Mineralogia e geoquímica da zona de alteração do depósito de Salobo, Serra dos Carajás

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FLORES, Silvia Maria Pereira
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14933
Resumo: O depósito de cobre Salobo 3A, localizado na Província Mineral de Carajás, Estado do Pará, é parte de um conjunto de ocorrências cupríferas sulfetadas, numa sequência de rochas metassedimentares e matavulcânicas, que apresenta mais de 70 km de extensão. O produto resultante da alteração, em clima equatorial dessas rochas mineralizadas atinge de 70 a 100 m de espessura e apresenta como particularidade a ausência de mineralização cuprífera típica de zonas de oxidação, conservando no entanto, aproximadamente, os teores de cobre do minério primário. Para esta pesquisa foram selecionados três perfis para estudos mineralógicos e geoquímicos, visando identificar as fases suporte do Cu, tão bem como o comportamento de alguns elementos importantes (Ni, Co, Au, Ag. Mo) ao longo dos perfis. Os estudos mineralógicos permitiram concluir que os perfis estudados apresentam baixo grau de maturidade. Em consequência disso só foi possível a caracterização de horizontes nos perfis a partir da identificação da natureza dos argilo-minerais presentes, os quais foram identificados como: argilo-minerais 15 Å (esmectita, vermiculita), 10 Å (ilita), 7 Å (caolinita) e interestratificados (hidrobiotita). Os dados obtidos permitem concluir que: a) as fases suporte de cobre mais importantes são os produtos de alteração das biotitas: hidrobiotita e vermiculita. b) o Ni, após sua liberação dos minerais primários, parece permanecer ligado à esmectita e em alguns casos à vermiculita, quando em profundidade. Próximo à superfície ou em perfis mais maduros, o Ni parece estar associado aos óxi-hidróxidos de Fe e Mn. c) na desestabilização dos minerais ferro-magnesianos, o Co liberado parece permanecer nos perfis, absorvido sobre os óxi-hidróxidos de Fe e Mn. d) o Au, originado provavelmente dos xistos mais magnéticos, demonstra encontrar-se associado aos minerais secundários de Fe, podendo também estar adsorvido em argilas, próximo à superfície. e) a Ag pode estar originalmente substituindo parte do Cu na calcopirita e na desestabilização desta, associar-se principalmente aos óxidos de Mn e hidróxidos de Fe. f) o Mo, originário da molibdenita, deve estar adsorvido nos óxi-hidróxidos de Fe ou sobre minerais de argila, sendo necessário estudos mais detalhados para conclusões mais precisas. Embora fosse esperado enriquecimento laterítico em Cu nos solos do Salobo, o que foi observado é que existe apenas conservação temporária desse elemento nas fases intermediárias de alteração das biotitas as quais uma vez alteradas até o ponto de filossilicatos 1:1, com o amadurecimento do perfil, tenderão a perder esse Cu, lixiviado pelas águas de percolação.
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spelling 2022-11-03T14:33:58Z2022-11-03T14:33:58Z1989-07-31FLORES, Silvia Maria Pereira. Mineralogia e geoquímica da zona de alteração do depósito de Salobo, Serra dos Carajás. Orientador: Nilson Pinto de Oliveira. 1989. 116 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica) - Curso de Pós-Graduação em Geociências, Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1989. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14933. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14933O depósito de cobre Salobo 3A, localizado na Província Mineral de Carajás, Estado do Pará, é parte de um conjunto de ocorrências cupríferas sulfetadas, numa sequência de rochas metassedimentares e matavulcânicas, que apresenta mais de 70 km de extensão. O produto resultante da alteração, em clima equatorial dessas rochas mineralizadas atinge de 70 a 100 m de espessura e apresenta como particularidade a ausência de mineralização cuprífera típica de zonas de oxidação, conservando no entanto, aproximadamente, os teores de cobre do minério primário. Para esta pesquisa foram selecionados três perfis para estudos mineralógicos e geoquímicos, visando identificar as fases suporte do Cu, tão bem como o comportamento de alguns elementos importantes (Ni, Co, Au, Ag. Mo) ao longo dos perfis. Os estudos mineralógicos permitiram concluir que os perfis estudados apresentam baixo grau de maturidade. Em consequência disso só foi possível a caracterização de horizontes nos perfis a partir da identificação da natureza dos argilo-minerais presentes, os quais foram identificados como: argilo-minerais 15 Å (esmectita, vermiculita), 10 Å (ilita), 7 Å (caolinita) e interestratificados (hidrobiotita). Os dados obtidos permitem concluir que: a) as fases suporte de cobre mais importantes são os produtos de alteração das biotitas: hidrobiotita e vermiculita. b) o Ni, após sua liberação dos minerais primários, parece