Abordagem fitoquímica, determinação da atividade antiplasmódica in vitro e avaliação preliminar da toxicidade do extrato hidroetanólico das cascas de Aspidosperma excelsum Benth (Apocynaceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GOMES, Luis Fábio dos Santos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5622
Resumo: A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium. O tratamento da malária está se tornando cada vez mais difícil com a expansão dos casos de parasitas resistentes aos fármacos utilizados na terapêutica. Neste contexto, produtos isolados a partir de plantas têm dado importante contribuição, representando importante fonte para a obtenção de novos fármacos antimaláricos. A atividade antiplasmódica de alcalóides de origem vegetal tem sido amplamente relatada na literatura. Plantas da família Apocynaceae, ricas em alcalóides indólicos, apresentam amplas propriedades medicinais e algumas espécies do gênero Aspidosperma já demonstraram potencial antimalárico. Assim, este trabalho teve como objetivo realizar uma abordagem fitoquímica, avaliar a atividade antiplasmódica in vitro e a toxicidade preliminar do extrato hidroetanólico concentrado das cascas de A. excelsum, nativa da Região Amazônica, onde é usada tradicionalmente para tratar várias enfermidades, inclusive malária. A atividade antiplasmódica in vitro de diferentes concentrações do extrato e frações alcaloídica e metanólica foi avaliada em culturas de P. falciparum W2 pela percentagem de inibição da parasitemia e determinação da concentração inibitória média (CI50) em intervalos de 24, 48 e 72 h. O ensaio de citotoxicidade do extrato e fração alcaloídica foi realizado em fibroblastos L929 de camundongo pelo método do MTT e o teste de toxicidade aguda oral do extrato foi realizado de acordo com o Procedimento de Dose Fixa adotado pela OECD com pequenas adaptações. A prospecção fitoquímica revelou a presença de saponinas, açúcares redutores, fenóis e taninos e alcalóides e estes foram confirmados em quantidades significativas na fração alcaloídica extraída com clorofórmio (C2). Através de cromatografia em camada delgada e cromatografia líquida de alta eficiência do extrato, foi caracterizada a presença do alcalóide indólico ioimbina. O extrato e as frações apresentaram atividade antiplasmódica in vitro. O extrato apresentou a melhor atividade em 24 h (CI50= 5,2 ± 4,1 μg/mL), indicando uma boa atividade esquizonticida. Apenas a fração alcaloídica C2 apresentou uma pequena, porém significativa citotoxicidade (concentrações superiores a800 μg/mL). O extrato não só não apresentou citotoxicidade como também nenhum sinal evidente de toxicidade aguda oral na dose de 5000 mg/mL. Os resultados obtidos indicam que o extrato de Aspidosperma excelsum Benth apresenta promissor potencial antimalárico, merecendo estudos mais detalhados sobre sua atividade antiplasmódica, com vistas no isolamento de compostos ativos e elucidação de seu(s) mecanismo(s) de ação.
