Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VEIGA, Ademilson Filocreão
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0003-2069-1622
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15444
Resumo: Transescritas de Virgínia Woolf e Clarice Lispector impulsionam pensamentos para transcriar a educação, por meio dos devires-escritura suscitados nas obras Mrs. Dalloway (2017) e Orlando (2014), de Woolf, e A paixão segundo GH (2009) e A hora de estrela (1998), de Lispector. A articulação pela qual a arquitetura desse estudo se move consiste em vibrar, a partir das transescritas Lispectorianas e Woolfianas, devires escritura com movimentos do pensar e do criar, e a partir deles, compor e mobilizar tanto a literatura quanto a educação, em pensamentos sem imagem que nos instigam a um transcriar a educação por meio dos signos do aprender que advém de tais deslocamentos. Literatura, filosofia da diferença e educação entrelaçam-se nas linguagens em transe das autoras, potências criadoras que se esbarram e se afastam, a compor provocações múltiplas sobre outros modos de ver, viver e intervir no âmbito educacional. As linhas de fuga Lispectorianas e Woolfianas andarilham com intercessores como Deleuze e Guattari, Corazza, Bachelard, Barthes, Proust, Rolnik, Passos, Butler, Foucault, Gallo, Tadeu, Zordan. Em cada rachadura exposta, uma fresta se abre para o pensamento, deslocando-o até os cantos obscuros, os corpos abjetos, os tempos extemporâneos, o avesso e o indômito da educação, deixam seus rastros como fantasmas, como sombras, como novas tintas a serem transcriadas e borradas, como Orlandes e Macabéas, GHs e Clarissas, como umidades e capins que insistem em nascer nos espaços mais incômodos, entre outros. A violência do encontro com estes devires-escritura desencadeia o pensar desautomatizado, o pensar sem imagem e, então, mobiliza novos signos do aprender. Clarice e Virgínia, ao serem aqui transescritas, emitem devires-escritura múltiplos, e tais devires também provocam transcriações na educação, pois racham-se em signos do aprender, sentidos, pensamentos, criações a se movimentarem pelo educar. Tanto os devires-escritura, da transescrita, e os signos do aprender, da transcriação, estão emulsionados a um pensamento sem imagem que não intenta ser homogêneo. Este pensamento sem imagem é, pelo contrário, um esforço intensivo de agitação, de diferença. As artes transescritas de Woolf e Lispector desaguam para um transcriar a educação com a diferença.
id UFPA_d0346937e1b36a24eebc064006b49bcb
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/15444
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2023-03-28T17:40:35Z2023-03-28T17:40:35Z2022-06-28VEIGA, Ademilson Filocreão. Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf. Orientadora: Gilcilene Dias da Costa. 2022. 117 f. Dissertação (Mestrado em Educação e Cultura) - Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura, Campus Universitário do Tocantins/Cametá, Universidade Federal do Pará, Cametá, 2022. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15444. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15444Transescritas de Virgínia Woolf e Clarice Lispector impulsionam pensamentos para transcriar a educação, por meio dos devires-escritura suscitados nas obras Mrs. Dalloway (2017) e Orlando (2014), de Woolf, e A paixão segundo GH (2009) e A hora de estrela (1998), de Lispector. A articulação pela qual a arquitetura desse estudo se move consiste em vibrar, a partir das transescritas Lispectorianas e Woolfianas, devires escritura com movimentos do pensar e do criar, e a partir deles, compor e mobilizar tanto a literatura quanto a educação, em pensamentos sem imagem que nos instigam a um transcriar a educação por meio dos signos do aprender que advém de tais deslocamentos. Literatura, filosofia da diferença e educação entrelaçam-se nas linguagens em transe das autoras, potências criadoras que se esbarram e se afastam, a compor provocações múltiplas sobre outros modos de ver, viver e intervir no âmbito educacional. As linhas de fuga Lispectorianas e Woolfianas andarilham com intercessores como Deleuze e Guattari, Corazza, Bachelard, Barthes, Proust, Rolnik, Passos, Butler, Foucault, Gallo, Tadeu, Zordan. Em cada rachadura exposta, uma fresta se abre para o pensamento, deslocando-o até os cantos obscuros, os corpos abjetos, os tempos extemporâneos, o avesso e o indômito da educação, deixam seus rastros como fantasmas, como sombras, como novas tintas a serem transcriadas e borradas, como Orlandes e Macabéas, GHs e Clarissas, como umidades e capins que insistem em nascer nos espaços mais incômodos, entre outros. A violência do encontro com estes devires-escritura desencadeia o pensar desautomatizado, o pensar sem imagem e, então, mobiliza novos signos do aprender. Clarice e Virgínia, ao serem aqui transescritas, emitem devires-escritura múltiplos, e tais devires também provocam transcriações na educação, pois racham-se em signos do aprender, sentidos, pensamentos, criações a se movimentarem