Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Lidiane Silva do
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25734
Resumo: O grupo dos halófilos reúne organismos que, através de adaptações estruturais e fisiológicas, possuem a capacidade de sobreviver em ambientes com extremos de salinidade. Uma das grandes características apontadas em relação às adaptações moleculares dos halófilos é em relação ao caráter ácido da maioria das suas proteínas estudadas. É plenamente conhecido que os ribossomos em todas as formas de vida são formados por interações entre diversas proteínas e moléculas de RNA e, um dos papéis biológicos das proteínas ribossômicas, é a neutralização das cargas negativas do RNA ribossomal. Os estudos das sequências primárias dessas proteínas em organismos mesófilos apontam que uma das suas principais características é o alto teor de aminoácidos básicos, importantes para a estabilização do complexo ribonucleoproteico. Utilizando esses dados como ponto de partida, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as adaptações das proteínas ribossômicas dos organismos halófilos dos domínios Archaea e Bacteria, através de análises estatísticas baseadas nos dados de sequências primárias disponíveis no NCBI. Com um total de 885 espécies de organismos extremófilos halofílicos pertencentes aos dois domínios da vida procariótica: Archaea (260) e Bacteria (625), e 190 espécies de organismos não extremófilos utilizados como controle, foram extraídas um total de 17.255 sequências correspondentes as 34 proteínas ribossomais universais. Após a quantificação dos aminoácidos dos arquivos multifasta correspondentes a cada grupo, testes estatísticos foram aplicados para avaliar e comparar a composição de aminoácidos dos mesmos. Como resultado, obtivemos dois perfis para as proteínas ribossômicas dos halófilos: as proteínas arqueanas, assim como o padrão apresentado em estudos anteriores, apresentou porcentagens maiores de aminoácidos ácidos e menores de aminoácidos hidrofóbicos aromáticos e alifáticos em comparação com as sequências mesofílicas controle; entretanto, as sequências dos halófilos bacterianos não mostraram diferenças estatísticas significativas em relação ao seu grupo controle. Concluímos que as proteínas ribossômicas dos halófilos, principalmente do domínio Archaea, possuem uma composição expressivamente ácida, esse resultado se torna interessante devido à interação íntima entre os elementos proteicos e os ácidos ribonucléicos que também possuem uma natureza ácida.
id UFPB-2_a563c6e6633343078a1381c92b6cc04c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpb.br:123456789/25734
network_acronym_str UFPB-2
network_name_str Repositório Institucional da UFPB
repository_id_str
spelling 2023-01-18T14:07:02Z2023-01-182023-01-18T14:07:02Z2020-04-17https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25734O grupo dos halófilos reúne organismos que, através de adaptações estruturais e fisiológicas, possuem a capacidade de sobreviver em ambientes com extremos de salinidade. Uma das grandes características apontadas em relação às adaptações moleculares dos halófilos é em relação ao caráter ácido da maioria das suas proteínas estudadas. É plenamente conhecido que os ribossomos em todas as formas de vida são formados por interações entre diversas proteínas e moléculas de RNA e, um dos papéis biológicos das proteínas ribossômicas, é a neutralização das cargas negativas do RNA ribossomal. Os estudos das sequências primárias dessas proteínas em organismos mesófilos apontam que uma das suas principais características é o alto teor de aminoácidos básicos, importantes para a estabilização do complexo ribonucleoproteico. Utilizando esses dados como ponto de partida, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as adaptações das proteínas ribossômicas dos organismos halófilos dos domínios Archaea e Bacteria, através de análises estatísticas baseadas nos dados de sequências primárias disponíveis no NCBI. Com um total de 885 espécies de organismos extremófilos halofílicos pertencentes aos dois domínios da vida procariótica: Archaea (260) e Bacteria (625), e 190 espécies de organismos não extremófilos utilizados como controle, foram extraídas um total de 17.255 sequências correspondentes as 34 proteínas ribossomais universais. Após a quantificação dos aminoácidos dos arquivos multifasta correspondentes a cada grupo, testes estatísticos foram aplicados para avaliar e comparar a composição de aminoácidos dos mesmos. Como resultado, obtivemos dois perfis para as proteínas ribossômicas dos halófilos: as proteínas arqueanas, assim como o padrão apresentado em estudos anteriores, apresentou porcentagens maiores de aminoácidos ácidos e menores de aminoácidos hidrofóbicos aromáticos e alifáticos em comparação com as sequências mesofílicas controle; entretanto, as sequências dos halófilos bacterianos não mostraram diferenças estatísticas significativas em relação ao seu grupo controle. Concluímos que as proteínas ribossômicas dos halófilos, principalmente do domínio Archaea, possuem uma composição expressivamente ácida, esse resultado se torna interessante devido à interação íntima entre os elementos proteicos e os ácidos ribonucléicos que também possuem uma natureza ácida.The group of halophiles brings together organisms that, through structural and physiological adaptations, can survive in environments with extreme salinity . One of the great characteristics pointed out about the molecular adaptations of halophiles relates to the acid character of most of their studied proteins. It is known that ribosomes in all forms of life are formed by interactions between various proteins and RNA molecules and one of the biological roles of ribosomal proteins is neutralization of negative ribosomal RNA charges. The studies of the primary sequences of these proteins in mesophilic organisms point out that one of their main characteristics is the high content of basic amino acids, important for the stabilization of the ribonucleoprotein complex. Using this data as a starting point, the present study aimed to evaluate the adaptations of ribosomal proteins of halophiles organisms in the Archaea and Bacteria domains, through basic statistical analysis based on primary sequence data available at NCBI. With a total of 885 species of extreme halophiles organisms belonging to two domains of prokaryotic life: Archaea (260) and Bacteria (625), and 190 species of non-extreme species used as control, were extracted a total of 17,255 associated sequences as 34 universal ribosomal proteins. After quantifying the amino acids in the multiphase files corresponding to each group, statistical tests were used to evaluate and compare their amino acid composition. As a result, we obtained two