Avaliação da atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30131 |
Resumo: | Aspergillus niger é uma espécie frequentemente isolada e caracterizada como contaminante ambiental e implicada em uma variedade de infecções, como exemplo a Síndrome do Edifício Doente. Além disso, é a terceira maior causa da aspergilose. O limitado arsenal de antifúngicos disponíveis, assim como a alta resistência fúngica relatada, tem impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, sendo as plantas medicinais e seus fitoconstituintes amplamente investigadas para essa finalidade. Em vista disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger de origem ambiental. Para isso, realizou-se os ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); ação sobre o crescimento micelial de A. niger; elucidação do seu mecanismo de ação e, por fim, o efeito da associação entre mirtenol e os antifúngicos padrões voriconazol e anfotericina B, através do método Checkerboard. O mirtenol apresentou forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de A. niger testadas, com uma CIM definida em 64 μg/mL e CFM de 256 μg/mL, exibindo ação fungicida. A anfotericina B exibiu uma CIM de 4 μg/mL e CFM de 8 μg/mL. Para o voriconazol foram obtidos valores de CIM de 2 μg/mL e CFM de 4 μg/mL. O efeito antifúngico do sanitizante PAC 200® foi constatado apenas na sua maior concentração investigada (10.000 μg/mL). Mirtenol inibiu, significativamente (p<0,05), na CIMx2 (128 μg/mL) e CIMx4 (256 μg/mL), o crescimento micelial da cepa padrão (ATCC-6275) e da cepa de origem ambiental (LM-03) de A. niger, com resultados superiores aos obtidos para a anfotericina B, que não apresentou efeito inibitório significativo. O voriconazol, nas três concentrações testadas, apresentou uma inibição significativa (p<0,001) sobre o crescimento micelial de ambas as cepas. O mecanismo de ação antifúngica de mirtenol envolve, possivelmente, a desestabilização da parede celular, assim como, a sua ligação ao ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Um efeito sinérgico foi observado na combinação de mirtenol com o voriconazol, para ambas as cepas. No entanto, a associação entre mirtenol e a anfotericina B, resultou em sinergismo para a cepa ATCC-6245 e em aditividade para a cepa LM-03. Os achados desta pesquisa sugerem que mirtenol representa uma nova e promissora alternativa terapêutica no tratamento de infecções fúngicas causadas por A. niger. |
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2024-04-26T12:55:08Z2023-10-032024-04-26T12:55:08Z2023-08-25https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30131Aspergillus niger é uma espécie frequentemente isolada e caracterizada como contaminante ambiental e implicada em uma variedade de infecções, como exemplo a Síndrome do Edifício Doente. Além disso, é a terceira maior causa da aspergilose. O limitado arsenal de antifúngicos disponíveis, assim como a alta resistência fúngica relatada, tem impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, sendo as plantas medicinais e seus fitoconstituintes amplamente investigadas para essa finalidade. Em vista disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger de origem ambiental. Para isso, realizou-se os ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); ação sobre o crescimento micelial de A. niger; elucidação do seu mecanismo de ação e, por fim, o efeito da associação entre mirtenol e os antifúngicos padrões voriconazol e anfotericina B, através do método Checkerboard. O mirtenol apresentou forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de A. niger testadas, com uma CIM definida em 64 μg/mL e CFM de 256 μg/mL, exibindo ação fungicida. A anfotericina B exibiu uma CIM de 4 μg/mL e CFM de 8 μg/mL. Para o voriconazol foram obtidos valores de CIM de 2 μg/mL e CFM de 4 μg/mL. O efeito antifúngico do sanitizante PAC 200® foi constatado apenas na sua maior concentração investigada (10.000 μg/mL). Mirtenol inibiu, significativamente (p<0,05), na CIMx2 (128 μg/mL) e CIMx4 (256 μg/mL), o crescimento micelial da cepa padrão (ATCC-6275) e da cepa de origem ambiental (LM-03) de A. niger, com resultados superiores aos obtidos para a anfotericina B, que não apresentou efeito inibitório significativo. O voriconazol, nas três concentrações testadas, apresentou uma inibição significativa (p<0,001) sobre o crescimento micelial de ambas as cepas. O mecanismo de ação antifúngica de mirtenol envolve, possivelmente, a desestabilização da parede celular, assim como, a sua ligação ao ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Um efeito sinérgico foi observado na combinação de mirtenol com o voriconazol, para ambas as cepas. No entanto, a associação entre mirtenol e a anfotericina B, resultou em sinergismo para a cepa ATCC-6245 e em aditividade para a cepa LM-03. Os achados desta pesquisa sugerem que mirtenol representa uma nova e promissora alternativa terapêutica no tratamento de infecções fúngicas causadas por A. niger.Aspergillus niger is a frequently isolated species characterized as an environmental contaminant and implicated in a variety of infections, such as Sick Building