Entre a devastação e a conservação: uma história ambiental da Mata do Buraquinho - Paraíba (1585 - 2014)
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26280 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo histórico caracterizado pelas relações que as sociedades pretéritas estabeleceram com a natureza no território florestal conhecido hoje como Mata do Buraquinho, de 1585 a 2014, elaborando uma narrativa histórica e cartográfica das relações entre sociedades e naturezas neste espaço geográfico. Utilizamos principalmente, enquanto escopo teórico, numa perspectiva interdisciplinar de abordagem, a História Ambiental; a ideia de um Antropoceno latinoamericano enquanto período histórico marcado pelos processos coloniais e; as concepções de Rugosidades históricas, paisagem, espaço, território, quadridimensionalidade e outros conceitos da Geografia. A narrativa foi elaborada após a análise e interpretação das fontes históricas, constituídas essencialmente em arquivos, acervos e em campo, perfazendo uma coleção documental diversa e ampla. De modo a conduzir a interpretação crítica das fontes, utilizamos, sempre que necessário, o Método Indiciário e os conceitos de Silêncio Cartográfico, Silêncios da História e de Metabolismo Urbano. No intuito de responder os objetivos da pesquisa, utilizamos como principal artifício metodológico a ferramenta analítica das três dimensões da História Ambiental (a reconstituição das paisagens naturais, as relações materiais e as relações subjetivas entre sociedade e natureza), de modo a possibilitar a compreensão dos eventos e a construção da narrativa. O que os resultados da pesquisa nos mostraram é que este remanescente de Mata Atlântica é uma floresta predominantemente secundária, antropogênica e de regeneração recente, cuja antropização intensa cessou a poucas décadas apenas. Estas qualidades, portanto, que recorrentemente a atribuem, tal como um remanescente ‘natural’ de Mata Atlântica, uma floresta ‘nativa’ ou como sendo possuidora de uma vegetação pretensamente ‘original’, precisam ser revistas ou, no mínimo, profundamente relativizadas e problematizadas. Pudemos confirmar nossos pressupostos e hipóteses em relação a complexidade das relações estabelecidas entre as sociedades que ali estiveram e as naturezas que representou culturalmente a Mata do Buraquinho em diferentes momentos históricos. Elaborações maniqueístas não podem responder pelo processo histórico da Mata do Buraquinho, que não é uma resultante óbvia de um projeto preservacionista ou conservacionista e, tampouco, pode ser explicada como um resquício protegido, feliz exceção de um processo de devastação generalizada. Embora os processos de devastação tenham predominado no panorama geral, eventos de preservação e devastação estiveram quase sempre presentes, um ou outro prevalecendo em determinadas circunstâncias e conjunturas. As vezes em diálogo, por vezes em contradição e, em determinados eventos, em profunda confusão, tornando difícil inclusive sua distinção. |
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2023-02-13T17:07:46Z2022-10-252023-02-13T17:07:46Z2022-08-30https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26280O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo histórico caracterizado pelas relações que as sociedades pretéritas estabeleceram com a natureza no território florestal conhecido hoje como Mata do Buraquinho, de 1585 a 2014, elaborando uma narrativa histórica e cartográfica das relações entre sociedades e naturezas neste espaço geográfico. Utilizamos principalmente, enquanto escopo teórico, numa perspectiva interdisciplinar de abordagem, a História Ambiental; a ideia de um Antropoceno latinoamericano enquanto período histórico marcado pelos processos coloniais e; as concepções de Rugosidades históricas, paisagem, espaço, território, quadridimensionalidade e outros conceitos da Geografia. A narrativa foi elaborada após a análise e interpretação das fontes históricas, constituídas essencialmente em arquivos, acervos e em campo, perfazendo uma coleção documental diversa e ampla. De modo a conduzir a interpretação crítica das fontes, utilizamos, sempre que necessário, o Método Indiciário e os conceitos de Silêncio Cartográfico, Silêncios da História e de Metabolismo Urbano. No intuito de responder os objetivos da pesquisa, utilizamos como principal artifício metodológico a ferramenta analítica das três dimensões da História Ambiental (a reconstituição das paisagens naturais, as relações materiais e as relações subjetivas entre sociedade e natureza), de modo a possibilitar a compreensão dos eventos e a construção da narrativa. O que os resultados da pesquisa nos mostraram é que este remanescente