Petrografia, caracterização química e significado geológico dos metassilexitos e formações ferríferas do Grupo Tocantins, centro oeste do Cinturão Araguaia
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14810 |
Resumo: | O presente trabalho enfoca as ocorrências de metassilexitos e formações ferríferas dos morros do Agostinho, Jabuti, Pau Ferrado, Salto e Grande, que ocorrem na porção centro-oeste do Cinturão Araguaia (TO). Eles se apresentam em camadas intercaladas em ardósias, filitos e metagrauvacas do Grupo Tocantins, que foram derivadas de sedimentos silicicláticos acumulados numa bacia proto-oceânica neoproterozoica, estando localmente associados a clorititos e, comumente, a corpos lenticulares de rochas ultramáficas serpentinizadas ou talcificadas. Próximo à cidade de Araguacema, na porção ocidental da área investigada, ocorrem metabasaltos que exibem feições almofadadas bem preservadas. Os metassilexitos são maciços a foliados e apresentam coloração variável com predominância da tonalidade cinza. Mostram textura microcristalina e são normalmente cortados por vênulas de quartzo. Compõem-se fundamentalmente de quartzo e contêm magnetita, hematita, talco, clorita, caulinita e rutilo em quantidades subordinadas. As formações ferríferas são bandadas, exibindo camadas milimétricas a centimétricas de quartzo microcristalino que se alternam regularmente com camadas ricas em hematita e magnetita, a que se juntam subordinadamente goethita, minnesotaíta, estilpnomelano, rutilo, cromita e turmalina. Em termos químicos, os metassilexitos mostram teores de SiO2 acima de 90%. Os teores de Fe2O3 variam dentro do intervalo de 2 a 8,4%. Igualmente variáveis são o teores de MgO, que chegam a 9,55%, porém a maioria registra menos de 0,1%. Os teores de Al2O3 são normalmente baixos, inferiores a 0,6%, e somente em três amostras estão acima de 2%. Essas variações refletem fundamentalmente a composição modal dessas rochas. Quanto aos elementos traço, somente Ni, Co e Cu têm alguma expressão com médias de 222 ppm, 122 ppm e 40 ppm, respectivamente. O Au revela valores baixos, mas alcançam 27,4 ppb em uma amostra. O total de elementos terras raras é normalmente baixo (≤ 67 ppm) e bem inferiores ao padrão North American Shale Composite (NASC). Duas amostras apresentam ETR mais expressiva (154 ppm e 237 ppm). O padrão de distribuição dos ETR normalizados a NASC varia fortemente de uma amostra de metassilexito a outra. A tendência geral é de enriquecimento em ETRL em relação aos ETRP, embora o contrário também se observe. Constata-se marcante anomalia negativa de Ce em grande parte das amostras, enquanto em outras ela é positiva ou praticamente inexistente. Semelhante constatação é feita para o Eu, embora a maioria dos valores seja positiva. Nas formações ferríferas estudadas, os teores de Fe2O3(total) apresentam média de 76%. A sílica mostra teores acima de 14% (média de 21,3%) e somente uma amostra apresenta teor de 2,95%. O Al2O3 apresenta conteúdos abaixo de 1,8%, exceto em uma amostra. Os demais elementos maiores ocorrem em concentrações muito baixas. Em relação aos elementos traço, as formações ferríferas mostram características diferentes dos metassilexitos. Os teores de Ni e Cr, muito irregulares, apresentam médias de 330 ppm e 645 ppm, respectivamente, enquanto os de Co registram média de 23 ppm. As concentrações de Cu são baixas (<20 ppm) e somente em poucas amostras ultrapassam 120 ppm. O conteúdo total de ETR nas formações ferríferas é comparável ao dos metassilexitos (≤ 89 ppm). No entanto, a distribuição destes elementos normalizados ao Post-Archean Average Australian Sedimentary Rocks (PAAS) segue um padrão mais sistemático que nos metassilexitos. O contexto geológico relacionado à bacia proto-oceânica, os conteúdos anômalos de Ni, Zn, Co e Cr e as anomalias negativas de Ce e positivas de Eu, frequentes tanto nos metassilexitos como nas formações ferríferas, sugerem que os protólitos dessas rochas foram formados por atividade exalativa em ambiente submarino. No entanto, os sedimentos químicos não foram precipitados de fluidos hidrotermais de alta temperatura, mas foram levemente contaminados por sedimentação terrígena, em especial as FFB. As anomalias positivas de Y, que também foram