Índices biofísicos para avaliação da desertificação no semiárido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vendruscolo, Jhony
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25545
Resumo: O processo de desertificação ocorre em zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas do globo terrestre, ocasionando perdas de solo, matéria orgânica e nutrientes, e, consequentemente, a redução da capacidade produtiva dos solos. No Brasil, as áreas suscetíveis a desertificação abrangem 9 estados, incluindo a Paraíba, sendo observado que o processo se inicia com a conversão de floresta nativa para agropecuária associada com o manejo inadequado do solo. O presente trabalho teve como objetivo selecionar indicadores biofísicos e fornecer índices para avaliação do nível de desertificação no Semiárido paraibano. Foram selecionadas 22 áreas conservadas, sem corte raso nos últimos 30 anos, e 22 áreas desertificadas, com dificuldades de reestabelecimento da cobertura vegetal. Em cada área alocou-se uma parcela de 100 m2 (10 x 10 m). Inicialmente, identificou-se as espécies arbóreas, mensurou-se a circunferência da base a 0,30 m do solo (CNB), circunferência a altura do peito a 1,30 m (CAP), calculou-se a densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR), dominância absoluta (DoA), dominância relativa (DoR), índice de valor de importância (IVI) e o índice de valor de cobertura (IVC) (I Capítulo). Posteriormente, calculou-se o número de espécies (NE), densidade de plantas (DP), altura média do dossel (A-M), circunferência média na base (CNB-M), circunferência média a altura do peito (CAP-M) e dominância absoluta total (DoA-T), e com base nos resultados selecionou-se os indicadores do nível de desertificação com teste T pareado (p < 0,05), mensurou-se a abrangência dos indicadores, considerando a menor diferença detectável entre os pares de áreas (conservadas e desertificadas), obteve-se os pesos dos indicadores com análise de componentes principais e elaborou-se um índice para avaliação do nível de desertificação do Semiárido paraibano (II Capítulo). Nas parcelas também foram coletadas amostras de solo nas camadas de 0-5 e 5-20 cm, e realizadas as análises da acidez ativa (pH em água), acidez potencial (H+Al), teores de sódio (Na+ ), alumínio (Al3+), potássio (K+ ), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), carbono orgânico total (COT), P disponível (Mehlich-1), textura e densidade do solo (DS), e calculou-se os valores de soma de bases, CTC efetiva, CTC total, saturação por bases, saturação por Al3+ e porcentagem de sódio trocável (PST). Os valores dos atributos químicos e físicos do solo foram comparados com valores de referência para o semiárido, classificados em 3 níveis (1 – alto, 2 – médio e 3 – baixo) e unidos para a formação de um índice de qualidade do solo, que foi comparado com o mapa de classificação climática para xiii obtenção das áreas mais suscetíveis ao processo de desertificação e mais críticas para restauração da cobertura florestal (III Capítulo). Com base nos resultados dos solos, também selecionou-se os indicadores do nível de desertificação com teste T pareado (p < 0,05), mensurou-se a abrangência dos indicadores, considerando a menor diferença detectável entre os pares de áreas (conservadas e desertificadas), obteve-se os pesos dos indicadores com análise de componentes principais e elaborou-se um índice para avaliação do nível de desertificação do Semiárido paraibano (IV Capítulo). No primeiro capítulo verifica-se que as áreas conservadas apresentaram um total 63 espécies arbóreas e as áreas desertificadas 9 espécies. As espécies mais frequentes nas áreas conservadas são Caesalpinia pyramidalis e Croton sonderianus, e nas áreas desertificadas são Mimosa tenuiflora e Croton sonderianus. As áreas conservadas apresentaram maior DA que as áreas desertificadas, com valores totais de 4.845 I ha-1 e 895 I ha-1 . A DoA seguiu a ordem Caesalpinia pyramidalis > Anadenanthera colubrina > Myracrodruon urundeuva e Mimosa tenuiflora > Caesalpinia pyramidalis > Aspidosperma pyrifolium, para áreas conservadas e áreas desertificadas, respectivamente. As espécies Croton sonderianus (áreas conservadas) e Mimosa tenuiflora (áreas dertificadas) apresentam os maiores IVI e IVC. No segundo