra do Piriá, os aquíferos são formados por produtos de alteração bastante evoluídos, constituídos essencialmente por quartzo, caolinita e oxi-hidróxidos de ferro. Na interface vulcanossedimentos/saprólito (serra do Piriá) ou apatita-hornblendito/ saprólito (ilha de Itacupim), ocorrem minerais primários como biotita, clorita ou apatita. A camada superior (profundamente ? 20 cm) dos solos dessas áreas mostra-se pobres em bases, com pH próximo de alteração do calcário são saturados em bases, com pH 8,0, sendo constituídos por quartzo, caolinita e calcita em menor proporção. A natureza da cobertura vegetal reflete-se no teor de matéria orgânica nos solos, chegando a 12% nas áreas preservadas e a menos de 3% nas mais degradadas. As águas associadas com os produtos mais intemperizados, são cloretadas-sódicas, ácidas (pH médio 4,4), pobres em solutos ( STD<30ppm), sendo os íons maiores principalmente de origem pluvial. O contato com produtos menos alterados, derivados dos metavulcanossedimentos e do apatita-hornblendito, eleva os teores de bases, de sílica ou de fosfato, que provêm, sobretudo da hidrólise de minerais primários como albita, biotita, clorita ou apatita. Nas águas das áreas calcarias a relação Ca+Mg: HCO3 1 reflete a dissolução dos carbonatos. São águas bicarbonatadas-cálcicas, ricas em solutos (STD médio 230 ppm), com pH próximo de 7,0, as quais apresentam uma sensível diluição nos períodos chuvosos. Quando em contato com níveis argilosos contendo pirita, tornam-se sulfatadas-sódicas e ácidas (pH 5,0). Aerossóis marinhos, detritos vegetais e águas domesticas são fontes localizadas de solutos, enquanto que ácidos orgânicos, alem da pobreza em bases, são responsáveis pelo caráter acido das águas. Na camada superior do solo das áreas mais degradadas ocorre um enriquecimento relativo em quartzo em decorrência da desestabilização da caolinita e/ou do seu transporte em suspensão. A montmorilonita se forma em área granítica, com vegetação primaria, onde as bases e a sílica sofrem uma lixiviação menos intensa. O aproveitamento das áreas degradadas para agricultura exige a reposição de nutrientes. Onde sedimentos areno-argilosos recobrem o calcário, o pH é 5, fato que possibilita um melhor aproveitamento, pelas plantas, dos nutrientes de origem marinha, abundantes no calcário.This work was carried out in the northeastern region of Pará State with the purpose of studying the factors that control the chemism of both spring and well waters. They are waters of aquifers constituted of alteration products of granites (Tracuateua), metassediments(Santa Luzia), metavolcano-sediments(serra do Piriá) and apatite-hornblendite (ilha de Itacupim). Waters in contact with limestones were also studied. Most of these waters purposes. The are used with local population supply waters were collected in restricted zones covered by Amazonian rainforest, in areas that support second growth vegetation(capoeira) and in jungle clearings. The collect period was 1992 dry season, 1993 dry and rainy seasons, 1994 rainy season and in 1995 dry and rainy season. Petrographic and mineralogical study of alteration products and in some cases of the bedrock, indicate the possible influente of these materials in the water composition. The pedogenetics processes taking place in the studied zones were characterized. The potential of these zones for occupation purposes were also evaluated. In Tracuateua, Santa Luzia and also in the Serra do Piriá saprolitic tone, the aquifers are formed by highly weathered products, constituted basically by quartz, kaolinite and iron oxi-hidroxides. In the metavolcano-sediments/lithomarge or apatite-hornblendite/lithomarge interface, minerals like biotite, albite or apatite are frequents. The upper layer (20 cm deep) of the soils in these areas is poor in bases and displays a pH value of about 5,0. The alteration products of calcareous are base saturated, presenting pH about 8,0 and are constituted of quartz and kaolinite, with calcite in small proportion. The content of organic material in soils, about 12% in preserved areas and less than 3% in degraded areas, reflects the nature of the vegetal coverage. Waters in contact with the most weathered products are chloride and sodium rich, acidic (average pH 4,4), poor in solutes(TDS < 30 