Teor crítico de cloretos para o aço galvanizado em matrizes de concreto com distintas composições e alcalinidades

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Wesley Vítor Dantas de Carvalho
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26125
Resumo: Em estruturas de concreto armado localizadas próximas à ambientes com elevadas concentrações de íons cloretos (ambiente marinho, por exemplo), as armaduras estão propensas à ocorrência da corrosão localizada. O teor crítico de cloretos é a quantidade mínima de cloretos necessária para que ocorra a despassivação dessas armaduras. Embora já existam diversas publicações sobre teor crítico de cloretos, a literatura ainda carece de dados sobre esse teor para o aço galvanizado. Amostras de diferentes tipos de concreto (variando o tipo de cimento – de alta resistência inicial, pozolânico e com escória granulada de alto forno) armado com diferentes tipos de aço (galvanizado com diferentes tempos de imersão em banho de zinco e aço carbono CA-50) foram submetidas à ciclos de imersão e secagem em solução aquosa de cloreto de sódio (3,5% Cl- em massa). A partir de potencial de circuito aberto e resistência de polarização linear, o momento da despassivação foi identificado em cada barra. Foi possível notar que o aço galvanizado apresenta maior resistência ao ambiente de cloretos em comparação com o aço carbono, no âmbito de corrosão das armaduras. Entretanto, o uso de matrizes com alta alcalinidade pode comprometer seu desempenho. Nesse estudo, as barras galvanizadas apresentaram desempenho inferior ao aço carbono quando embutidas no concreto de alta resistência inicial (pH = 13,01). A substituição de 15% do cimento referência (VARI RS) por metacaulim mais do que dobrou o tempo necessário para iniciação da corrosão, independentemente do tipo de aço. Tal fato deve-se a alta capacidade de ligação de cloretos do metacaulim. Por fim, para as titulações, foram selecionadas as barras galvanizadas com o maior tempo de imersão no banho de zinco (GS6). Os teores críticos de cloretos livres e totais do GS6 foram 0,76% e 1,37% para o concreto com escória granulada de alto forno (III) e 0,74% e 1,19% para o concreto de alta resistência inicial (V), respectivamente, sendo essas porcentagens em relação à massa de ligantes. As barras GS6 embutidas no concreto pozolânico (IV) ainda se encontram passivas, mesmo após 283 dias de exposição.
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spelling 2023-01-31T20:49:10Z2022-11-062023-01-31T20:49:10Z2022-03-28https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26125Em estruturas de concreto armado localizadas próximas à ambientes com elevadas concentrações de íons cloretos (ambiente marinho, por exemplo), as armaduras estão propensas à ocorrência da corrosão localizada. O teor crítico de cloretos é a quantidade mínima de cloretos necessária para que ocorra a despassivação dessas armaduras. Embora já existam diversas publicações sobre teor crítico de cloretos, a literatura ainda carece de dados sobre esse teor para o aço galvanizado. Amostras de diferentes tipos de concreto (variando o tipo de cimento – de alta resistência inicial, pozolânico e com escória granulada de alto forno) armado com diferentes tipos de aço (galvanizado com diferentes tempos de imersão em banho de zinco e aço carbono CA-50) foram submetidas à ciclos de imersão e secagem em solução aquosa de cloreto de sódio (3,5% Cl- em massa). A partir de potencial de circuito aberto e resistência de polarização linear, o momento da despassivação foi identificado em cada barra. Foi possível notar que o aço galvanizado apresenta maior resistência ao ambiente de cloretos em comparação com o aço carbono, no âmbito de corrosão das armaduras. Entretanto, o uso de matrizes com alta alcalinidade pode comprometer seu desempenho. Nesse estudo, as barras galvanizadas apresentaram desempenho inferior ao aço carbono quando embutidas no concreto de alta resistência inicial (pH = 13,01). A substituição de 15% do cimento referência (VARI RS) por metacaulim mais do que dobrou o tempo necessário para iniciação da corrosão, independentemente do tipo de aço. Tal fato deve-se a alta capacidade de ligação de cloretos do metacaulim. Por fim, para as titulações, foram selecionadas as barras galvanizadas com o maior tempo de imersão no banho de zinco (GS6). Os teores críticos de cloretos livres e totais do GS6 foram 0,76% e 1,37% para o concreto com escória granulada de alto forno (III) e 0,74% e 1,19% para o concreto de alta resistência inicial (V), respectivamente, sendo essas porcentagens em relação à massa de ligantes. As barras GS6 embutidas no concreto pozolânico (IV) ainda se encontram passivas, mesmo após 283 dias de exposição.In reinforced concrete structures located near environments with high concentrations of chloride ions (e.g., marine environment), the reinforcement is susceptible to the occurrence of localized corrosion. The critical chloride threshold is the minimum amount of chlorides necessary to depassivate these reinforcements. Although there are already several publications on the critical chloride threshold, the literature still lacks data on this threshold for galvanized steel. Samples of different types of concrete (varying the type of cement – high initial strength, pozzolanic and with ground granulated blast furnace slag) reinforced with different types of steel (galvanized with different immersion times in zinc bath and CA-50 carbon steel) were subjected to immersion and drying cycles in aqueous sodium chloride solution (3.5% Cl- by mass). From the open circuit potential and linear polarization resistance, the depassivation was identified in each bar. It was noticed that the galvanized steel presents greater resistance to the chloride environment in comparison with the carbon steel. However, the use of matrices with high alkalinity can compromise their performance. In this study, galvanized bars performed worse than carbon steel when embedded in high initial strength concrete (pH = 13.01). Replacing 15% of the reference cement (VARI RS) with metakaolin more than doubled the time required for corrosion initiation, regardless of steel type. This fact is due to the high chloride binding capacity of metakaolin. Finally, for the titrations, the galvanized bars with the longest immersion time in the zinc bath (GS6) were selected. The critical threshold of free and total chlorides of GS6 were 0.76% and 1.37% for concrete with granulated blast furnace slag (III) and 0.74% and 1.19% for concrete of high initial strength (V), respectively, being these percentages in relation to the binder mass. GS6 bars embedded in pozzolanic concrete (IV) are still passive, even after 283 days of exposure.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2023-01-31T16:44:09Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) WesleyVítorDantasDeCarvalhoBezerra_Dissert.pdf: 6048242 bytes, checksum: 29bad1c83485cc7ec9d53655473f2b0a (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD (bdtd@biblioteca.ufpb.br) on 2023-01-31T20:49:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) WesleyVítorDantasDeCarvalhoBezerra_Dissert.pdf: 6048242 bytes, checksum: 29bad1c83485cc7ec9d53655473f2b0a (MD5)Made available in DSpace on 2023-01-31T20:49:10Z (GMT). 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