de Mata Atlântica é uma floresta predominantemente secundária, antropogênica e de regeneração recente, cuja antropização intensa cessou a poucas décadas apenas. Estas qualidades, portanto, que recorrentemente a atribuem, tal como um remanescente ‘natural’ de Mata Atlântica, uma floresta ‘nativa’ ou como sendo possuidora de uma vegetação pretensamente ‘original’, precisam ser revistas ou, no mínimo, profundamente relativizadas e problematizadas. Pudemos confirmar nossos pressupostos e hipóteses em relação a complexidade das relações estabelecidas entre as sociedades que ali estiveram e as naturezas que representou culturalmente a Mata do Buraquinho em diferentes momentos históricos. Elaborações maniqueístas não podem responder pelo processo histórico da Mata do Buraquinho, que não é uma resultante óbvia de um projeto preservacionista ou conservacionista e, tampouco, pode ser explicada como um resquício protegido, feliz exceção de um processo de devastação generalizada. Embora os processos de devastação tenham predominado no panorama geral, eventos de preservação e devastação estiveram quase sempre presentes, um ou outro prevalecendo em determinadas circunstâncias e conjunturas. As vezes em diálogo, por vezes em contradição e, em determinados eventos, em profunda confusão, tornando difícil inclusive sua distinção.The objective of this research was to analyze the historical process characterized by the relationships that past societies established with nature in the forest territory known today as Mata do Buraquinho, from 1585 to 2014, elaborating a historical and cartographic narrative of the relationships between societies and natures in this geographic space. We mainly use, as a theoretical scope, in an interdisciplinary perspective of approach, Environmental History; the idea of a Latin American Anthropocene as a historical period marked by colonial processes and; the concepts of historical roughness, landscape, space, territory, four-dimensionality and other concepts of Geography. The narrative was elaborated after the analysis and interpretation of the historical sources, constituted essentially in archives, collections and in the field, making up a diverse and wide documentary collection. In order to conduct a critical interpretation of the sources, we used, whenever necessary, the Evidence Method and the concepts of Cartographic Silence, Silences of History and Urban Metabolism. In order to respond to the research objectives, we used as the main methodological device the analytical tool of the three dimensions of Environmental History (the reconstitution of natural landscapes, the material relationships and the subjective relationships between society and nature), in order to enable the understanding of the events and narrative construction. What the research results showed us is that this Atlantic Forest remnant is a predominantly secondary, anthropogenic and recently regenerated forest, whose intense anthropization stopped just a few decades ago. These qualities, therefore, that recurrently attribute it, as a ‘natural’ remnant of the Atlantic Forest, a ‘native’ forest or as possessing a supposedly ‘original’ vegetation, need to be revised or, at least, deeply relativized and problematized. We were able to confirm our assumptions and hypotheses regarding the complexity of the relationships established between the societies that were there and the natures that the Mata do Buraquinho culturally represented in different historical moments. Manichean elaborations cannot account for the historical process of Mata do Buraquinho, which is not an obvious result of a preservationist or conservationist project, nor can it be explained as a protected remnant, the happy exception of a process of generalized devastation. Although devastation processes predominated in the general panorama, preservation and devastation events were almost always present, one or the other prevailing in certain circumstances and conjunctures. Sometimes in dialogue, sometimes in contradiction and, in certain events, in deep confusion, making even their distinction difficult.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2023-02-09T16:28:15Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) DaniloWilsonLemosMenezes_Dissert.pdf: 16243405 bytes, checksum: 542f25e63ef17a287d1da89c4c764311 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD (bdtd@biblioteca.ufpb.br) on 2023-02-13T17:07:46Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) DaniloWilsonLemosMenezes_Dissert.pdf: 16243405 bytes, checksum: 542f25e63ef17a287d1da89c4c764311 (MD5)Made available in DSpace on 2023-02-13T17:07:46Z (GMT). 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