RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA APÓS USO PREEMPTIVO DE PREGABALINA EM CIRURGIA CARDÍACA - ENSAIO PILOTO PREGABA-HEART
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25248 |
Resumo: | Introdução: Dor é um dos principais fatores de morbidade associados à cirurgia cardíaca, incidindo em cerca de 50% dos pacientes. Esternotomia pode causar intensa dor no pós-operatório e levar a consequências significativas em curto e longo prazo. As complicações relacionadas à dor intensa que contribuem para um mau prognóstico incluem aumento do tempo de permanência no hospital e na unidade de terapia intensiva (UTI) ou na unidade de recuperação pós-anestésica, aumento dos custos de tratamento e aumento de mortalidade. A pregabalina é uma droga antiepiléptica pertencente ao grupo dos gabapentinoides, disponível em preparações orais extensivamente estudadas em várias populações cirúrgicas para o controle da dor no pós-operatório, com diferentes graus de sucesso. Este estudo visa avaliar se o uso preemptivo de pregabalina melhora os parâmetros de recuperação pós anestésica no paciente submetido a cirurgia cardíaca nas primeiras 72 horas e sua percepção de qualidade de vida pós-operatória após 3 meses da alta hospitalar, além de avaliar exequibilidade do estudo PREGABA-HEART. Métodos: Os pacientes, submetidos à cirurgia cardíaca, foram randomizados em dois grupos: um grupo utilizou preemptivamente pregabalina 75mg mg iniciando-se 1 hora antes da cirurgia e a cada 12 horas, após extubação, durante dois dias, o outro grupo utilizou o placebo por igual período. No pós-operatório imediato foram avaliados em 12h, 24h, 48h e 72h para parâmetros clínicos como frequência cardíaca, pressão arterial invasiva e gasometria e, no segundo dia pós-operatório (DPO), o QoR-40 foi realizado. Três meses após alta hospitalar, os pacientes foram submetidos ao Inventário Breve da Dor - Formulário Resumido (Brief Pain Inventory – Short Form, BPI-SF). XI Resultados: Sessenta pacientes foram incluídos, com 30 deles alocados randomicamente em cada grupo. Deles, 56,7% eram homens, 73% possuíam hipertensão arterial sistêmica, 65% tinham doença arterial coronariana e 36,7% erram diabéticos. Em relação aos parâmetros clínicos estudados, verificamos uma ausência de diferenças estatisticamente significantes entre o uso da pregabalina e o placebo, porém o pO2 e o pCO2 foram os únicos capazes de mostrar certa tendência que o grupo intervenção apresentou menos hipoxemia (p=0,171) e acumulou menos CO2 no período pós-operatório (p=0,171), o que poderia representar uma melhor expansão torácica no grupo pregabalina e, portanto, menos dor. Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação à pontuação média no QoR-40 ou nas pontuações do BPI-SF. Conclusão: Esse estudo piloto verificou exequibilidade do estudo PREGABA-HEART, mediante devidas correções metodológicas. Observamos nos dados parciais que pode haver uma diferença positiva nos parâmetros ventilatórios com o uso preemptivo da pregabalina em cirurgias cardíacas, o que poderá ser melhor avaliado numa amostra maior de pacientes. |
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2022-10-25T14:08:32Z2023-06-012022-10-25T14:08:32Z2022-05-23https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25248Introdução: Dor é um dos principais fatores de morbidade associados à cirurgia cardíaca, incidindo em cerca de 50% dos pacientes. Esternotomia pode causar intensa dor no pós-operatório e levar a consequências significativas em curto e longo prazo. As complicações relacionadas à dor intensa que contribuem para um mau prognóstico incluem aumento do tempo de permanência no hospital e na unidade de terapia intensiva (UTI) ou na unidade de recuperação pós-anestésica, aumento dos custos de tratamento e aumento de mortalidade. A pregabalina é uma droga antiepiléptica pertencente ao grupo dos gabapentinoides, disponível em preparações orais extensivamente estudadas em várias populações cirúrgicas para o controle da dor no pós-operatório, com diferentes graus de sucesso. Este estudo visa avaliar se o uso preemptivo de pregabalina melhora os parâmetros de recuperação pós anestésica no paciente submetido a cirurgia cardíaca nas primeiras 72 horas e sua percepção de qualidade de vida pós-operatória após 3 meses da alta hospitalar, além de avaliar exequibilidade do estudo PREGABA-HEART. Métodos: Os pacientes, submetidos à cirurgia cardíaca, foram randomizados em dois grupos: um grupo utilizou preemptivamente pregabalina 75mg mg iniciando-se 