detectadas nas amostras de formação ferrífera, são comuns nas águas dos mares modernos e sugerem que a precipitação do material ferrífero foi relativamente rápida e favorecida pela migração de águas marinhas redutoras e levemente ácidas, até ambientes rasos de águas mais alcalinas e oxidantes. A associação dos metassilexitos e formações ferríferas com clorititos, serpentinitos e rochas máficas/ultramáficas hidrotermalmente alteradas reforça a caracterização de ambiente de fundo oceânico e permite interpretar as sequências estudadas com parte de complexo ofiolíticos, hoje tectonicamente desmembrados. Assim caracterizada, esta porção do Cinturão Araguaia apresenta-se como potencialmente favorável à exploração de depósitos minerais exalativos e de cromititos podiformes. |
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2022-09-30T11:37:28Z2022-09-30T11:37:28Z2013-11-19COSTA, Nivia Oliveira da. Petrografia, caracterização química e significado geológico dos metassilexitos e formações ferríferas do Grupo Tocantins, centro oeste do Cinturão Araguaia. Orientador: Raimundo Netuno Nobre Villas. 2013. 58 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14810. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14810O presente trabalho enfoca as ocorrências de metassilexitos e formações ferríferas dos morros do Agostinho, Jabuti, Pau Ferrado, Salto e Grande, que ocorrem na porção centro-oeste do Cinturão Araguaia (TO). Eles se apresentam em camadas intercaladas em ardósias, filitos e metagrauvacas do Grupo Tocantins, que foram derivadas de sedimentos silicicláticos acumulados numa bacia proto-oceânica neoproterozoica, estando localmente associados a clorititos e, comumente, a corpos lenticulares de rochas ultramáficas serpentinizadas ou talcificadas. Próximo à cidade de Araguacema, na porção ocidental da área investigada, ocorrem metabasaltos que exibem feições almofadadas bem preservadas. Os metassilexitos são maciços a foliados e apresentam coloração variável com predominância da tonalidade cinza. Mostram textura microcristalina e são normalmente cortados por vênulas de quartzo. Compõem-se fundamentalmente de quartzo e contêm magnetita, hematita, talco, clorita, caulinita e rutilo em quantidades subordinadas. As formações ferríferas são bandadas, exibindo camadas milimétricas a centimétricas de quartzo microcristalino que se alternam regularmente com camadas ricas em hematita e magnetita, a que se juntam subordinadamente goethita, minnesotaíta, estilpnomelano, rutilo, cromita e turmalina. Em termos químicos, os metassilexitos mostram teores de SiO2 acima de 90%. Os teores de Fe2O3 variam dentro do intervalo de 2 a 8,4%. Igualmente variáveis são o teores de MgO, que chegam a 9,55%, porém a maioria registra menos de 0,1%. Os teores de Al2O3 são normalmente baixos, inferiores a 0,6%, e somente em três amostras estão acima de 2%. Essas variações refletem fundamentalmente a composição modal dessas rochas. Quanto aos elementos traço, somente Ni, Co e Cu têm alguma expressão com médias de 222 ppm, 122 ppm e 40 ppm, respectivamente. O Au revela valores baixos, mas alcançam 27,4 ppb em uma amostra. O total de elementos terras raras é normalmente baixo (≤ 67 ppm) e bem inferiores ao padrão North American Shale Composite (NASC). Duas amostras apresentam ETR mais expressiva (154 ppm e 237 ppm). O padrão de distribuição dos ETR normalizados a NASC varia fortemente de uma amostra de metassilexito a outra. A tendência geral é de enriquecimento em ETRL em relação aos ETRP, embora o contrário também se observe. Constata-se marcante anomalia negativa de Ce em grande parte das amostras, enquanto em outras ela é positiva ou praticamente inexistente. Semelhante constatação é feita para o Eu, embora a maioria dos valores seja positiva. Nas formações ferríferas estudadas, os teores de Fe2O3(total) apresentam média de 76%. A sílica mostra teores acima de 14% (média de 21,3%) e somente uma amostra apresenta teor de 2,95%. O Al2O3 apresenta conteúdos abaixo de 1,8%, exceto em uma amostra. Os demais elementos maiores ocorrem em concentrações muito baixas. Em relação aos elementos traço, as formações ferríferas mostram características diferentes dos metassilexitos. Os teores de Ni e Cr, muito irregulares, apresentam