Uma análise das capacidades de antiacesso e negação de área da Marinha do Brasil

• Autor(a) principal: Fernandes, Letícia Buriti de Araújo.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25706
• topic: CNPQ::OUTROS::RELACOES INTERNACIONAIS; Dissuasão.; Antiacesso e negação de área.; Marinha do Brasil; Relações internacionais.

O presente artigo provém do projeto de pesquisa de Iniciação Científica da UFPB no qual o tema em tela aborda o desafio de operacionalizar uma estratégia de dissuasão para o caso brasileiro à luz da estratégia operacional de Antiacesso e Negação de Área (A2/AD). Dessa forma, buscamos responder como a Marinha do Brasil produz capacidades de formular um sistema de A2/AD. O artigo analisa a relação do estado da arte da Marinha do Brasil, seus equipamentos e potencial para a dissuasão. Em face da complexificação do ambiente de segurança enquanto multidomínio, o entorno estratégico brasileiro torna-se uma zona de competição geopolítica entre grandes potências. Portanto, o Brasil se depara com o desafio de estabelecer uma postura estratégica apta a operar neste cenário. Trata-se de um interesse que abrange desde a disponibilidade de recursos naturais e a busca por poder, até os detalhes de como operacionalizar ações de negar acesso e impedir a movimentação adversária no seu território. Relaciona-se a essas questões noções de dissuasão, estratégia e equipamento militar para entender a importância da missilística na defesa nacional, baseando-se na teoria da dissuasão convencional. Quanto à metodologia, partindo de uma perspectiva qualitativa, o trabalho se ordena a partir de uma revisão sistemática de literatura (RSL) do conceito de A2/AD e relatórios técnicos. Com a coleta de dados pertinentes ao domínio marítimo do Brasil, a pesquisa traz discussões sobre aportes dos acontecimentos na mídia internacional e das bases de dados internacionais que monitoram e regulam as capacidades militares a nível global. Assim, conclui-se a relevância da pesquisa para a compreensão das novas iniciativas nacionais tocantes à segurança e à defesa do Brasil. Sinteticamente, no momento atual a Marinha do Brasil não exibe capacidade de operacionalização de uma estratégia de A2/AD. Apesar disso, os resultados da pesquisa apontam para um futuro em que projetos estratégicos em curso poderão habilitar capacidades de A2/AD nacionais. Com isso, o poder naval brasileiro estará em condições de expandir sua influência e de defender a fronteira do Atlântico Sul.