permanecer ligado à esmectita e em alguns casos à vermiculita, quando em profundidade. Próximo à superfície ou em perfis mais maduros, o Ni parece estar associado aos óxi-hidróxidos de Fe e Mn. c) na desestabilização dos minerais ferro-magnesianos, o Co liberado parece permanecer nos perfis, absorvido sobre os óxi-hidróxidos de Fe e Mn. d) o Au, originado provavelmente dos xistos mais magnéticos, demonstra encontrar-se associado aos minerais secundários de Fe, podendo também estar adsorvido em argilas, próximo à superfície. e) a Ag pode estar originalmente substituindo parte do Cu na calcopirita e na desestabilização desta, associar-se principalmente aos óxidos de Mn e hidróxidos de Fe. f) o Mo, originário da molibdenita, deve estar adsorvido nos óxi-hidróxidos de Fe ou sobre minerais de argila, sendo necessário estudos mais detalhados para conclusões mais precisas. Embora fosse esperado enriquecimento laterítico em Cu nos solos do Salobo, o que foi observado é que existe apenas conservação temporária desse elemento nas fases intermediárias de alteração das biotitas as quais uma vez alteradas até o ponto de filossilicatos 1:1, com o amadurecimento do perfil, tenderão a perder esse Cu, lixiviado pelas águas de percolação.The Salobo 3A copper deposit, located in the Mineral Province of Carajás, State of Pará, is part of a set of sulphide copper occurrences, in a sequence of metasedimentary and matavolcanic rocks, which is more than 70 km long. The product resulting from the alteration, in an equatorial climate, of these mineralized rocks reaches a thickness of 70 to 100 m and presents as a particularity the absence of copper mineralization typical of oxidation zones, preserving, however, approximately, the copper contents of the primary ore. For this research, three profiles were selected for mineralogical and geochemical studies, aiming to identify the Cu support phases, as well as the behavior of some important elements (Ni, Co, Au, Ag. Mo) along the profiles. Mineralogical studies allowed us to conclude that the profiles studied have a low degree of maturity. As a result, it was only possible to characterize horizons in the profiles from the identification of the nature of the clay-minerals present, which were identified as: clay-minerals 15 Å (smectite, vermiculite), 10 Å (illite), 7 Å ( kaolinite) and interstratified (hydrobiotite). The data obtained allow us to conclude that: a) the most important copper support phases are the alteration products of biotites: hydrobiotite and vermiculite. b) Ni, after its release from primary minerals, seems to remain bound to smectite and in some cases to vermiculite, when at depth. Close to the surface or in more mature profiles, Ni seems to be associated with Fe and Mn oxyhydroxides. c) in the destabilization of ferromagnesian minerals, the released Co seems to remain in the profiles, absorbed on the Fe and Mn oxy-hydroxides. d) Au, probably originated from the most magnetic shales, shows to be associated with secondary Fe minerals, and may also be adsorbed in clays, close to the surface. e) Ag may be originally replacing part of the Cu in the chalcopyrite and, in the destabilization of this, it is associated mainly with Mn oxides and Fe hydroxides. f) Mo, originating from molybdenite, must be adsorbed on Fe oxyhydroxides or on clay minerals, requiring more detailed studies for more precise conclusions. Although lateritic enrichment in Cu in Salobo soils was expected, what was observed is that there is only temporary conservation of this element in the intermediate stages of alteration of biotites which, once altered to the point of phyllosilicates 1:1, with the maturation of the profile , will tend to lose this Cu, leached by the percolation waters.FINEP - Financiadora de Estudos e ProjetosporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAMINERALOGIA E GEOQUÍMICAGEOQUÍMICAGeoquímicaGeologiaEstratigrafia EstruturalMineralizaçãoMineralogia e geoquímica da zona de alteração do depósito de Salobo, Serra dos Carajásinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisOLIVEIRA, Nilson Pinto dehttp://lattes.cnpq.br/3264571645427288FLORES, Silvia Maria PereiraORIGINALDissertacao_MineralogiaGeoquimicaZona.pdfDissertacao_MineralogiaGeoquimicaZona.pdfapplication/pdf12595393http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14933/1/Dissertacao_MineralogiaGeoquimicaZona.pdfbe75bda6e2339fdfb2f8f7d85c225420MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14933/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14933/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/149332022-11-03 11:34:45.113oai:repositorio.ufpa.br:2011/14933TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232022-11-03T14:34:45Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
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