Diagnóstico da qualidade da água do Rio Jaguaribe/PB ao longo da última década

• Autor(a) principal: Farias, Beatriz Aranha de
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25364
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA; poluição hídrica,; rio urbano; rio Jaguaribe; análises físico-químicas

O rápido processo de urbanização nas cidadesacarretou impactos nocivos ao meio ambiente,principalmente com relação a deterioração da qualidade dos recursos hídricos. Os rios próximos aos ambientes urbanos passaram a ser o destino final de lixo e esgotos domésticosprovenientes da população ribeirinha, além de terem seu percurso alterado e sua mata ciliar devastada.Neste contexto, o rio Jaguaribe, localizado no município de João Pessoa, estado da Paraíba, vem sofrendo essa pressão antropogênica e perdendo suas características originais ao longo dos anos.Este trabalho visa, por meio da avaliação dos dados de monitoramento realizados pela SUDEMA (Superintendência de Administração do Meio Ambiente), contribuir para o diagnóstico do rio ao longo dos últimos dez anos. A qualidade da água do rio Jaguaribe foi analisada por meio de análises físico-químicas realizadas em amostras coletadas em quatro pontos estratégicos ao longo do rio:à montante e à jusante da Mata do Buraquinho, na ponte sobre o rio Jaguaribe na Av. José Américo de Almeida (Cabo Branco) e na rodovia Governador Antônio de Mariz, entre os bairros de Manaíra e São José.Os parâmetros analisados nas amostras então coletadas foram: cor, turbidez, sólidos dissolvidos totais, condutividade elétrica, potencial hidrogeniônico, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio e coliformes termotolerantes. Os dados obtidos foram comparados com o que pede a Resolução do CONAMA nº357/2005, para as águas doces de classe 2 e 3 e proporcionaram o cálculo do IQA (Índice de Qualidade da Água) e IET (Índice de Estado Trófico). Os resultados indicaram que o rio apresenta sinais de poluição antropogênica a mais de dez anos. Os valores de turbidez, sólidos dissolvidos totais e pH, apesar de estarem em conformidade com o que pede a Resoluçãoapresentaram uma dispersão de dados no decorrer do rio ao longo dos anos, dando um indicativo de mudanças nas propriedades físico-químicas do corpo d'água. O parâmetro cor apresentou valores acima do permitido pela Resolução em 24% do total de dados analisados no período estudado, com um crescimento não linear nos últimos 5 anos.Os parâmetroscondutividade elétrica, coliformes termotolerantes, oxigênio dissolvido e demanda bioquímica de oxigênioapresentaram valores em desacordo com o estabelecido pela Resolução ao longo de toda janela temporal estudada. O IQA do rio apontou que sua qualidade está diretamente ligada com a intervenção humana em seu percurso, onde os pontos com pior índice estão diretamente associados com a região de maior pressão antropogênica. O IET para todos os pontos do rio estudados foi classificado como hipereutrófico.