médias de 330 ppm e 645 ppm, respectivamente, enquanto os de Co registram média de 23 ppm. As concentrações de Cu são baixas (<20 ppm) e somente em poucas amostras ultrapassam 120 ppm. O conteúdo total de ETR nas formações ferríferas é comparável ao dos metassilexitos (≤ 89 ppm). No entanto, a distribuição destes elementos normalizados ao Post-Archean Average Australian Sedimentary Rocks (PAAS) segue um padrão mais sistemático que nos metassilexitos. O contexto geológico relacionado à bacia proto-oceânica, os conteúdos anômalos de Ni, Zn, Co e Cr e as anomalias negativas de Ce e positivas de Eu, frequentes tanto nos metassilexitos como nas formações ferríferas, sugerem que os protólitos dessas rochas foram formados por atividade exalativa em ambiente submarino. No entanto, os sedimentos químicos não foram precipitados de fluidos hidrotermais de alta temperatura, mas foram levemente contaminados por sedimentação terrígena, em especial as FFB. As anomalias positivas de Y, que também foram detectadas nas amostras de formação ferrífera, são comuns nas águas dos mares modernos e sugerem que a precipitação do material ferrífero foi relativamente rápida e favorecida pela migração de águas marinhas redutoras e levemente ácidas, até ambientes rasos de águas mais alcalinas e oxidantes. A associação dos metassilexitos e formações ferríferas com clorititos, serpentinitos e rochas máficas/ultramáficas hidrotermalmente alteradas reforça a caracterização de ambiente de fundo oceânico e permite interpretar as sequências estudadas com parte de complexo ofiolíticos, hoje tectonicamente desmembrados. Assim caracterizada, esta porção do Cinturão Araguaia apresenta-se como potencialmente favorável à exploração de depósitos minerais exalativos e de cromititos podiformes.Metacherts and iron-formations from de Agostinho, Grande, Jabuti, Pau Ferrado and Salto hills that occur in the central-western portion of the Araguaia fold belt in the Tocantins state have been investigated. These rocks are interlayered with slates, phyllites and metagreywackes (Tocantins Group), derived from siliciclastic sediments that were deposited in a Neoproterozoic proto-oceanic basin. They are locally associated with chloritites and more commonly with lenses of serpentinized or talcified ultramafic rocks. Metabasalts occur near Araguacema town, in the western part of the studied area, where they exhibit well preserved pillowed structures. The metacherts are massive to laminated and dominantly grey-colored. They show microcrystalline texture and normally are cross cut by quartz veinlets. Quartz is the chief mineral, although subordinate amounts of magnetite, hematite, talc, chlorite, chromite, muscovite, kaolinite and rutile are present. In the banded iron-formations, mm- to cm- scale bands rich in microcrystalline quartz alternate regularly with bands rich in hematite and magnetite, associated with minnesotaite, stilpnomelane, rutile, chromite and tourmaline. Goethite replaces hematite to a lesser or greater extent. Chemically, the metacherts present SiO2 contents higher than 90% and Fe2O3 contents that range from 2 to 8.4%. Also variable are the MgO concentrations that reach 9.55%, although most values are less than 0.1%. Al2O3 contents are normally below 0.6%, but in three samples they record >2%. These variations reflect basically the modal composition of these rocks. Concerning the trace elements, only Ni, Co and Cu have some significance with averages of 222 ppm, 122 ppm e 40 ppm, respectively. Gold reveals low values, except in a sample (27.4 ppb). REE total (in general, ≤ 67 ppm) is lower than the standard North American Shale Composite (NASC). Only two samples contain higher ETR values (154 and 237 ppm). The REE distribution pattern, normalized to the NASC, varies significantly from a metachert sample to another. The LREE tend to be enriched with respect to the HREE, although the contrary is also observed. Most samples present important Ce negative anomalies, whereas others show slightly positive or no anomalies at all. Similar finding is valid for Eu, although most values are positive. In the ironformations, the average Fe2O3(total) content is 76%. Silica concentrations are higher than 14% (average of 21,3%), but in just one