pelo educar. Tanto os devires-escritura, da transescrita, e os signos do aprender, da transcriação, estão emulsionados a um pensamento sem imagem que não intenta ser homogêneo. Este pensamento sem imagem é, pelo contrário, um esforço intensivo de agitação, de diferença. As artes transescritas de Woolf e Lispector desaguam para um transcriar a educação com a diferença.Trans-writings by Virginia Woolf and Clarice Lispector propel thoughts to trans-creating education, through the devires-writing raised in the works Mrs. Dalloway (2017) and Orlando (2014), by Woolf, and The passion according to GH (2009) and The star hour (1998), by Lispector. The articulation through which the architecture of this study moves is to vibrate, from Lispectorian and Woolfian trans-writings, devires writing with movements of thinking and creating, and from these, to compose and mobilize both literature and education in image-less thoughts that urge us to a trans-creating of education through the signs of learning that come from such dislocations. Literature, philosophy of difference, and education are intertwined in the authors' trance-like languages, creative powers that collide and move away, composing multiple provocations about other ways of seeing, living, and intervening in the educational field. The Lispectorian and Woolfian lines of escape walk with intercessors such as Deleuze and Guattari, Corazza, Bachelard, Barthes, Proust, Rolnik, Passos, Butler, Foucault, Gallo, Tadeu, Zordan. In each exposed crack, a gap opens for thought, moving it to the obscure corners, the abject bodies, the extemporaneous times, the reverse and the indomitable of education, leave their tracks like ghosts, like shadows, like new paints to be transcribed and blurred, like Orlandes and Macabéas, GHs and Clarissas, like humidities and grasses that insist on being born in the most uncomfortable spaces, among others. The violence of the encounter with these writing-devirals triggers the deautomatized thinking, the thinking without image, and then mobilizes new signs of learning. Clarice and Virgínia, in being trans-written here, emit multiple devires-writing, and such devires also provoke trans-creations in education, as they crack into signs of learning, senses, thoughts, creations to move through educating. Both the becoming-writing, of trans-writing, and the signs of learning, of trans-creation, are emulsified in a thought without image that does not try to be homogeneous. This image-less thinking is, on the contrary, an intensive effort of agitation, of difference. The trans-writing arts of Woolf and Lispector flow into a trans-creation of education with difference.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Educação e CulturaUFPABrasilCampus Universitário do Tocantins/Cametáhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDisponível na internet via correio eletrônico: bibcameta@ufpa.brreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOCULTURAS E LINGUAGENSEDUCAÇÃO E CULTURATransescritaTranscriaçãoEducaçãoClarice LispectorVirgínia WoolfTrans-writingTrans-creationEducationTransescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolfinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCOSTA, Gilcilene Dias dahttp://lattes.cnpq.br/2934771644021042https://orcid.org/0000-0002-7156-5610http://lattes.cnpq.br/5246721503037748VEIGA, Ademilson Filocreãohttps://orcid.org/0000-0003-2069-1622ORIGINALDissetacao_TransescritasDiferencaMovimentos.pdfDissetacao_TransescritasDiferencaMovimentos.pdfapplication/pdf773379http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15444/1/Dissetacao_TransescritasDiferencaMovimentos.pdf9eb1c300b57cf0012344e8745baee598MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15444/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15444/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/154442023-03-28 15:58:18.173oai:repositorio.ufpa.br:2011/15444TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232023-03-28T18:58:18Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
title Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
spellingShingle Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
VEIGA, Ademilson Filocreão
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Transescrita
Transcriação
Educação
Clarice Lispector
Virgínia Woolf
Trans-writing
Trans-creation
Education
CULTURAS E LINGUAGENS
EDUCAÇÃO E CULTURA
title_short Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
title_full Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
title_fullStr Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
title_full_unstemmed Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
title_sort Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf
author VEIGA, Ademilson Filocreão
author_facet VEIGA, Ademilson Filocreão
https://orcid.org/0000-0003-2069-1622
author_role author
author2 https://orcid.org/0000-0003-2069-1622
author2_role author
dc.contributor.advisor1ORCID.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-7156-5610
