Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARAÚJO, Daniella Bastos de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5437
Resumo: Fármacos antidepressivos são largamente utilizados no tratamento sintomático do transtorno depressivo. Inúmeras pesquisas atuais sobre a depressão vêm contribuindo para o avanço da terapia farmacológica e para o surgimento de novos fármacos antidepressivos. Diretrizes atuais para testes de genotoxicidade de novos medicamentos sugerem a importante utilidade de ensaios que detectem danos ao DNA, ou seja, testes para avaliar a indução de quebras no DNA. Entretanto, o número escasso de dados sobre a genotoxicidade de fármacos faz com que seja reduzido o número de fármacos que realmente podem ser usados em segurança. Portanto, é de extrema importância estudos sobre a avaliação genotoxicológica de fármacos, principalmente, drogas utilizadas por um longo período de tempo como é o caso dos antidepressivos. A duloxetina é um antidepressivo novo, pertencente à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), utilizada no tratamento sintomático da depressão. Apesar da existência de trabalhos demonstrando que alguns fármacos antidepressivos são genotóxicos, não existe até hoje nenhum estudo sobre a possível genotoxicidade da duloxetina em células de origem humana. Assim, o presente estudo tem como objetivo explorar o possível potencial genotóxico in vitro da duloxetina em culturas primárias de linfócitos humanos através das técnicas de detecção de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Culturas primárias de linfócitos sanguíneos de voluntários sadios foram expostas a diferentes concentrações de duloxetina (10-150 ng/ml) e ciclofosfamida (6 μg/ml) como controle positivo. Aberrações cromossômicas estruturais, índice mitótico, índice de divisão nuclear, índice de binucleação, número de células com um, dois, três e quatro micronúcleos e o número de células com pontes nucleoplasmáticas foram avaliadas. Todos os índices das culturas incubadas com duloxetina foram significativamente menores que aqueles dos grupos controles, indicando um certo grau de citotoxicidade da droga. Entretanto, só as concentrações de 100 e 150 ng/ml provocaram o aumento significativo da presença de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Considerando que essas concentrações ficam perto do limite superior da faixa terapêutica da droga usada em humanos, nossos resultados alertam já sobre a necessidade de aprofundar no conhecimento da genotoxicidade humana da duloxetina.
id UFPA_ef858f798067527b7f8a3c984aa11329
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/5437
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2014-08-14T14:22:43Z2014-08-14T14:22:43Z2014-05-29ARAÚJO, Daniella Bastos de. Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos. 2014. 56 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2014. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5437Fármacos antidepressivos são largamente utilizados no tratamento sintomático do transtorno depressivo. Inúmeras pesquisas atuais sobre a depressão vêm contribuindo para o avanço da terapia farmacológica e para o surgimento de novos fármacos antidepressivos. Diretrizes atuais para testes de genotoxicidade de novos medicamentos sugerem a importante utilidade de ensaios que detectem danos ao DNA, ou seja, testes para avaliar a indução de quebras no DNA. Entretanto, o número escasso de dados sobre a genotoxicidade de fármacos faz com que seja reduzido o número de fármacos que realmente podem ser usados em segurança. Portanto, é de extrema importância estudos sobre a avaliação genotoxicológica de fármacos, principalmente, drogas utilizadas por um longo período de tempo como é o caso dos antidepressivos. A duloxetina é um antidepressivo novo, pertencente à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), utilizada no tratamento sintomático da depressão. Apesar da existência de trabalhos demonstrando que alguns fármacos antidepressivos são genotóxicos, não existe até hoje nenhum estudo sobre a possível genotoxicidade da duloxetina em células de origem humana. Assim, o presente estudo tem como objetivo explorar o possível potencial genotóxico in vitro da duloxetina em culturas primárias de linfócitos humanos através das técnicas de detecção de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Culturas primárias de linfócitos sanguíneos de voluntários sadios foram expostas a diferentes concentrações de duloxetina (10-150 ng/ml) e ciclofosfamida (6 μg/ml) como controle positivo. Aberrações cromossômicas estruturais, índice mitótico, índice de divisão nuclear, índice de binucleação, número de células com um, dois, três e quatro micronúcleos e o número de células com pontes nucleoplasmáticas foram avaliadas. Todos os índices das culturas incubadas com duloxetina foram significativamente menores que aqueles dos grupos controles, indicando um certo grau de citotoxicidade da droga. Entretanto, só as concentrações de 100 e 150 ng/ml provocaram o aumento significativo da presença de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Considerando que essas concentrações ficam perto do limite superior da faixa terapêutica da droga usada em humanos, nossos resultados alertam já sobre a necessidade de aprofundar no conhecimento da genotoxicidade humana da duloxetina.Antidepressants are widely used for the symptomatic treatment of depressive disorder. Numerous current research on depression has contributed to the advancement of drug therapy and the emergence of new