ppm), mainly of pluvial origin. Waters in contact with less altered products, derived from metavolcano-sediments and apatite-hornblendite, raise the base, silica or phosphate content, which are derived principally from the hydrolysis of primary minerals. In waters from calcareous areas the relation HCO3:Ca+Mg1 indicates carbonates dissolution. They are calcium and bicarbonate rich, righ in solutes(average TDS 230 ppm), and presents pH value about 7,0. When in contact with clay layers that contains pyrite, waters becomes sodium and sulphate rich and acidic (pH 5,0). Marines aerosols, vegetal detritus and domestic waste waters are localized sources of solutes, while the organic acids, together with the scarcity of bases, are responsible for water acidity. The upper layer of the soils of the degraded areas shows intense eluviation with subsequent relative enrichment in quartz. The use of these lands for agricultural purposes requires nutrient reposition. Where sandy-clay sediments cover limestones, the pH value is about 5, what enables the plants to take more efficiently the marine nutrients which abound in the calcareous sediments.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::HIDROGEOLOGIAÁguas subterrâneasQuimismoHidrogeologiaQualidade da águaPará, NordesteFatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Paráinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisLIMA, Waterloo Napoleão dehttp://lattes.cnpq.br/1229104235556506http://lattes.cnpq.br/2060516413833723SOUZA, Eliene Lopes deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALTese_FatoresControladoresQuimismo.pdfTese_FatoresControladoresQuimismo.pdfapplication/pdf34631031http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/1/Tese_FatoresControladoresQuimismo.pdf5ffdf26f8d9a70e459ab5afb50919b50MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55TEXTTese_FatoresControladoresQuimismo.pdf.txtTese_FatoresControladoresQuimismo.pdf.txtExtracted texttext/plain198http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/6/Tese_FatoresControladoresQuimismo.pdf.txt85e0c230dd11d55dde932c2171bc0a0dMD562011/78862019-04-01 13:31:52.908oai:repositorio.ufpa.br:2011/7886TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-04-01T16:31:52Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
title Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
spellingShingle Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
SOUZA, Eliene Lopes de
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::HIDROGEOLOGIA
Águas subterrâneas
Quimismo
Hidrogeologia
Qualidade da água
Pará, Nordeste
title_short Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
title_full Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
title_fullStr Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
title_full_unstemmed Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
title_sort Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará
author SOUZA, Eliene Lopes de
author_facet SOUZA, Eliene Lopes de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv LIMA, Waterloo Napoleão de
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1229104235556506
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2060516413833723
dc.contributor.author.fl_str_mv SOUZA, Eliene Lopes de
contributor_str_mv LIMA, Waterloo Napoleão de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::HIDROGEOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::HIDROGEOLOGIA
Águas subterrâneas
Quimismo
Hidrogeologia
Qualidade da água
Pará, Nordeste
dc.subject.por.fl_str_mv Águas subterrâneas
Quimismo
Hidrogeologia
Qualidade da água
Pará, Nordeste
description Neste trabalho, desenvolvido na região nordeste do Pará, foram determinados os fatores controladores do quimismo de águas de nascentes e de poços, a maioria das quais abastece moradores de pequenas localizadades do interior. São águas de aquíferos constituídos pelos produtos de alteração de granitos (Tracuateua), metassedimentos (Santa Luzia), metavulcanossedimentos (serra do Piriá) e apatita-hornblendito (ilha de Itacupim). Àguas em contato com calcários (Tauarí e Salinópolis) também foram estudadas. As coletas foram realizadas em zonas restritas com vegetação do tipo Hiléia Amazônica, e em zonas de capoeira ou desmatadas, nos anos 1992 ( estação seca), 1993 ( estações