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv COSTA, Gilcilene Dias da
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2934771644021042
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5246721503037748
dc.contributor.author.fl_str_mv VEIGA, Ademilson Filocreão
https://orcid.org/0000-0003-2069-1622
contributor_str_mv COSTA, Gilcilene Dias da
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Transescrita
Transcriação
Educação
Clarice Lispector
Virgínia Woolf
Trans-writing
Trans-creation
Education
CULTURAS E LINGUAGENS
EDUCAÇÃO E CULTURA
dc.subject.por.fl_str_mv Transescrita
Transcriação
Educação
Clarice Lispector
Virgínia Woolf
dc.subject.eng.fl_str_mv Trans-writing
Trans-creation
Education
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv CULTURAS E LINGUAGENS
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv EDUCAÇÃO E CULTURA
description Transescritas de Virgínia Woolf e Clarice Lispector impulsionam pensamentos para transcriar a educação, por meio dos devires-escritura suscitados nas obras Mrs. Dalloway (2017) e Orlando (2014), de Woolf, e A paixão segundo GH (2009) e A hora de estrela (1998), de Lispector. A articulação pela qual a arquitetura desse estudo se move consiste em vibrar, a partir das transescritas Lispectorianas e Woolfianas, devires escritura com movimentos do pensar e do criar, e a partir deles, compor e mobilizar tanto a literatura quanto a educação, em pensamentos sem imagem que nos instigam a um transcriar a educação por meio dos signos do aprender que advém de tais deslocamentos. Literatura, filosofia da diferença e educação entrelaçam-se nas linguagens em transe das autoras, potências criadoras que se esbarram e se afastam, a compor provocações múltiplas sobre outros modos de ver, viver e intervir no âmbito educacional. As linhas de fuga Lispectorianas e Woolfianas andarilham com intercessores como Deleuze e Guattari, Corazza, Bachelard, Barthes, Proust, Rolnik, Passos, Butler, Foucault, Gallo, Tadeu, Zordan. Em cada rachadura exposta, uma fresta se abre para o pensamento, deslocando-o até os cantos obscuros, os corpos abjetos, os tempos extemporâneos, o avesso e o indômito da educação, deixam seus rastros como fantasmas, como sombras, como novas tintas a serem transcriadas e borradas, como Orlandes e Macabéas, GHs e Clarissas, como umidades e capins que insistem em nascer nos espaços mais incômodos, entre outros. A violência do encontro com estes devires-escritura desencadeia o pensar desautomatizado, o pensar sem imagem e, então, mobiliza novos signos do aprender. Clarice e Virgínia, ao serem aqui transescritas, emitem devires-escritura múltiplos, e tais devires também provocam transcriações na educação, pois racham-se em signos do aprender, sentidos, pensamentos, criações a se movimentarem pelo educar. Tanto os devires-escritura, da transescrita, e os signos do aprender, da transcriação, estão emulsionados a um pensamento sem imagem que não intenta ser homogêneo. Este pensamento sem imagem é, pelo contrário, um esforço intensivo de agitação, de diferença. As artes transescritas de Woolf e Lispector desaguam para um transcriar a educação com a diferença.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-06-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-03-28T17:40:35Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-03-28T17:40:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv VEIGA, Ademilson Filocreão. Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf. Orientadora: Gilcilene Dias da Costa. 2022. 117 f. Dissertação (Mestrado em Educação e Cultura) - Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura, Campus Universitário do Tocantins/Cametá, Universidade Federal do Pará, Cametá, 2022. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15444. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15444
identifier_str_mv VEIGA, Ademilson Filocreão. Transescritas da diferença: movimentos para transcriar a educação com Clarice Lispector e Virginia Woolf. Orientadora: Gilcilene Dias da Costa. 2022. 117 f. Dissertação (Mestrado em Educação e Cultura) - Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura, Campus Universitário do Tocantins/Cametá, Universidade Federal do Pará, Cametá, 2022. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15444. Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15444
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Campus Universitário do Tocantins/Cametá
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
dc.source.uri.pt_BR.fl_str_mv Disponível na internet via correio eletrônico: bibcameta@ufpa.br
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15444/1/Dissetacao_TransescritasDiferencaMovimentos.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15444/2/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15444/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9eb1c300b57cf0012344e8745baee598
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
2b55adef5313c442051bad36d3312b2b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771868061958144