sample it is as low as 2,95%. Al2O3 contents vary from 0.21% to 2.35%. Other major components reveal very low contents. Regarding the trace elements, the iron-formations differ from the metacherts in that the contents of Ni and Co are highly variable (averages of 20 and 30 ppm, respectively) and Co averages 23 ppm. Copper concentrations are low, but exceed 120 ppm in a few samples. REE total in iron- formations is comparable to that of the metacherts (≤ 89 ppm). However, the distribution of these elements, normalized to the Post-Archean Average Australian Sedimentary Rocks (PAAS) standard, displays a more systematic pattern than in the metacherts. The geological context related to a proto-oceanic basin, the anomalous contents of trace elements such as Ni, Zn, Co and Cr, the negative Ce and positive Eu anomalies frequent in both metacherts and iron-formations, suggest that the protoliths of these rocks formed by exhalative activity in a submarine environment. Nevertheless, the chemical sediments did not precipitate from high temperature hydrothermal fluids, but underwent some contamination from terrigenous sediments. The positive Y anomalies, also detected in the iron-formations samples, are common in modern seawater and suggest that the precipitation of the ferruginous material was relatively fast and favored by the migration of reducing, slightly acid marine waters to shallow environments where the water was more alkaline and oxidizing. The association of some metacherts and iron-formations with chloritites, serpentinites and hydrothermally altered mafic/ultramafic rocks supports the interpretation of a ocean-floor environment and allows considering the investigated sequences as slices of ophiolitic complexes that have been tectonically dismembered and emplaced into the Tocantins Group rocks. As such characterized, this portion of the Araguaia fold belt is potentially favorable to the exploration of both exhalative and podiform chromitite deposits.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIADEPÓSITOS MINERAISGEOLOGIARochas sedimentares - TocantinsMetassilexitosFormações ferríferasAtividade exalativaGrupo TocantinsCinturão AraguaiaPetrografia, caracterização química e significado geológico dos metassilexitos e formações ferríferas do Grupo Tocantins, centro oeste do Cinturão Araguaiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisVILLAS, Raimundo Netuno Nobrehttp://lattes.cnpq.br/1406458719432983http://lattes.cnpq.br/7607476393531296COSTA, Nivia Oliveira dahttps://orcid.org/0000-0003-4488-4306ORIGINALDissertacao__PetrografiaCaracterizacaoQuimica.pdfDissertacao__PetrografiaCaracterizacaoQuimica.pdfapplication/pdf2119757http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14810/1/Dissertacao__PetrografiaCaracterizacaoQuimica.pdf561d67a772af033eb0aa4924e4be032cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14810/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14810/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/148102022-09-30 08:37:49.428oai:repositorio.ufpa.br:2011/14810TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232022-09-30T11:37:49Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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O presente trabalho enfoca as ocorrências de metassilexitos e formações ferríferas dos morros do Agostinho, Jabuti, Pau Ferrado, Salto e Grande, que ocorrem na porção centro-oeste do Cinturão Araguaia (TO). Eles se apresentam em camadas intercaladas em ardósias, filitos e metagrauvacas do Grupo Tocantins, que foram derivadas de sedimentos silicicláticos acumulados numa bacia proto-oceânica neoproterozoica, estando localmente associados a clorititos e, comumente, a corpos lenticulares de rochas ultramáficas serpentinizadas ou talcificadas. Próximo à cidade de Araguacema, na porção ocidental da área investigada, ocorrem metabasaltos que exibem feições almofadadas bem preservadas. Os metassilexitos são maciços a foliados e apresentam coloração variável com predominância da tonalidade cinza. Mostram textura microcristalina e são normalmente cortados por vênulas de quartzo. Compõem-se fundamentalmente de quartzo e contêm magnetita, hematita, talco, clorita, caulinita e rutilo em quantidades subordinadas. As formações