A Relação entre Eventos Adversos na Infância, Memória Autobiográfica e Sintomas Psiquiátricos

• Autor(a) principal: Cardoso, Reginaldo Ravel Freire
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25856
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; memória autobiográfica; eventos adversos na infância, rejeição

Diversos estudos já foram feitos sobre eventos adversos na infância (EAI) desde o início deste campo de pesquisa em 1998, a exemplo daqueles voltados a compreender os efeitos destes sobre a saúde mental e outros sobre impactos no funcionamento da memória autobiográfica (MA). Apesar disso, poucos estudos relacionaram essas três variáveis utilizando pistas de rejeição ou procuraram definir o papel que os sintomas psiquiátricos (SP) têm sobre a relação dos EAI com a MA. Deste modo, esta pesquisa objetivou investigar a relação de EAI, MA de adultos frente a palavras de valência positiva, negativa e de rejeição e SP. Este foi um estudo correlacional, descritivo e transversal com amostra de 71 participantes utilizando de modo online o Teste de Memória Autobiográfica (TMA), o Questionário de Traumas na Infância (QUESI) e a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS21). Como principais resultados indivíduos com EAI apresentaram um maior prejuízo para memórias associadas a rejeição e de modo específico indivíduos com abuso emocional apresentaram através de correlação bivariada de Pearson uma correlação significativa, positiva e leve com especificidade da MA para rejeição (r (71)=0,276, p=0,030), porém quando controlados os fatores da DASS21 essa correlação passou a ser moderada (r (71)=0,316, p=0,015). Estes resultados parecem confirmar o que apontam o modelo CaR-FA-X, o principal para explicar déficits de especificidade na MA, que vivenciar EAI está relacionado a prejuízos na MA, porém em relação a abuso emocional provavelmente há um padrão diferente que poderia ser explicado dado esses indivíduos apresentarem maior sensibilidade a rejeição (SR) o que levaria a um privilégio no processamento de estímulos associados a rejeição.