Utilização da extração sortiva em disco rotatório para avaliação de interações entre HPAs e microplásticos em areia
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26442 |
Resumo: | A grande produção de plástico atrelada ao seu descarte incorreto e a má gestão de resíduos sólidos têm se tornado um problema a nível mundial pois a maioria desses resíduos concentram-se na natureza, principalmente em ambientes marinhos. Os plásticos se degradam em partículas menores em ambientes aquáticos, os microplásticos, que começaram a receber atenção recentemente pela comunidade científica. Os microplásticos são partículas que apresentam tamanho entre 5mm e 1μm e que podem ser tanto de origem primária (fabricados intencionalmente pela indústria como matéria-prima) ou secundária (gerados a partir da degradação e da quebra de materiais plásticos maiores). A superfície dos microplásticos possibilita a acumulação dos Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) presentes muitas vezes em ambientes aquáticos. Dentre os POPs, está a classe dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) que são compostos formados de átomos de carbono e hidrogênio em forma de dois ou mais anéis aromáticos de cinco ou seis átomos de carbono condensado e tem alta capacidade mutagênica e carcinogênica. Assim, o intuito do presente trabalho é utilizar a extração sortiva em disco rotatório para avaliar as interações entre HPAs e microplásticos em areia, examinando se este último contribui na persistência de HPAs no meio ambiente. Para isso foi empregado préconcentração em membrana de náilon por disco rotatório em amostras de solo contaminadas em laboratório com microplásticos e quatro HPAs: antraceno, fenantreno, benzo[a]pireno e criseno a partir de extração com acetonitrila/H2O (1:1, v/v), seguido de análise por espectroscopia de fluorescência e calibração de 2ª ordem com uso do algoritmo PARAFAC para a deconvolução dos perfis e previsão dos HPAs nas amostras. Após as amostras passarem por situações experimentais variando luz, temperatura e contato com o ar, os resultados evidenciam que os HPAs estudados adsorvem na superfície microplástica. Isso leva a concluir que os HPAs podem se bioacumular em ambientes poluídos por microplásticos e consequentemente na biota aquática podendo até chegar aos seres humanos, fazendo-se necessária a ampliação do estudo para amostras ambientais. |
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2023-03-16T18:51:04Z2023-03-082023-03-16T18:51:04Z2023-02-03https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26442A grande produção de plástico atrelada ao seu descarte incorreto e a má gestão de resíduos sólidos têm se tornado um problema a nível mundial pois a maioria desses resíduos concentram-se na natureza, principalmente em ambientes marinhos. Os plásticos se degradam em partículas menores em ambientes aquáticos, os microplásticos, que começaram a receber atenção recentemente pela comunidade científica. Os microplásticos são partículas que apresentam tamanho entre 5mm e 1μm e que podem ser tanto de origem primária (fabricados intencionalmente pela indústria como matéria-prima) ou secundária (gerados a partir da degradação e da quebra de materiais plásticos maiores). A superfície dos microplásticos possibilita a acumulação dos Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) presentes muitas vezes em ambientes aquáticos. Dentre os POPs, está a classe dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) que são compostos formados de átomos de carbono e hidrogênio em forma de dois ou mais anéis aromáticos de cinco ou seis átomos de carbono condensado e tem alta capacidade mutagênica e carcinogênica. Assim, o intuito do presente trabalho é utilizar a extração sortiva em disco rotatório para avaliar as interações entre HPAs e microplásticos em areia, examinando se este último contribui na persistência de HPAs no meio ambiente. Para isso foi empregado préconcentração em membrana de náilon por disco rotatório em amostras de solo contaminadas em laboratório com microplásticos e quatro HPAs: antraceno, fenantreno, benzo[a]pireno e criseno a partir de extração com acetonitrila/H2O (1:1, v/v), seguido de análise por espectroscopia de fluorescência e calibração de 2ª ordem com uso do algoritmo PARAFAC para a deconvolução dos perfis e previsão dos HPAs nas amostras. Após as amostras passarem por situações experimentais variando luz, temperatura e contato com o ar, os resultados evidenciam que os HPAs estudados adsorvem na superfície microplástica. Isso leva a concluir que os HPAs podem se bioacumular em ambientes poluídos por microplásticos e consequentemente na biota aquática podendo até chegar aos seres humanos, fazendo-se necessária a ampliação do estudo para amostras ambientais.The large production of plastics coupled with their incorrect disposal and the poor management of solid waste has become a problem worldwide because most of this waste is concentrated in nature, especially in marine environments. Plastics degrade into smaller particles in aquatic environments, the microplastics, which have recently begun to receive attention from the scientific community. Microplastics are particles between 5mm and 1μm in size that can be either primary (intentionally manufactured by industry as raw material) or secondary (generated from the degradation and breakdown of larger plastic materials). The surface of microplastics enables the accumulation of Persistent Organic Pollutants (POPs) often present in aquatic environments. Among the POPs is the class of polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs), which are compounds formed of carbon and hydrogen atoms in the form of two or more aromatic rings of five or six condensed carbon atoms and have a high mutagenic and carcinogenic capacity. Therefore, the purpose of this work is to use the rotating disk sorptive extraction to evaluate the interactions between PAHs and microplastics in sand, assessing whether the latter contributes to the persistence of PAHs in the environment. For this purpose, we employed pre-concentration on nylon membrane by rotating disk in soil samples contaminated in the laboratory with microplastics and four PAHs: anthracene, phenanthrene, benzo[a]pyrene and chrysene from extraction with acetonitrile/H2O (1:1, v/v), followed by fluorescence spectroscopy analysis and 2nd order calibration using the PARAFAC algorithm for decomposition of the profiles and prediction of the PAHs in the samples. After the samples went through experimental situations varying light, temperature and contact with air, the results show that the studied PAHs adsorb on the microplastic surface. This leads to the conclusion that PAHs can bioaccumulate in environments polluted by microplastics and consequently in aquatic biota, and can even reach humans, making it necessary to extend the study to environmental samples.Submitted by Josélia Silva (joseliabiblio@gmail.com) on 2023-03-16T18:51:04Z No. of bitstreams: 1 LFS08032023.pdf: 2502632 bytes, checksum: 780235d380b57e4fa502df25483c912a (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-16T18:51:04Z (GMT). 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