O SOL NA PELE DAS COISAS: CORPOS-TERRITÓRIOS DE MENINAS E MULHERES NEGRAS NA FICÇÃO DE TAYLANE CRUZ
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25851 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo analisar o abuso e a exploração sexual de meninas e mulheres negras, encenadas nas obras A pele das coisas (2018) e O sol dos dias (2020), da escritora sergipana Taylane Cruz. Para empreender a análise, visamos os enfoques narrativos dos contos “Boneca de pano” e “Suely dos Anjos Coração”, histórias que representam o racismo, o patriarcado e a dominação capitalista como pilares interligados que sustentam a efetivação e permanência dessas violências que se perpetuam ao longo dos séculos e são representadas no terreno literário. No decorrer do estudo, pretendemos descortinar essas violências que são encenadas na ficção de Taylane Cruz e revelam-se como expressões do racismo cotidiano (KILOMBA, 2019). Além disso, debruçamos os nossos olhares sobre o processo de (re)construção das subjetividades das personagens, corpos-territórios, que ocorrem a partir da corporeidade e o ato de sonhar como formas de aquilombamento. Nesse sentido, verificamos que a construção literária de Taylane, que acontece por meio de um olhar sensível e poético, faz a denúncia dos abusos praticados contra personagens meninas-mulheres-negras, processo esse que é legitimado a partir das interseccionalidades: racismo, patriarcalismo e dominação capitalista. Diante desse contexto, podemos observar que a narrativa poética e transgressora da jovem ficcionista Taylane Cruz, escritora negra nordestina, reverbera de maneira potente, funcionando como uma ferramenta de denúncia e de preservação de memórias dos corpos-territórios, ao mesmo tempo em que cria possibilidades de enfrentamento às violências contra meninas e mulheres negras, para que não as esqueçamos abandonadas nas valas das estatísticas e da banalização. |
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Diante desse contexto, podemos observar que a narrativa poética e transgressora da jovem ficcionista Taylane Cruz, escritora negra nordestina, reverbera de maneira potente, funcionando como uma ferramenta de denúncia e de preservação de memórias dos corpos-territórios, ao mesmo tempo em que cria possibilidades de enfrentamento às violências contra meninas e mulheres negras, para que não as esqueçamos abandonadas nas valas das estatísticas e da banalização.The present research aims to analyze the abuse and sexual exploitation of black girls and women, enacted in the works A pele das Coisas (2018) and O sol dos dias (2020), by Sergipe writer Taylane Cruz. To undertake the analysis, we aimed at the narrative approaches of the short stories “Boneca de pano” and “Suely dos Anjos Coração”, stories that represent racism, patriarchy and capitalist domination as interconnected pillars that support the effectiveness and permanence of these violences that are perpetuated over the centuries and are represented in the literary field. In the course of the study, we intend to uncover these types of violence that are staged in Taylane Cruz's fiction and reveal themselves as expressions of everyday racism (KILOMBA, 2019). In addition, we focus our eyes on the process of reconstructing the subjectivities of the characters, bodies-territories, which occur from corporeity and the act of dreaming as forms of conviviality. In this sense, we found that Taylane's literary construction, which takes place through a sensitive and poetic look, denounces the abuses committed against black girl-women characters, a process that is legitimized from the intersectionalities: racism, patriarchy and capitalist domination. In this context, we can observe that the poetic and transgressive narrative of the young fiction writer Taylane Cruz, a black writer from the Northeast, reverberates in a powerful way, functioning as a tool of denunciation and preservation of memories of body-territories, at the same time that it creates possibilities of confronting violence against black girls and women, so that we do not forget them abandoned in the ditches of statistics and trivialization.Submitted by Meirylane Lopes (meirylanelopes@cchla.ufpb.br) on 2023-01-20T13:29:02Z No. of bitstreams: 1 TCC_BIANCA BARROS VIANA MENEZES _VERSÃO FINAL.pdf: 618426 bytes, checksum: 6872d4f490fcf530ebed866d9e0aa415 (MD5)Made available in DSpace on 2023-01-20T13:29:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TCC_BIANCA BARROS VIANA MENEZES _VERSÃO FINAL.pdf: 618426 bytes, checksum: 6872d4f490fcf530ebed866d9e0aa415 (MD5) Previous issue date: 2022-12porUniversidade Federal da ParaíbaUFPBBrasilLetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESLiteratura Negra Brasileira, Taylane Cruz, Corpos-territórios, Meninas Negras, Mulheres Negras, Corpos-territórios.O SOL NA PELE DAS COISAS: CORPOS-TERRITÓRIOS DE MENINAS E MULHERES NEGRAS NA FICÇÃO DE TAYLANE CRUZinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisSilva, Franciane Conceição daMENEZES, BIANCA BARROS VIANAinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTTCC_BIANCA BARROS VIANA MENEZES _VERSÃO FINAL.pdf.txtTCC_BIANCA BARROS VIANA MENEZES _VERSÃO FINAL.pdf.txtExtracted texttext/plain136740https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25851/3/TCC_BIANCA%20BARROS%20VIANA%20MENEZES%20_VERS%c3%83O%20FINAL.pdf.txta868137a000312b04869e35606ab8687MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25851/2/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD52ORIGINALTCC_BIANCA BARROS VIANA MENEZES _VERSÃO FINAL.pdfTCC_BIANCA BARROS VIANA MENEZES _VERSÃO FINAL.pdfapplication/pdf618426https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25851/1/TCC_BIANCA%20BARROS%20VIANA%20MENEZES%20_VERS%c3%83O%20FINAL.pdf6872d4f490fcf530ebed866d9e0aa415MD51123456789/258512023-01-21 03:05:09.986QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB |
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