A planície costeira do Amapá: dinâmica de ambiente costeiro influenciado por grandes fontes fluviais quaternárias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7895 |
Resumo: | O Estado do Amapá localiza-se no extremo norte brasileiro e mantém fronteira geográfica com a Guiana Francesa ao norte, e, com o Estado do Pará a oeste e ao sul. A leste é banhado pelo Oceano Atlântico. A Planície Costeira do Amapá compreende, ao longo da linha de costa, mais de 300km de sedimentos depositados desde o norte do Rio Amazonas até o Cabo Orange, no extremo norte do Estado do Amapá. Alcança uma largura aproximada de 120 km próximo ao Cabo Norte, e estreita-se próximo a região do Cunãni, onde alcança largura aproximada de 10km. A partir daí alarga-se novamente até o Cabo Orange. O principal objetivo deste trabalho foi o de entender de que forma o arcabouço estrutural e as variações do nível do mar condicionaram a ocorrência de depósitos holocênicos e a conseqüente evolução da Planície Costeira do Amapá, região fortemente influenciada pelo Rio Amazonas e seu sistema de dispersão. Para tal, foram utilizadas as metodologias disponíveis para a solução dos vários problemas apresentados pela área de estudo. A Planície Costeira do Amapá pertence a Bacia Sedimentar da Foz do Rio Amazonas, a qual está estruturada em duas grandes plataformas, do Pará e Amapá e os Grabens do Limoeiro e Mexiana, respectivamente. Os elementos estruturais tem uma relação intrínseca com as redes de drenagem, e através delas e de seus comportamentos puderam ser identificados registros neotectônicos na região. Da interação dos processos geológicos, tectônicos e do remodelamento morfológico da região, caracterizada por um baixo gradiente e fortemente influenciado pelo Sistema de Dispersão Amazônico, puderam ser reconhecidas duas fases evolutivas para a Planície Costeira do Amapá: 1) Fase Pré-Holocênica e 2) Fase Holocênica. As drenagens foram os elementos balizadores dessa identificação. A Planície Costeira do Amapá registra, através de uma paleorede de drenagens, que modificações importantes ocorreram sob o ponto de vista morfológico. O rearranjo dessas drenagens até a situação atual está ligada à processos ocorridos posteriormente à deposição do Grupo Barreiras e possivelmente ainda atuantes. A rede de drenagem atual mostra padrões de densidade diversos, relacionados aos diferentes compartimentos morfoestruturais, A sinuosidade da drenagem (mista e retilínea) e o ângulo entre as confluências (médio e alto) demostram que a tectônica é um processo importante, o que é corroborado pela análise da tropia. Essa estruturação é, certamente, um reflexo dos eventos relativos a Fase Pré-Holocênica. Dois domínios morfológicos foram definidos por Boaventura & Natrita (1974); o Domínio Norte mostra a predominância dos ambientes marinhos e, o Domínio Sul , influenciada principalmente pelos ambientes fluviais. Os processos sedimentares mais importantes na Planície Costeira do Estado do Amapá relacionam-se a erosão e deposição. A erosão é um processo natural e materializa-se pela ocorrência de grandes áreas dissecadas pela ação das marés que avançam pelos estuários, pela ação fluvial e pela devastadora pororoca. Além disso, a evaporação e ação biológica também produzem condutos facilitadores à erosão. A avulsão é o processo erosivo mais significativo e é mais pronunciada nas margens dos canais, quando se dá o rompimento dessas margens e a drenagem procura um novo curso em uma posição mais baixa da planície de inundação. Na Planície Costeira do Amapá, a avulsão foi bastante favorecida pelos reflexos da atividade tectônica, principalmente nos baixos cursos fluviais. Dentre os processos deposicionais, a acreção e a colmatação são os mais importantes. Na linha de costa amapaense, a acreção tem ampla distribuição, seja ela relacionada aos depósitos lamosos que conformam o Cabo Cassiporé, quanto daqueles depósitos arenosos costeiros, efêmeros ou não, eventualmente incorporados à região costeira. Na Planície Costeira do Amapá foi possível identificar a ocorrência de duas planícies de "cheniers". O primeira inicia-se cerca de 20 Km ao sul da foz do rio Calçoene e alcança a Ponta do Tucumã ao sul da desembocadura do rio Cunãni, formando a Planície de "cheniers" Calçoene Essa planície é caracterizada por "clusters" de "cheniers" mostrando formas curvas desenvolvidos em pequenas baías drenadas por canais de maré. A segunda planície é mais expressiva e extensa, desenvolvendo-se desde o norte da foz do rio Cunãni, ultrapassando o Rio Cassiporé em um trend NW-SE, compondo a Planície de "cheniers" Cunãni-Cassiporé. Essa planície possui uma estrutura mais complexa; é mais extensa e dispõe-se 10 a 20 Km internamente a planície costeira, cruzando o Rio Cassiporé. |
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Alcança uma largura aproximada de 120 km próximo ao Cabo Norte, e estreita-se próximo a região do Cunãni, onde alcança largura aproximada de 10km. A partir daí alarga-se novamente até o Cabo Orange. O principal objetivo deste trabalho foi o de entender de que forma o arcabouço estrutural e as variações do nível do mar condicionaram a ocorrência de depósitos holocênicos e a conseqüente evolução da Planície Costeira do Amapá, região fortemente influenciada pelo Rio Amazonas e seu sistema de dispersão. Para tal, foram utilizadas as metodologias disponíveis para a solução dos vários problemas apresentados pela área de estudo. A Planície Costeira do Amapá pertence a Bacia Sedimentar da Foz do Rio Amazonas, a qual está estruturada em duas grandes plataformas, do Pará e Amapá e os Grabens do Limoeiro e Mexiana, respectivamente. Os elementos estruturais tem uma relação intrínseca com as redes de drenagem, e através delas e de seus comportamentos puderam ser identificados registros neotectônicos na região. Da interação dos processos geológicos, tectônicos e do remodelamento morfológico da região, caracterizada por um baixo gradiente e fortemente influenciado pelo Sistema de Dispersão Amazônico, puderam ser reconhecidas duas fases evolutivas para a Planície Costeira do Amapá: 1) Fase Pré-Holocênica e 2) Fase Holocênica. As drenagens foram os elementos balizadores dessa identificação. A Planície Costeira do Amapá registra, através de uma paleorede de drenagens, que modificações importantes ocorreram sob o ponto de vista morfológico. O rearranjo dessas drenagens até a situação atual está ligada à processos ocorridos posteriormente à deposição do Grupo Barreiras e possivelmente ainda atuantes. 