Mudanças climáticas e a agenda de inovações: uma revisão sistemática da literatura brasileira sobre geração de energia alternativa

• Autor(a) principal: Tavares, Alba Francimara Goncalves.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29211
• topic: CNPQ::OUTROS::RELACOES INTERNACIONAIS; Cientometria; Inovação; Transição energética; Mudanças climáticas

O aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) é atribuído, principalmente, ao consumo histórico excessivo de combustíveis fósseis, fontes de energia intensivas em carbono. Dado o papel fundamental da energia nesse contexto, o regime internacional de mudanças climáticas estabelece a transição energética para fontes alternativas como uma via necessária à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. O caráter desses problemas, complexo e interconectado, exige a coordenação dos atores em um sistema nacional de inovação (SNI) capaz de estimular e endossar o desenvolvimento de inovações que apoiem os compromissos ambientais internacionalmente assumidos. O presente estudo objetivou identificar a aderência da produção científica brasileira sobre energias alternativas, nas áreas de ciências sociais e engenharias, às agendas de mudanças climáticas e da inovação. A análise foi conduzida sob a perspectiva da economia evolucionária e apropriando-se metodologicamente de técnicas de mapeamento científico, mediante uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), da qual resultaram 47 artigos para análise. Dentre os vários resultados da pesquisa, destaca-se que embora a diferença entre a produção científica brasileira antes e após 2015, ano da assinatura do Acordo de Paris, não tenha sido significativa em termos absolutos, de maneira relativa o número de estudos que tratou das mudanças climáticas duplicou de um período para o outro, com uma complexificação substantiva da agenda. No tangente à agenda de inovação, menos de um terço dos artigos abordou qualitativamente o tema, embora a maioria tenha se encontrado inserida ao menos indiretamente em um contexto de produção de conhecimento inovador, tendo o Estado como o ator mais envolvido nos processo de fomento da pesquisa científica básica no setor.