chuvosa e seca), 1994 (estação chuvosa) e 1995 (estações chuvosa e seca). O estudo petrográfico e mineralógico dos produtos de alteração e, em alguns casos, das rochas matrizes, mostrou a possível influência desses materiais sobre o quimismo das águas. Permitiu ainda caracterizar os processos pedogenéticos atuantes nos diferentes domínios e avaliar a potencialidade destes para fins de ocupação. Nas áreas de Tracuateua, Santa Luzia e na zona saprolítica da serra do Piriá, os aquíferos são formados por produtos de alteração bastante evoluídos, constituídos essencialmente por quartzo, caolinita e oxi-hidróxidos de ferro. Na interface vulcanossedimentos/saprólito (serra do Piriá) ou apatita-hornblendito/ saprólito (ilha de Itacupim), ocorrem minerais primários como biotita, clorita ou apatita. A camada superior (profundamente ? 20 cm) dos solos dessas áreas mostra-se pobres em bases, com pH próximo de alteração do calcário são saturados em bases, com pH 8,0, sendo constituídos por quartzo, caolinita e calcita em menor proporção. A natureza da cobertura vegetal reflete-se no teor de matéria orgânica nos solos, chegando a 12% nas áreas preservadas e a menos de 3% nas mais degradadas. As águas associadas com os produtos mais intemperizados, são cloretadas-sódicas, ácidas (pH médio 4,4), pobres em solutos ( STD<30ppm), sendo os íons maiores principalmente de origem pluvial. O contato com produtos menos alterados, derivados dos metavulcanossedimentos e do apatita-hornblendito, eleva os teores de bases, de sílica ou de fosfato, que provêm, sobretudo da hidrólise de minerais primários como albita, biotita, clorita ou apatita. Nas águas das áreas calcarias a relação Ca+Mg: HCO3 1 reflete a dissolução dos carbonatos. São águas bicarbonatadas-cálcicas, ricas em solutos (STD médio 230 ppm), com pH próximo de 7,0, as quais apresentam uma sensível diluição nos períodos chuvosos. Quando em contato com níveis argilosos contendo pirita, tornam-se sulfatadas-sódicas e ácidas (pH 5,0). Aerossóis marinhos, detritos vegetais e águas domesticas são fontes localizadas de solutos, enquanto que ácidos orgânicos, alem da pobreza em bases, são responsáveis pelo caráter acido das águas. Na camada superior do solo das áreas mais degradadas ocorre um enriquecimento relativo em quartzo em decorrência da desestabilização da caolinita e/ou do seu transporte em suspensão. A montmorilonita se forma em área granítica, com vegetação primaria, onde as bases e a sílica sofrem uma lixiviação menos intensa. O aproveitamento das áreas degradadas para agricultura exige a reposição de nutrientes. Onde sedimentos areno-argilosos recobrem o calcário, o pH é 5, fato que possibilita um melhor aproveitamento, pelas plantas, dos nutrientes de origem marinha, abundantes no calcário.
publishDate 1996
dc.date.issued.fl_str_mv 1996-11-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-03-17T12:12:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-03-17T12:12:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUZA, Eliene Lopes de. Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará. Orientador: Waterloo Napoleão de Lima. 1996. 189 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1996. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/7886. Acesso:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7886
identifier_str_mv SOUZA, Eliene Lopes de. Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará. Orientador: Waterloo Napoleão de Lima. 1996. 189 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1996. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/7886. Acesso:.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7886
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/1/Tese_FatoresControladoresQuimismo.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/2/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/3/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/4/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/5/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7886/6/Tese_FatoresControladoresQuimismo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5ffdf26f8d9a70e459ab5afb50919b50
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
85e0c230dd11d55dde932c2171bc0a0d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1797787917859422208