profiles for the ribosomal proteins of halophiles: the Archean proteins, as well as the pattern presented in previous studies, presented higher percentages of acidic amino acids and lower percentages of aromatic and aliphatic hydrophobic amino acids compared to the control mesophilic sequences; however, the sequences of the bacterial halophiles did not show statistically significant differences to their control group. W e conclude that the ribosomal proteins of halophiles, mainly from the Archaea domain, have an expressively acidic composition, due to the close interaction between protein elements and ribonucleic acids.Submitted by Josélia Silva (joseliabiblio@gmail.com) on 2023-01-18T14:07:02Z No. of bitstreams: 1 LSN18012023 .pdf: 20551844 bytes, checksum: 66714c0d710b3f0a1d35828004dba1d9 (MD5)Made available in DSpace on 2023-01-18T14:07:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LSN18012023 .pdf: 20551844 bytes, checksum: 66714c0d710b3f0a1d35828004dba1d9 (MD5) Previous issue date: 2020-04-17porUniversidade Federal da ParaíbaUFPBBrasilCiências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASMicrorganismos halófilosProteínas ribossômicasSingularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisRêgo, Thaís Gaudencio doFarias, Sávio Torres deNascimento, Lidiane Silva doinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTLSN18012023 .pdf.txtLSN18012023 .pdf.txtExtracted texttext/plain134351https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25734/3/LSN18012023%20.pdf.txtb740af8b8bc986385ea16329fb9002c8MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25734/2/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD52ORIGINALLSN18012023 .pdfLSN18012023 .pdfapplication/pdf20551844https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25734/1/LSN18012023%20.pdf66714c0d710b3f0a1d35828004dba1d9MD51123456789/257342023-01-19 03:05:01.087QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
title Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
spellingShingle Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
Nascimento, Lidiane Silva do
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Microrganismos halófilos
Proteínas ribossômicas
title_short Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
title_full Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
title_fullStr Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
title_full_unstemmed Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
title_sort Singularidades orgânicas: análise das adaptações das proteínas ribossômicas universais de organismos extremófilos halófilos dos domínios archaea e bacteria
author Nascimento, Lidiane Silva do
author_facet Nascimento, Lidiane Silva do
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rêgo, Thaís Gaudencio do
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Farias, Sávio Torres de
dc.contributor.author.fl_str_mv Nascimento, Lidiane Silva do
contributor_str_mv Rêgo, Thaís Gaudencio do
Farias, Sávio Torres de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Microrganismos halófilos
Proteínas ribossômicas
dc.subject.por.fl_str_mv Microrganismos halófilos
Proteínas ribossômicas
description O grupo dos halófilos reúne organismos que, através de adaptações estruturais e fisiológicas, possuem a capacidade de sobreviver em ambientes com extremos de salinidade. Uma das grandes características apontadas em relação às adaptações moleculares dos halófilos é em relação ao caráter ácido da maioria das suas proteínas estudadas. É plenamente conhecido que os ribossomos em todas as formas de vida são formados por interações entre diversas proteínas e moléculas de RNA e, um dos papéis biológicos das proteínas ribossômicas, é a neutralização das cargas negativas do RNA ribossomal. Os estudos das sequências primárias dessas proteínas em organismos mesófilos apontam que uma das suas principais características é o alto teor de aminoácidos básicos, importantes para a estabilização do complexo ribonucleoproteico. Utilizando esses dados como ponto de partida, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as adaptações das proteínas ribossômicas dos organismos halófilos dos domínios Archaea e Bacteria, através de análises estatísticas baseadas nos dados de sequências primárias disponíveis no NCBI. Com um total de 885 espécies de organismos extremófilos halofílicos pertencentes aos dois domínios da vida procariótica: Archaea (260) e Bacteria (625), e 190 espécies de organismos não extremófilos utilizados como controle, foram extraídas um total de 17.255 sequências correspondentes as 34 proteínas ribossomais universais. Após a quantificação dos aminoácidos dos arquivos multifasta correspondentes a cada grupo, testes estatísticos foram aplicados para avaliar e comparar a composição de aminoácidos dos mesmos. Como resultado, obtivemos dois perfis para as proteínas ribossômicas dos halófilos: as proteínas arqueanas, assim como o padrão apresentado em estudos anteriores, apresentou porcentagens maiores de aminoácidos ácidos e menores de aminoácidos hidrofóbicos aromáticos e alifáticos em comparação com as sequências mesofílicas controle; entretanto, as sequências dos halófilos bacterianos não mostraram diferenças estatísticas significativas em relação ao seu grupo controle. Concluímos que as proteínas ribossômicas dos halófilos, principalmente do domínio Archaea, possuem uma composição expressivamente ácida, esse resultado se torna interessante devido à interação íntima entre os elementos proteicos e os ácidos ribonucléicos que também possuem uma natureza ácida.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-04-17
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-18T14:07:02Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-01-18
2023-01-18T14:07:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25734
url https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25734
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPB
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Ciências Biológicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPB
instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron:UFPB
instname_str Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron_str UFPB
institution UFPB
reponame_str Repositório Institucional da UFPB
collection Repositório Institucional da UFPB
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25734/3/LSN18012023%20.pdf.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25734/2/license.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25734/1/LSN18012023%20.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv b740af8b8bc986385ea16329fb9002c8
e20ac18e101915e6935b82a641b985c0
66714c0d710b3f0a1d35828004dba1d9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777562277610782720