capítulo, constata-se que a perda de qualidade da cobertura vegetal arbórea desencadeou o processo de desertificação, por reduzir a proteção do solo contra a ação da erosão hídrica. Os parâmetros número de espécies, DoA-T, densidade de plantas, altura média do dossel, CAP-M e CNB-M, podem ser utilizados como indicadores em 100, 100, 97,9, 89,7, 71,6 e 56,8%, da região semiárida paraibana, respectivamente. Os indicadores que tem maior peso são CAP-M (0,4210), CNB-M (0,4110), número de espécies (0,4097), densidade de plantas (0,3891), altura média (0,3614) e DoA-T (0,3407). O índice do nível de desertificação com base na cobertura arbórea permite avaliar com precisão o nível de desertificação de áreas no Semiárido paraibano. No terceiro capítulo, observa-se que as áreas conservadas apresentam alto nível de qualidade dos solos. Os atributos do solo que torna a região naturalmente mais sensível ao processo de desertificação são pH, P, COT, acidez potencial, CTC total, CTC efetiva, saturação por bases e DS. Os municípios de Bonito de Santa Fé, Cacimba de Dentro, Campina Grande, Soledade, Picuí, Remígio e Uiraúna, apresentam a menor qualidade do solo em áreas conservadas. Os municípios mais suscetíveis ao processo de desertificação, considerando a qualidade do solo em áreas conservadas e a disponibilidade de água, são Soledade e Picuí. As áreas desertificadas apresentam alto nível de qualidade na camada de 0-5 cm, e médio nível de qualidade na camada de 5-20 cm. Os atributos mais limitantes ao crescimento e xiv desenvolvimento da cobertura vegetal nas áreas desertificadas são COT, P, DS, CTC total, pH, CTC efetiva e Ca2+, respectivamente. As regiões mais críticas para o restabelecimento da cobertura vegetal em áreas desertificadas estão localizadas nos municípios de São Domingos do Cariri, Picuí e Taperoá. Nas áreas desertificadas, recomenda-se o uso de manejos integrados priorizando o acúmulo de matéria orgânica, redução do processo erosivo e a elevação da disponibilidade de água, visando a recuperação da cobertura vegetal. No quarto capítulo, verifica-se que o processo de desertificação no Semiárido paraibano tende a reduzir os teores de COT e aumentar os valores de Na+ , PST e DS, independente da camada, e diminuir os valores de Ca2+, H+Al, CTC total na camada de 0-5 cm, e de K+ na camada de 5-20 cm. A abrangência dos indicadores no Semiárido paraibano, para a camada de 0-5 cm, apresenta a seguinte ordem: COT (100%), DS (100%), H+Al (68,0%), CTC total (66,0%), Na+ (64,2%), Ca2+ (62,4%), PST (61,4%) e saturação por Al3+ (18,2%). Na camada de 5-20 cm, segue a ordem: COT (91,2%), K+ (78,0%), DS (55,6%), PST (53,0%) e Na+ (29,0%). O índice do nível de desertificação com base nos atributos do solo, permite avaliar com precisão o nível de desertificação em áreas do Semiárido paraibano, e apontar quais atributos do solo são mais limitantes para restauração da cobertura florestal em regiões específicas.
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spelling 2022-12-07T10:48:38Z2018-02-152022-12-07T10:48:38Z2017-11-07https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25545O processo de desertificação ocorre em zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas do globo terrestre, ocasionando perdas de solo, matéria orgânica e nutrientes, e, consequentemente, a redução da capacidade produtiva dos solos. No Brasil, as áreas suscetíveis a desertificação abrangem 9 estados, incluindo a Paraíba, sendo observado que o processo se inicia com a conversão de floresta nativa para agropecuária associada com o manejo inadequado do solo. O presente trabalho teve como objetivo selecionar indicadores biofísicos e fornecer índices para avaliação do nível de desertificação no Semiárido paraibano. Foram selecionadas 22 áreas conservadas, sem corte raso nos últimos 30 anos, e 22 áreas desertificadas, com dificuldades de reestabelecimento da cobertura vegetal. Em cada área alocou-se uma parcela de 100 m2 (10 x 10 m). Inicialmente, identificou-se as espécies arbóreas, mensurou-se a circunferência da base a 0,30 m do solo (CNB), circunferência a altura do peito a 1,30 m (CAP), calculou-se a densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR), dominância absoluta (DoA), dominância relativa (DoR), índice de valor de importância (IVI) e o índice de valor de cobertura (IVC) (I Capítulo). Posteriormente, calculou-se o número de espécies (NE), densidade de plantas (DP), altura média do dossel (A-M), circunferência média na base (CNB-M), circunferência média a altura do peito (CAP-M) e dominância absoluta total (DoA-T), e com base nos resultados selecionou-se os indicadores do nível de desertificação com teste T pareado (p < 0,05), mensurou-se a abrangência dos indicadores, considerando a menor diferença detectável entre os pares de áreas (conservadas e desertificadas), obteve-se os pesos dos indicadores com análise de componentes principais e elaborou-se um índice para avaliação do nível de desertificação do Semiárido paraibano (II Capítulo). Nas parcelas também foram coletadas amostras de solo nas camadas de 0-5 e 5-20 cm, e realizadas as análises da acidez ativa (pH em água), acidez potencial (H+Al), teores de sódio (Na+ ), alumínio (Al3+), potássio (K+ ), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), carbono orgânico total (COT), P disponível (Mehlich-1), textura e densidade do solo (DS), e calculou-se os valores de soma de bases, CTC efetiva, CTC total, saturação por bases, saturação por Al3+ e porcentagem de sódio trocável (PST). Os valores dos atributos químicos e físicos do solo foram comparados com valores de referência para o semiárido, classificados em 3 níveis (1 – alto, 2 – médio e 3 – baixo) e unidos para a formação de um índice de qualidade do solo, que foi comparado com o mapa de classificação climática para xiii obtenção das áreas mais suscetíveis ao processo de desertificação e mais críticas para restauração da cobertura florestal (III Capítulo). Com base nos resultados dos solos, também selecionou-se os indicadores do nível de desertificação com teste T pareado (p < 0,05), mensurou-se a abrangência dos indicadores, considerando a menor diferença detectável entre os pares de áreas (conservadas e desertificadas), obteve-se os pesos dos indicadores com análise de componentes principais e elaborou-se um índice para avaliação do nível de desertificação do Semiárido paraibano (IV Capítulo). No primeiro capítulo verifica-se que as áreas conservadas apresentaram um total 63 espécies arbóreas e as áreas desertificadas 9 espécies. As espécies mais frequentes nas áreas conservadas são Caesalpinia pyramidalis e Croton sonderianus, e nas áreas desertificadas são Mimosa tenuiflora e Croton sonderianus. As áreas conservadas apresentaram maior DA que as áreas desertificadas, com valores totais de 4.845 I ha-1 e 895 I ha-1 . A DoA seguiu a ordem Caesalpinia pyramidalis > Anadenanthera colubrina > Myracrodruon urundeuva e Mimosa tenuiflora > Caesalpinia pyramidalis > Aspidosperma pyrifolium, para áreas conservadas e áreas desertificadas, respectivamente. As espécies Croton sonderianus (áreas conservadas) e Mimosa tenuiflora (áreas dertificadas) apresentam os maiores IVI e IVC. No segundo capítulo, constata-se que a perda de qualidade da cobertura vegetal arbórea desencadeou o processo de desertificação, por reduzir a proteção do solo contra a ação da erosão hídrica. Os parâmetros número de espécies, DoA-T, densidade de plantas, altura média do dossel, CAP-M e CNB-M, podem ser utilizados como indicadores em 100, 100, 97,9, 89,7, 71,6 e 56,8%, da região semiárida paraibana, respectivamente. Os indicadores que tem maior peso são CAP-M (0,4210), CNB-M (0,4110), número de espécies (0,4097), densidade de plantas (0,3891), altura média (0,3614) e DoA-T (0,3407). O índice do nível de desertificação com base na cobertura arbórea permite avaliar com precisão o nível de desertificação de áreas no Semiárido paraibano. No terceiro capítulo, observa-se que as áreas conservadas apresentam alto nível de qualidade dos solos. Os atributos do solo que torna a região naturalmente mais sensível ao processo de desertificação são pH, P, COT, acidez potencial, CTC total, CTC efetiva, saturação por bases e DS. Os municípios de Bonito de Santa Fé, Cacimba de Dentro, Campina Grande, Soledade, Picuí, Remígio e Uiraúna, apresentam a menor qualidade do solo em áreas conservadas. Os municípios mais suscetíveis ao processo de desertificação, considerando a qualidade do solo em áreas conservadas e a disponibilidade de água, são Soledade e Picuí. As áreas desertificadas