Medo de COVID-19, insegurança alimentar e ansiedade em mulheres usuárias do SUS na cidade de João Pessoa - PB

• Autor(a) principal: Freire, Flora Luiza Pereira do Nascimento
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/23543
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; (In)segurança alimentar; Ansiedade; Medo; COVID-19; Transtorno mental; Food (In)security; Anxiety; Fear; Mental disorder

Com a declaração de pandemia de coronavírus instaurada em março de 2020, súbitas mudanças aconteceram nos padrões de vida as quais alteraram a rotina, limitando todos os tipos de relações presenciais, exigindo quarentena, fechamento de locais públicos e uso obrigatório de máscaras. Todas as modificações impostas abruptamente com a finalidade de desacelerar a propagação do vírus aumentaram o medo e produziram resultados negativos para a saúde mental, sobretudo nas mulheres, devido a sua vulnerabilidade do ponto de vista socioeconômico e mental. Este estudo teve como objetivo descrever as percepções de medo causado pela pandemia da COVID-19, segundo as condições de insegurança alimentar e ansiedade e analisar a associação da insegurança alimentar e do medo da COVID-19 como preditores na ansiedade em mulheres usuárias do SUS, residentes no município de João Pessoa. Trata-se de um estudo com recorte transversal, realizado em 2021, com mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde - SUS em João Pessoa – PB. A avaliação da situação de (in)segurança alimentar foi realizada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, a ansiedade-estado através do inventário de ansiedade estado, o medo de COVID-19 por meio da Escala de Medo de COVID-19. Foi realizada a análise descritiva de todas as variáveis e relações entre as variáveis foram observadas pelos testes de associação qui-quadrado ou exato de Fischer. As 73 mulheres entrevistadas possuíam renda per capita mediana de R$ 665,33, tinham idade mediana de 33 anos, 58,9% conviviam com companheiro, 56% autodeclararam-se preta/parda, 55% cursaram o ensino médio ou superior completo e 60,3% residiam em casas com até 3 moradores. Neste estudo o medo de COVID-19 foi preditivo na ansiedade (OR = 3,167; 1,003 – 10,778), e a IA apresentou relação com o medo de COVID-19 (p=0,010). O presente estudo trouxe à tona dados os quais demonstram que a atual pandemia colaborou para o aumento da ansiedade, fato importante para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao cuidado com a saúde integral das mulheres no contexto atual da pandemia de coronavírus.