O Prospecto Águas Claras, Serra dos Carajás (PA): alteração hidrotermal e mineralização de sulfetos associada
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11623 |
Resumo: | A mineralização primária do Prospecto Águas Claras, localizado na porção central da Serra dos Carajás, ocorre em veios de quartzo ao longo de uma zona de cisalhamento frágil a frágil-dúctil, de trend geral NE-SW com mergulhos sub-verticais. Esta zona corta discordantemente sedimentos siliciclásticos da Formação Águas Claras e sills básicos intrusivos arqueanos. Estudos petrográficos das rochas encaixantes e dos_veios de quartzo permitiram a identificação de vários tipos de alteração hidrotermal associados à mineralização: cloritização, que representa o processo de alteração mais característico do depósito, sericitização, turmalinização, silicificação, argilização (caolinização) e carbonatação. Os veios de quartzo apresentam texturas maciça, em pente, fantasma, brechada e de deformação. A mineralização é dominada por sulfetos de Fe e Cu (Au) com quantidades subordinadas de Zn e W. As rochas encaixantes apresentam-se intensamente venuladas próximo à zona principal de cisalhamento. Pirita e calcopirita são as fases metálicas principais, com esfalerita e arsenopirita ocorrendo subordinadamente. As fases óxidos são representadas por magnetita e hematita, além da ferberita. O Au, apesar de não Ter sido observado, faz parte da paragênese primária, associado comumente à arsenopirita/calcopirita (SOARES et al., 1994). Transformações supergênicas principalmente da calcopirita para bornita, calcocita, covelita e cobre nativo estão presentes, geradas em profundidades variáveis. A paragênese pirita-magnetita-hematita indica condições relativamente oxidantes para a precipitação da assembléia sulfetada, com faixas representativas de f02 e fS2 entre 10-29/10-23 atm e 10-9/10.4,5 atm, respectivamente. Os dados microtermométricos indicaram soluções aquosas salinas provavelmente do sistema NaCI-CaCI2-MgCI2-H2O, com temperaturas mínimas de aprisionamento dos fluidos entre 360 e 100°C, sendo a faixa de 160-190°C a mais freqüente. Variações de salinidade foram encontradas nas inclusões bifásicas, com valores entre 0,53 e > 23,8% em peso de equiv. NaCl. As inclusões trifásicas apresentaram salinidades eqüivalentes da ordem de 30-45% em peso de NaCl. Fluidos com diferentes salinidades aprisionados no intervalo de 160-360°C podem significar a ocorrência de eventos cíclicos na deposição mineral, enquanto que fluidos de baixa salinidade e baixa temperatura (~ 100- 130 ° C) podem ser produtos de soluções mais tardias na evolução do sistema ou mistura com águas meteóricas. A mineralização de Fe-Cu (Au) do Prospecto Águas Claras foi formada a partir de fluidos aquosos salinos, com razões fS2/fO2 iniciais altas, moderada a alta fO2, pH ácido e temperaturas iniciais entre 340-380°C. O depósito é controlado estruturalmente e formado a profundidades rasas <3 km), consistentes com os dados geotermométricos (inclusões fluidas e o geotermomêtro da clorita), texturas de preenchimento nos veios e o baixo grau de metamorfismo das rochas hospedeiras. O sistema de veios possui características texturais de que foi formado sob pulsos cíclicos/recorrentes, com várias gerações de quartzo que refletem a contemporaneidade/ recorrência da assembléia sulfetada e variação na salinidade dos fluidos. Os dados obtidos no presente trabalho não permitiram definir a relação temporal do Granito Serra dos Carajás com a mineralização, pois as interpretações são ambíguas quando se considera este granito responsável pela circulação dos fluidos ou mesmo fonte de alguns metais que estão presentes no Prospecto Águas Claras. |
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2019-09-06T12:21:32Z2019-09-06T12:21:32Z1996-06-05SILVA, Cintia Maria Gaia da. O Prospecto Águas Claras, Serra dos Carajás (PA): alteração hidrotermal e mineralização de sulfetos associada. Orientador: Raimundo Netuno Nobre Villas. 1996. 127 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1996. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11623. 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