apresentam alto nível de qualidade na camada de 0-5 cm, e médio nível de qualidade na camada de 5-20 cm. Os atributos mais limitantes ao crescimento e xiv desenvolvimento da cobertura vegetal nas áreas desertificadas são COT, P, DS, CTC total, pH, CTC efetiva e Ca2+, respectivamente. As regiões mais críticas para o restabelecimento da cobertura vegetal em áreas desertificadas estão localizadas nos municípios de São Domingos do Cariri, Picuí e Taperoá. Nas áreas desertificadas, recomenda-se o uso de manejos integrados priorizando o acúmulo de matéria orgânica, redução do processo erosivo e a elevação da disponibilidade de água, visando a recuperação da cobertura vegetal. No quarto capítulo, verifica-se que o processo de desertificação no Semiárido paraibano tende a reduzir os teores de COT e aumentar os valores de Na+ , PST e DS, independente da camada, e diminuir os valores de Ca2+, H+Al, CTC total na camada de 0-5 cm, e de K+ na camada de 5-20 cm. A abrangência dos indicadores no Semiárido paraibano, para a camada de 0-5 cm, apresenta a seguinte ordem: COT (100%), DS (100%), H+Al (68,0%), CTC total (66,0%), Na+ (64,2%), Ca2+ (62,4%), PST (61,4%) e saturação por Al3+ (18,2%). Na camada de 5-20 cm, segue a ordem: COT (91,2%), K+ (78,0%), DS (55,6%), PST (53,0%) e Na+ (29,0%). O índice do nível de desertificação com base nos atributos do solo, permite avaliar com precisão o nível de desertificação em áreas do Semiárido paraibano, e apontar quais atributos do solo são mais limitantes para restauração da cobertura florestal em regiões específicas.The desertification process takes place in arid, semi-arid and sub-humid areas of the earth, causing losses of soil, organic matter and nutrients, and, consequently, the reduction of the productive capacity of the soils. In Brazil, areas susceptible to desertification encompass 9 states, including Paraíba, and it is observed that the process begins with the conversion of native forest to agriculture associated with inadequate soil management. The present work had as objective to select biophysical indicators and to provide indices for the evaluation of the level of desertification in the Semiarid of the Paraíba State. Twenty - two preserved areas were selected, with no clear cut in the last 30 years, and 22 desertified areas, with difficulties to re - establish the vegetation cover. In each area a plot of 100 m2 (10 x 10 m) was allocated. Initially, the tree species were identified, the perimeter at 0.30 m ground level (PGL), chest height perimeter at 1.30 m (PBH), absolute density (AD), relative density (RD), absolute frequency (AF), relative frequency (RF), absolute dominance (ADo), relative dominance (RDo), importance value index (IVI) and coverage value index (CVI) were calculated (I Chapter). After that, the number of species (NS), plant density (PD), mean canopy height (H-M), mean perimeter ground level (PGL-M), mean chest height perimeter (PBH-M) and total absolute dominance (ADo-T), and based on the results, the indicators of the level of desertification with paired T-test were selected (p < 0.05), the range of indicators was measured, considering the smallest detectable difference between the pairs of areas (conserved and desertified), the weights of the indicators were analyzed with principal component analysis and an index was prepared for the evaluation of the desertification level of the Paraíba semi-arid region (II Chapter). Soil samples were also collected in the 0-5 and 5-20 cm layers, and analyzed of the active acidity (pH in water), potential acidity (H + Al), sodium (Na+ ), aluminum (Al3+), potassium (K+ ), calcium (Ca2+), magnesium (Mg2+), total organic carbon (TOC), available P (Mehlich-1), soil texture and bulk density, and calculated the sum of bases, effective CEC, potential CEC, base saturation, aluminium saturation and percentage of exchangeable sodium (PES). The values of chemical and physical soil attributes were compared with reference values for the semiarid region, classified into three levels (1 - high, 2 - medium and 3 - low) and joined to the formation of a soil quality index, was compared to the climatic classification map to obtain the areas most susceptible to the desertification process and the most critical for restoration of forest cover (Chapter