ferríferas são bandadas, exibindo camadas milimétricas a centimétricas de quartzo microcristalino que se alternam regularmente com camadas ricas em hematita e magnetita, a que se juntam subordinadamente goethita, minnesotaíta, estilpnomelano, rutilo, cromita e turmalina. Em termos químicos, os metassilexitos mostram teores de SiO2 acima de 90%. Os teores de Fe2O3 variam dentro do intervalo de 2 a 8,4%. Igualmente variáveis são o teores de MgO, que chegam a 9,55%, porém a maioria registra menos de 0,1%. Os teores de Al2O3 são normalmente baixos, inferiores a 0,6%, e somente em três amostras estão acima de 2%. Essas variações refletem fundamentalmente a composição modal dessas rochas. Quanto aos elementos traço, somente Ni, Co e Cu têm alguma expressão com médias de 222 ppm, 122 ppm e 40 ppm, respectivamente. O Au revela valores baixos, mas alcançam 27,4 ppb em uma amostra. O total de elementos terras raras é normalmente baixo (≤ 67 ppm) e bem inferiores ao padrão North American Shale Composite (NASC). Duas amostras apresentam ETR mais expressiva (154 ppm e 237 ppm). O padrão de distribuição dos ETR normalizados a NASC varia fortemente de uma amostra de metassilexito a outra. A tendência geral é de enriquecimento em ETRL em relação aos ETRP, embora o contrário também se observe. Constata-se marcante anomalia negativa de Ce em grande parte das amostras, enquanto em outras ela é positiva ou praticamente inexistente. Semelhante constatação é feita para o Eu, embora a maioria dos valores seja positiva. Nas formações ferríferas estudadas, os teores de Fe2O3(total) apresentam média de 76%. A sílica mostra teores acima de 14% (média de 21,3%) e somente uma amostra apresenta teor de 2,95%. O Al2O3 apresenta conteúdos abaixo de 1,8%, exceto em uma amostra. Os demais elementos maiores ocorrem em concentrações muito baixas. Em relação aos elementos traço, as formações ferríferas mostram características diferentes dos metassilexitos. Os teores de Ni e Cr, muito irregulares, apresentam médias de 330 ppm e 645 ppm, respectivamente, enquanto os de Co registram média de 23 ppm. As concentrações de Cu são baixas (<20 ppm) e somente em poucas amostras ultrapassam 120 ppm. O conteúdo total de ETR nas formações ferríferas é comparável ao dos metassilexitos (≤ 89 ppm). No entanto, a distribuição destes elementos normalizados ao Post-Archean Average Australian Sedimentary Rocks (PAAS) segue um padrão mais sistemático que nos metassilexitos. O contexto geológico relacionado à bacia proto-oceânica, os conteúdos anômalos de Ni, Zn, Co e Cr e as anomalias negativas de Ce e positivas de Eu, frequentes tanto nos metassilexitos como nas formações ferríferas, sugerem que os protólitos dessas rochas foram formados por atividade exalativa em ambiente submarino. No entanto, os sedimentos químicos não foram precipitados de fluidos hidrotermais de alta temperatura, mas foram levemente contaminados por sedimentação terrígena, em especial as FFB. As anomalias positivas de Y, que também foram detectadas nas amostras de formação ferrífera, são comuns nas águas dos mares modernos e sugerem que a precipitação do material ferrífero foi relativamente rápida e favorecida pela migração de águas marinhas redutoras e levemente ácidas, até ambientes rasos de águas mais alcalinas e oxidantes. A associação dos metassilexitos e formações ferríferas com clorititos, serpentinitos e rochas máficas/ultramáficas hidrotermalmente alteradas reforça a caracterização de ambiente de fundo oceânico e permite interpretar as sequências estudadas com parte de complexo ofiolíticos, hoje tectonicamente desmembrados. Assim caracterizada, esta porção do Cinturão Araguaia apresenta-se como potencialmente favorável à exploração de depósitos minerais exalativos e de cromititos podiformes. |
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2013 |
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COSTA, Nivia Oliveira da. Petrografia, caracterização química e significado geológico dos metassilexitos e formações ferríferas do Grupo Tocantins, centro oeste do Cinturão Araguaia. Orientador: Raimundo Netuno Nobre Villas. 2013. 58 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14810. Acesso em:. |
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