1 hora antes da cirurgia e a cada 12 horas, após extubação, durante dois dias, o outro grupo utilizou o placebo por igual período. No pós-operatório imediato foram avaliados em 12h, 24h, 48h e 72h para parâmetros clínicos como frequência cardíaca, pressão arterial invasiva e gasometria e, no segundo dia pós-operatório (DPO), o QoR-40 foi realizado. Três meses após alta hospitalar, os pacientes foram submetidos ao Inventário Breve da Dor - Formulário Resumido (Brief Pain Inventory – Short Form, BPI-SF). XI Resultados: Sessenta pacientes foram incluídos, com 30 deles alocados randomicamente em cada grupo. Deles, 56,7% eram homens, 73% possuíam hipertensão arterial sistêmica, 65% tinham doença arterial coronariana e 36,7% erram diabéticos. Em relação aos parâmetros clínicos estudados, verificamos uma ausência de diferenças estatisticamente significantes entre o uso da pregabalina e o placebo, porém o pO2 e o pCO2 foram os únicos capazes de mostrar certa tendência que o grupo intervenção apresentou menos hipoxemia (p=0,171) e acumulou menos CO2 no período pós-operatório (p=0,171), o que poderia representar uma melhor expansão torácica no grupo pregabalina e, portanto, menos dor. Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação à pontuação média no QoR-40 ou nas pontuações do BPI-SF. Conclusão: Esse estudo piloto verificou exequibilidade do estudo PREGABA-HEART, mediante devidas correções metodológicas. Observamos nos dados parciais que pode haver uma diferença positiva nos parâmetros ventilatórios com o uso preemptivo da pregabalina em cirurgias cardíacas, o que poderá ser melhor avaliado numa amostra maior de pacientes.Background: Pain is one of the main morbidity factors associated with heart surgery, affecting about 50% of patients. Sternotomy can cause intense pain in the postoperative period and can lead to significant short- and long-term consequences. Among the complications we can mention poor prognosis, increased length of stay in hospital and in the intensive care unit or in the post-anesthesia recovery unit, increased treatment costs and increased mortality. Pregabalin is an antiepileptic drug available in oral preparations and extensively studied for postoperative pain control, with different degrees of success. This study aims to evaluate the partial results if the preemptive use of pregabalin improves the pos-anesthesia parameters in the patient undergoing heart surgery in the first 72 hours and their perception on quality of life after 3 months, besides evaluating the PREGABA-HEART study feasibility. Methods: The patients submitted to cardiac surgery were randomized into two groups: one of them used preemptively 75 mg pregabalin starting 1 hour before surgery and every 12h after extubation, for two days, the other group used the placebo for the same period. They were evaluated in 12 hours, 24 hours, 48 hours and 72 hours after surgery for clinical parameters such as heart rate, invasive arterial pressure and gasometry, at the second postoperative day the Qor-40 was applied. Three months after discharge, patients were submitted to the Brief Pain Inventory – Short Form (BPI-SF). Results: Sixty patients were included, with 30 of them allocated randomly in each group. 56,7% were men, 73% had elevated blood-pressure, 65% had coronary arterial disease and 36,7% were diabetic. In relation to the clinical parameters studied, we verified that none showed statistically relevant differences between the use of pregabalin or placebo, but the pO2 and pCO2 were the only ones that were able to XIII show a certain tendency that the pregabalin group presented less hypoxemia (p=0,171) and accumulated less CO2 in the postoperative period (p=0,159), which could mean a better thoracic expansion and therefore, less pain. We didn’t observe any differences between the groups in the mean score of the QoR-40 nor the scores in the BPI-SF. Conclusion: This Pilot Study verified the PREGABA-HEART study feasibility, upon appropriate methodological corrections. We observed that there may be a difference in ventilation parameters in the preemptive use of pregabalin in cardiac surgeries, but it may be better verified in a bigger sample of patients.Submitted by Rodrigo Meschiatti (rodmeschi@gmail.com) on 2022-10-25T14:08:32Z No. of bitstreams: 1 ANA BEATRIZ VENANCIO DE PAULA BEZERRA - TCC.pdf: 1434637 bytes, checksum: 703cd67e39af169268e099580a9d6c55 (MD5)Made available in DSpace on 2022-10-25T14:08:32Z (GMT). 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