III). On the basis of the soil results, the indicators of xvi the desertification level with paired T-test (p < 0.05) were also selected, the range of indicators was measured, considering the smallest detectable difference between the pairs of areas (conserved and desertified), the weights of the indicators were analyzed with principal component analysis, and an index was prepared for the evaluation of the desertification level of the Semiarid of the Paraíba State (IV Chapter). In the first chapter, it is verified that the conserved areas presented a total of 63 tree species and 9 desertificated areas. The most frequent species in the conserved areas are Caesalpinia pyramidalis and Croton sonderianus, and in the desertified areas are Mimosa tenuiflora and Croton sonderianus. The conserved areas presented higher AD than the desertified areas, with total values of 4845 I ha-1 and 895 I ha-1 . The ADo followed the order Caesalpinia pyramidalis > Anadenanthera colubrina > Myracrodruon urundeuva, and Mimosa tenuiflora > Caesalpinia pyramidalis > Aspidosperma pyrifolium, for conserved areas and desertified areas, respectively. The Croton sonderianus (conserved areas) and Mimosa tenuiflora (desertified areas) species have the highest IVI and CVI. In the second chapter, it is verified that the loss of quality of the tree cover caused the desertification process, by reducing the protection of the soil against the action of water erosion. The parameters NS, ADo-T, PD, H-M, PBH-M and PGL-M, can be used as indicators in 100, 100, 97.9, 89.7, 71.6 and 56.8%, from the semi-arid region of Paraiba, respectively. The most important indicators are PBH-M (0.4210), PGL-M (0.4110), NS (0.4097), PD (0.3891), H-M (0.3614) and ADo-T (0.3407). The index of the level of desertification based on the tree cover allows to accurately assess the level of desertification of areas in the Semiarid of the Paraíba State. In the third chapter, it is observed that the conserved areas present a high level of soil quality. The attributes of the soil that makes the region naturally more sensitive to the desertification process are pH, P, TOC, potential acidity, potential CEC, effective CEC, base saturation and bulk density. The municipalities of Bonito de Santa Fé, Cacimba de Dentro, Campina Grande, Soledade, Picuí, Remígio and Uiraúna, present the lowest soil quality in conserved areas. The municipalities most susceptible to the desertification process, considering the soil quality in conserved areas and the availability of water, are Soledade and Picuí. The desertified areas present a high level of quality in the layer of 0-5 cm, and medium level of quality in the layer of 5-20 cm. The most limiting attributes to the growth and development of the vegetation cover in the desertified areas are TOC, P, bulk density, potential CEC, pH, effective CEC and calcium, respectively. The most critical regions for the restoration of vegetation cover in desertified areas are located in the municipalities of São Domingos do Cariri, Picuí and Taperoá. In xvii desertified areas, the use of integrated management is recommended prioritizing the accumulation of organic matter and the increase of water availability, aiming at the recovery of the vegetal cover. In the fourth chapter, the desertification process in the semi arid region of Paraiba tends to reduce the TOC content and increase the values of Na+ , PES and bulk density, independent of the layer, and decrease the values of Ca2+, H+Al, potencial CEC in the 0-5 cm layer, and K+ in the 5-20 cm layer. The range of the indicators in the semi-arid region for the 0-5 cm layer is as follows: TOC (100%), bulk density (100%), H+Al (68.0%), potential CEC (66.2%), Na+ (64.2%), Ca2+ (62.4%), PES (61.4%) and aluminium saturation (18.2%). In the 5-20 cm layer follows the order: TOC (91.2%), K + (78.0%), bulk density (55.6%), PES (53.0%) and Na+ (29.0%). The index of the level of desertification based on the soil atributes, allows to accurately assess the level of desertification in areas of the Semiarid region of Paraíba, and to point out which soil attributes are most limiting for restoring forest cover in specific regions.Submitted by Roberval Silva (ber-val@hotmail.com) on 2022-12-07T10:48:38Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) JV07122022-TS034.pdf: 13620894 bytes, checksum: 66a476e8d146fb674032a138533f557c (MD5)Made available in DSpace on 2022-12-07T10:48:38Z (GMT). 