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O primeira inicia-se cerca de 20 Km ao sul da foz do rio Calçoene e alcança a Ponta do Tucumã ao sul da desembocadura do rio Cunãni, formando a Planície de "cheniers" Calçoene Essa planície é caracterizada por "clusters" de "cheniers" mostrando formas curvas desenvolvidos em pequenas baías drenadas por canais de maré. A segunda planície é mais expressiva e extensa, desenvolvendo-se desde o norte da foz do rio Cunãni, ultrapassando o Rio Cassiporé em um trend NW-SE, compondo a Planície de "cheniers" Cunãni-Cassiporé. Essa planície possui uma estrutura mais complexa; é mais extensa e dispõe-se 10 a 20 Km internamente a planície costeira, cruzando o Rio Cassiporé.The Amapá State is located at the extreme north of Brazil. The geographic boundaries are The French Guyana (N); The Pará State (W and S), and the Atlantic Ocean to the east. The Amapá coastal plain comprises more than 300 Km of sediments deposited from the north of Amazon river through the Cabo orange, at the extreme north of the Amapá State. It reaches 120 Km width near Cabo Norte and becomes near 10 Km width near Cunani, enlarging again through the Cabo Orange. The aim of this research was to understand how the structural arcabouce and the sea level changes conditionated the development of holocenic deposits and the consequent coastal plain evolution. The Amapá Coastal Plain is inserted into the Amazon River Mouth Sedimentary Basin which is characterized by two grabens (Limoeiro e Mexiana) and two platforms, Pará e Amapá, respectively. The structural elements has an deep relation with the drainage network and throughout them and them behaviour, it was possible the identification of neotectonic records. As a low gradient region, the drainage net answered to the pressures exerted by this factors, becaming an important tool to evaluate the morphological changes ocurred during the geologic time. At the Amapá coastal plain it was possible to identify both, an actual an a paleodrainage net as well. The phisiographic and morphological characteristics of the Amapá coastal plain are defined by the regional structural arcabouce. Two phases of development were considered: 1) Pre-Holocenic Phase; 2) Holocenic Phase. The alluvial processes and the relative sea level positions contributed to the coastal plain remodelling. The re-arrangement aí the drainages to the actual layout is related to the neotectonic processes ocurred after Barreiras Group deposition which probably is still acting. Two morphological domains were defined to the Amapá coastal plain by BOAVENTURA & NARITA (1974): The north domain shows the predominance of marine processes while the south domain is influenced mainly by fluvial processes. The oceanographic and atmospheric parameters (tides, currents and trade winds) ocurring at the Amazon Shelf exerts a clear effect at the coastline, and the morphology, determined by the tectonic arcabouce propitiate the erosional and deposítional processes, depending of it relative position to the regional base level. The relative sea level position during the Holocene did play an important role on the Amapá coastal plain evolution. The sea levels position were recorded throughout the Calçoene Chenier Plain and the Cunãni-Cassiporé Chenier Plain which evolution are deeply related to the Cabo Cassiporé built process.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::OCEANOGRAFIA::OCEANOGRAFIA GEOLOGICAPlanícies costeirasSedimentos (Geologia)GeomorfologiaAmapá - EstadoA planície costeira do Amapá: dinâmica de ambiente costeiro influenciado por grandes fontes fluviais quaternáriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFARIA JUNIOR, Luis Ercílio do Carmohttp://lattes.cnpq.br/2860327600518536http://lattes.cnpq.br/9671710605343277SILVEIRA, Odete Fátima Machado dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALTese_PlanicieCosteiraAmapa.pdfTese_PlanicieCosteiraAmapa.pdfapplication/pdf43031773http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7895/1/Tese_PlanicieCosteiraAmapa.pdf3325a83d41633a6079ba26fa7a85ea7dMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7895/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7895/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7895/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7895/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55TEXTTese_PlanicieCosteiraAmapa.pdf.txtTese_PlanicieCosteiraAmapa.pdf.txtExtracted texttext/plain219http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7895/6/Tese_PlanicieCosteiraAmapa.pdf.txt6e0ab47be16ac4d6202362c41303b7f6MD562011/78952019-03-29 13:49:51.895oai:repositorio.ufpa.br:2011/7895TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-03-29T16:49:51Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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SILVEIRA, Odete Fátima Machado da. A planície costeira do Amapá: dinâmica de ambiente costeiro influenciado por grandes fontes fluviais quaternárias. Orientador: Luis Ercílio do Carmo Faria Junior. 1998. 206 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1998. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/7895. Acesso em:. |
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