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Plantas da família Apocynaceae, ricas em alcalóides indólicos, apresentam amplas propriedades medicinais e algumas espécies do gênero Aspidosperma já demonstraram potencial antimalárico. Assim, este trabalho teve como objetivo realizar uma abordagem fitoquímica, avaliar a atividade antiplasmódica in vitro e a toxicidade preliminar do extrato hidroetanólico concentrado das cascas de A. excelsum, nativa da Região Amazônica, onde é usada tradicionalmente para tratar várias enfermidades, inclusive malária. A atividade antiplasmódica in vitro de diferentes concentrações do extrato e frações alcaloídica e metanólica foi avaliada em culturas de P. falciparum W2 pela percentagem de inibição da parasitemia e determinação da concentração inibitória média (CI50) em intervalos de 24, 48 e 72 h. O ensaio de citotoxicidade do extrato e fração alcaloídica foi realizado em fibroblastos L929 de camundongo pelo método do MTT e o teste de toxicidade aguda oral do extrato foi realizado de acordo com o Procedimento de Dose Fixa adotado pela OECD com pequenas adaptações. A prospecção fitoquímica revelou a presença de saponinas, açúcares redutores, fenóis e taninos e alcalóides e estes foram confirmados em quantidades significativas na fração alcaloídica extraída com clorofórmio (C2). Através de cromatografia em camada delgada e cromatografia líquida de alta eficiência do extrato, foi caracterizada a presença do alcalóide indólico ioimbina. O extrato e as frações apresentaram atividade antiplasmódica in vitro. O extrato apresentou a melhor atividade em 24 h (CI50= 5,2 ± 4,1 μg/mL), indicando uma boa atividade esquizonticida. Apenas a fração alcaloídica C2 apresentou uma pequena, porém significativa citotoxicidade (concentrações superiores a800 μg/mL). O extrato não só não apresentou citotoxicidade como também nenhum sinal evidente de toxicidade aguda oral na dose de 5000 mg/mL. Os resultados obtidos indicam que o extrato de Aspidosperma excelsum Benth apresenta promissor potencial antimalárico, merecendo estudos mais detalhados sobre sua atividade antiplasmódica, com vistas no isolamento de compostos ativos e elucidação de seu(s) mecanismo(s) de ação.Malaria is a disease caused by protozoa of the genus Plasmodium. The treatment of malaria is becoming increasingly difficult with the expansion of the cases of parasites resistant to drugs used in therapy. In this context, products isolated from plants have give an important contribution, representing an important source for obtaining new antimalarial drugs. Antiplasmodial activity of alkaloids of plant origin has been widely reported in the literature. Plants of the Apocynaceae family, rich in indole alkaloids have medicinal properties and some large species of the genus Aspidosperma have demonstrated antimalarial potential. Thus, this study aimed to perform a phytochemical approach, evaluate the antiplasmodial activity and toxicity in vitro preliminary of the hydroethanolic extract from the bark of A. excelsum, native of the Amazon region, where it is traditionally used to treat various diseases, including malaria. Antiplasmodial activity in vitro of different concentrations of the extract and alkaloidal and methanolic fractions was evaluated in cultures of P. falciparum W2 by the percentage of inhibition of parasitaemia and the mean inhibitory concentration (IC50) was determined at intervals of 24, 48 and 72 h. The cytotoxicity assay of the extract and alkaloidal fraction was carried out on L929 mouse fibroblasts by MTT method and the testing of acute oral toxicity of the extract was carried out according to the Fixed Dose Procedure adopted by the OECD with small modifications. The phytochemical approach revealed the presence of saponins, reducing sugars, phenols and tannins and alkaloids, and these were confirmed in significant amounts in the alkaloidal fraction with chloroform fraction (C2). Through thin layer chromatography and high performance liquid chromatography of the extract characterized the presence of the indole alkaloid yohimbine. The extract and fractions showed antiplasmodial activity in vitro. The extract showed the best activity in 24 h (IC50 = 5.2 ± 4.1 μg / mL), indicating a good activity schizonticide. Only C2 alkaloidal fraction showed a small but significant cytotoxicity (concentrations higher than 800 μg/mL). The extract not only cytotoxicity but also did not showed any obvious sign of toxicity in acute oral dose of 5000 mg/mL. The results indicate that the extract of Aspidosperma excelsum Benth presents promising potential antimalarial and deserves more detailed studies on antiplasmodial activity, aiming the isolation of active compounds and elucidation of their mechanisms of action.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasUFPABrasilInstituto de Ciências da SaúdeCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA::FARMACOGNOSIACNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA::ANALISE TOXICOLOGICAAspidosperma excelsum BenthCarapanaubaAtividade antiplasmódicaMaláriaApocynaceaeAlcalóidesToxicidadeAmazônia brasileiraAbordagem fitoquímica, determinação da atividade antiplasmódica in vitro e avaliação preliminar da toxicidade do extrato hidroetanólico das cascas de Aspidosperma excelsum Benth (Apocynaceae)Phytochemical approach, in vitro antiplasmodial evaluation and preliminar assessment of the toxicity of Aspidosperma excelsum Benth bark hydroethanolic extract (Apocynaceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisVASCONCELOS, Flávio dehttp://lattes.cnpq.br/3695753129639448DOLABELA, Maria Fânihttp://lattes.cnpq.br/0458080121943649http://lattes.cnpq.br/9754200417133088GOMES, Luis Fábio dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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