Syndrome. Furthermore, it is the third leading cause of aspergillosis. The limited arsenal of antifungals available, as well as the reported high fungal resistance, has driven the search for new substances with antifungal activity, with medicinal plants and their phytoconstituents being widely investigated for this purpose. In view of this, the aim of this study was to evaluate the antifungal activity of myrtenol on A. niger strains of environmental origin. For this, tests were performed to determine the Minimum Inhibitory Concentration (MIC); Minimum Fungicide Concentration (MFC); action on the mycelial growth of A. niger; elucidation of its mechanism of action and, finally, the effect of the association between myrtenol and the standard antifungals voriconazole and amphotericin B, through the Checkerboard method. Myrtenol showed strong antifungal activity against all strains of A. niger tested, with a MIC defined at 64 μg/mL and CFM of 256 μg/mL, showing fungicidal action. Amphotericin B exhibited a MIC of 4 μg/mL and CFM of 8 μg/mL. For voriconazole, MIC values of 2 μg/mL and CFM of 4 μg/mL were obtained. The antifungal effect of the sanitizer PAC 200® was observed only at its highest investigated concentration (10,000 μg/mL). Myrtenol significantly (p<0.05) inhibited, at CIMx2 (128 μg/mL) and CIMx4 (256 μg/mL), the mycelial growth of the standard strain (ATCC-6275) and the strain of environmental origin (LM-03) from A. niger, with results superior to those obtained for amphotericin B, which did not show a significant inhibitory effect. Voriconazole, in the three concentrations tested, showed a significant inhibition (p<0.001) on the mycelial growth of both strains. Myrtenol's antifungal mechanism of action possibly involves cell wall destabilization, as well as its binding to ergosterol in the fungal cytoplasmic membrane. A synergistic effect was observed in the combination of myrtenol with voriconazole, for both strains. However, the association between myrtenol and amphotericin B resulted in synergism for the ATCC-6245 strain and in additivity for the LM-03 strain. The findings of this research suggest that myrtenol represents a new and promising therapeutic alternative in the treatment of fungal infections caused by A. niger.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2024-04-26T12:55:08Z No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) NayanaDaRochaOliveira_Dissert.pdf: 5187443 bytes, checksum: e8de9e4e0d045b5db2eea45287ba13f9 (MD5) NayanaDaRochaOliveira_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf: 2092 bytes, checksum: 08c260495bd75198b8a63199bd060548 (MD5)Made available in DSpace on 2024-04-26T12:55:08Z (GMT). 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Aspergillus niger é uma espécie frequentemente isolada e caracterizada como contaminante ambiental e implicada em uma variedade de infecções, como exemplo a Síndrome do Edifício Doente. Além disso, é a terceira maior causa da aspergilose. O limitado arsenal de antifúngicos disponíveis, assim como a alta resistência fúngica relatada, tem impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, sendo as plantas medicinais e seus fitoconstituintes amplamente investigadas para essa finalidade. Em vista disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger de origem ambiental. Para isso, realizou-se os ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); ação sobre o crescimento micelial de A. niger; elucidação do seu mecanismo de ação e, por fim, o efeito da associação entre mirtenol e os antifúngicos padrões voriconazol e anfotericina B, através do método Checkerboard. O mirtenol apresentou forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de A. niger testadas, com uma CIM definida em 64 μg/mL e CFM de 256 μg/mL, exibindo ação fungicida. A anfotericina B exibiu uma CIM de 4 μg/mL e CFM de 8 μg/mL. Para o voriconazol foram obtidos valores de CIM de 2 μg/mL e CFM de 4 μg/mL. O efeito antifúngico do sanitizante PAC 200® foi constatado apenas na sua maior concentração investigada (10.000 μg/mL). Mirtenol inibiu, significativamente (p<0,05), na CIMx2 (128 μg/mL) e CIMx4 (256 μg/mL), o crescimento micelial da cepa padrão (ATCC-6275) e da cepa de origem ambiental (LM-03) de A. niger, com resultados superiores aos obtidos para a anfotericina B, que não apresentou efeito inibitório significativo. O voriconazol, nas três concentrações testadas, apresentou uma inibição significativa (p<0,001) sobre o crescimento micelial de ambas as cepas. O mecanismo de ação antifúngica de mirtenol envolve, possivelmente, a desestabilização da parede celular, assim como, a sua ligação ao ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Um efeito sinérgico foi observado na combinação de mirtenol com o voriconazol, para ambas as cepas. No entanto, a associação entre mirtenol e a anfotericina B, resultou em sinergismo para a cepa ATCC-6245 e em aditividade para a cepa LM-03. Os achados desta pesquisa sugerem que mirtenol representa uma nova e promissora alternativa terapêutica no tratamento de infecções fúngicas causadas por A. niger. |
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