antidepressant drugs. Current guidelines for genotoxicity testing of new drugs suggests the important utility of assays that detect DNA damage, or tests to evaluate the induction of DNA breakage. However, the small number of data on the genotoxicity of drugs causes the number of drugs that can actually be used safely is reduced. Therefore, it is of utmost importance genotoxicology studies on the evaluation of drugs, especially drugs used for a long period of time such as antidepressants. Duloxetine is a new antidepressant belonging to the class of selective serotonin reuptake inhibitors of serotonin and norepinephrine (SNRIs), used in the symptomatic treatment of depression. Despite the existence of studies showing that some antidepressant drugs are genotoxic, there is to date no study on the possible genotoxicity of duloxetine in human cells. Thus, this study aims to explore the possible genotoxic potential of duloxetine in vitro in primary cultures of human lymphocytes through the techniques of detection of chromosomal aberrations and micronuclei. Primary cultures of blood lymphocytes of healthy volunteers were exposed to different concentrations of duloxetine (10-150 ng/ml) and cyclophosphamide (6 μg/ml) as a positive control. Structural chromosomal aberrations, mitotic index, nuclear division index, index binucleation, number of cells with one, two, three and four micronuclei and the number of cells with nucleoplasmáticas bridges were evaluated. All cultures incubated with indices of duloxetine were significantly lower than those of the control groups, indicating a degree of cytotoxicity of the drug. However, only concentrations of 100 and 150 ng/ml caused a significant increase in the presence of chromosomal aberrations and micronuclei. Whereas these concentrations are close to the upper limit of the therapeutic range of the drug used in humans, our results call already on the need to deepen their understanding of human genotoxicity of duloxetine.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia CelularUFPABrasilInstituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::GENETICA::MUTAGENESEGenotoxicidadeDuloxetinaLinfócitosGenotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCRESPO LÓPEZ, Maria Elenahttp://lattes.cnpq.br/9900144256348265http://lattes.cnpq.br/0319738103067365ARAÚJO, Daniella Bastos deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALDissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdfDissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdfapplication/pdf872023http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/1/Dissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdfce96ad6961411bc1ee76a69bf1f29edcMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-852http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/2/license_url3d480ae6c91e310daba2020f8787d6f9MD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-822893http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/3/license_text695f56e1d6b2edf3f278236f6c41ca59MD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-823898http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/4/license_rdfe363e809996cf46ada20da1accfcd9c7MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81775http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/5/license.txta930293e49ae6e6b5c49a341d4a36286MD55TEXTDissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdf.txtDissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdf.txtExtracted texttext/plain98586http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/6/Dissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdf.txtbf6d30f42beee80d63f7707b1d70932eMD562011/54372017-12-22 10:58:47.915oai:repositorio.ufpa.br:2011/5437TGljZW7Dp2EgZGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gbsOjbyBleGNsdXNpdmEKCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiBvKHMpIGF1dG9yIChlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsICBjb25jZWRlIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgLSBVRlBBLCBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIgKGNvbW8gZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIHN1YSBzdWJtaXNzw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIGVtIHRvZG8gbyBtdW5kbywgZW0gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvLCBtYXMgbsOjbyBsaW1pdGFkbywgYSDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZQQSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBzdWJtaXNzw6NvIGEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgbyBwcm9ww7NzaXRvIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBVRlBBIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIGRpcmVpdG8gZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIFZvY8OqIHRhbWLDqW0gZGVjbGFyYSBxdWUgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28sIGFvIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYWxndcOpbS4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgcGFyYSBvIHF1YWwgdm9jw6ogbsOjbyB0ZW0gZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBwcm9wcmlldMOhcmlvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBtYXRlcmlhaXMgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLgoKU2UgYSBzdWJtaXNzw6NvIMOpIGJhc2VhZGEgbm8gdHJhYmFsaG8gcXVlIHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtIMOzcmfDo28gb3Ugb3V0cmEgb3JnYW5pemHDp8OjbyBxdWUgbsOjbyBzZWphIGEgVUZQQSwgdm9jw6ogZGVjbGFyYSB0ZXIgY3VtcHJpZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSByZXZpc8OjbyBvdSBvdXRyYXMgb2JyaWdhw6fDg8K1ZXMgcmVxdWVyaWRhcyBwZWxvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQQSBpcsOhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBzZXUocykgbm9tZShzKSBjb21vIG8ocykgYXV0b3IgKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRhIHN1Ym1pc3PDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGEgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28uCgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232017-12-22T13:58:47Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
title Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
spellingShingle Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
ARAÚJO, Daniella Bastos de
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::GENETICA::MUTAGENESE
Genotoxicidade
Duloxetina
Linfócitos
title_short Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
title_full Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
title_fullStr Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
title_full_unstemmed Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
title_sort Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos
author ARAÚJO, Daniella Bastos de
author_facet ARAÚJO, Daniella Bastos de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv CRESPO LÓPEZ, Maria Elena
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9900144256348265
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0319738103067365
dc.contributor.author.fl_str_mv ARAÚJO, Daniella Bastos de
contributor_str_mv CRESPO LÓPEZ, Maria Elena
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::GENETICA::MUTAGENESE
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::GENETICA::MUTAGENESE
Genotoxicidade
Duloxetina
Linfócitos
dc.subject.por.fl_str_mv Genotoxicidade
Duloxetina
Linfócitos
description Fármacos antidepressivos são largamente utilizados no tratamento sintomático do transtorno depressivo. Inúmeras pesquisas atuais sobre a depressão vêm contribuindo para o avanço da terapia farmacológica e para o surgimento de novos fármacos antidepressivos. Diretrizes atuais para testes de genotoxicidade de novos medicamentos sugerem a importante utilidade de ensaios que detectem danos ao DNA, ou seja, testes para avaliar a indução de quebras no DNA. Entretanto, o número escasso de dados sobre a genotoxicidade de fármacos faz com que seja reduzido o número de fármacos que realmente podem ser usados em segurança. Portanto, é de extrema importância estudos sobre a avaliação genotoxicológica de fármacos, principalmente, drogas utilizadas por um longo período de tempo como é o caso dos antidepressivos. A duloxetina é um antidepressivo novo, pertencente à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), utilizada no tratamento sintomático da depressão. Apesar da existência de trabalhos demonstrando que alguns fármacos antidepressivos são genotóxicos, não existe até hoje nenhum estudo sobre a possível genotoxicidade da duloxetina em células de origem humana. Assim, o presente estudo tem como objetivo explorar o possível potencial genotóxico in vitro da duloxetina em culturas primárias de linfócitos humanos através das técnicas de detecção de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Culturas primárias de linfócitos sanguíneos de voluntários sadios foram expostas a diferentes concentrações de duloxetina (10-150 ng/ml) e ciclofosfamida (6 μg/ml) como controle positivo. Aberrações cromossômicas estruturais, índice mitótico, índice de divisão nuclear, índice de binucleação, número de células com um, dois, três e quatro micronúcleos e o número de células com pontes nucleoplasmáticas foram avaliadas. Todos os índices das culturas incubadas com duloxetina foram significativamente menores que aqueles dos grupos controles, indicando um certo grau de citotoxicidade da droga. Entretanto, só as concentrações de 100 e 150 ng/ml provocaram o aumento significativo da presença de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Considerando que essas concentrações ficam perto do limite superior da faixa terapêutica da droga usada em humanos, nossos resultados alertam já sobre a necessidade de aprofundar no conhecimento da genotoxicidade humana da duloxetina.
publishDate 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-08-14T14:22:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-08-14T14:22:43Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-05-29
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ARAÚJO, Daniella Bastos de. Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos. 2014. 56 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2014. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5437
identifier_str_mv ARAÚJO, Daniella Bastos de. Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitos. 2014. 56 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2014. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5437
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Ciências Biológicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/1/Dissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/2/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/3/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/4/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/5/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/5437/6/Dissertacao_GenotoxicidadeHumanaFarmacos.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ce96ad6961411bc1ee76a69bf1f29edc
3d480ae6c91e310daba2020f8787d6f9
695f56e1d6b2edf3f278236f6c41ca59
e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7
a930293e49ae6e6b5c49a341d4a36286
bf6d30f42beee80d63f7707b1d70932e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771894128508928