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description O processo de desertificação ocorre em zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas do globo terrestre, ocasionando perdas de solo, matéria orgânica e nutrientes, e, consequentemente, a redução da capacidade produtiva dos solos. No Brasil, as áreas suscetíveis a desertificação abrangem 9 estados, incluindo a Paraíba, sendo observado que o processo se inicia com a conversão de floresta nativa para agropecuária associada com o manejo inadequado do solo. O presente trabalho teve como objetivo selecionar indicadores biofísicos e fornecer índices para avaliação do nível de desertificação no Semiárido paraibano. Foram selecionadas 22 áreas conservadas, sem corte raso nos últimos 30 anos, e 22 áreas desertificadas, com dificuldades de reestabelecimento da cobertura vegetal. Em cada área alocou-se uma parcela de 100 m2 (10 x 10 m). Inicialmente, identificou-se as espécies arbóreas, mensurou-se a circunferência da base a 0,30 m do solo (CNB), circunferência a altura do peito a 1,30 m (CAP), calculou-se a densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR), dominância absoluta (DoA), dominância relativa (DoR), índice de valor de importância (IVI) e o índice de valor de cobertura (IVC) (I Capítulo). Posteriormente, calculou-se o número de espécies (NE), densidade de plantas (DP), altura média do dossel (A-M), circunferência média na base (CNB-M), circunferência média a altura do peito (CAP-M) e dominância absoluta total (DoA-T), e com base nos resultados selecionou-se os indicadores do nível de desertificação com teste T pareado (p < 0,05), mensurou-se a abrangência dos indicadores, considerando a menor diferença detectável entre os pares de áreas (conservadas e desertificadas), obteve-se os pesos dos indicadores com análise de componentes principais e elaborou-se um índice para avaliação do nível de desertificação do Semiárido paraibano (II Capítulo). Nas parcelas também foram coletadas amostras de solo nas camadas de 0-5 e 5-20 cm, e realizadas as análises da acidez ativa (pH em água), acidez potencial (H+Al), teores de sódio (Na+ ), alumínio (Al3+), potássio (K+ ), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), carbono orgânico total (COT), P disponível (Mehlich-1), textura e densidade do solo (DS), e calculou-se os valores de soma de bases, CTC efetiva, CTC total, saturação por bases, saturação por Al3+ e porcentagem de sódio trocável (PST). Os valores dos atributos químicos e físicos do solo foram comparados com valores de referência para o semiárido, classificados em 3 níveis (1 – alto, 2 – médio e 3 – baixo) e unidos para a formação de um índice de qualidade do solo, que foi comparado com o mapa de classificação climática para xiii obtenção das áreas mais suscetíveis ao processo de desertificação e mais críticas para restauração da cobertura florestal (III Capítulo). Com base nos resultados dos solos, também selecionou-se os indicadores do nível de desertificação com teste T pareado (p < 0,05), mensurou-se a abrangência dos indicadores, considerando a menor diferença detectável entre os pares de áreas (conservadas e desertificadas), obteve-se os pesos dos indicadores com análise de componentes principais e elaborou-se um índice para avaliação do nível de desertificação do Semiárido paraibano (IV Capítulo). No primeiro capítulo verifica-se que as áreas conservadas apresentaram um total 63 espécies arbóreas e as áreas desertificadas 9 espécies. As espécies mais frequentes nas áreas conservadas são Caesalpinia pyramidalis e Croton sonderianus, e nas áreas desertificadas são Mimosa tenuiflora e Croton sonderianus. As áreas conservadas apresentaram maior DA que as áreas desertificadas, com valores totais de 4.845 I ha-1 e 895 I ha-1 . A DoA seguiu a ordem Caesalpinia pyramidalis > Anadenanthera colubrina > Myracrodruon urundeuva e Mimosa tenuiflora > Caesalpinia pyramidalis > Aspidosperma pyrifolium, para áreas conservadas e áreas desertificadas, respectivamente. As espécies Croton sonderianus (áreas conservadas) e Mimosa tenuiflora (áreas dertificadas) apresentam os maiores IVI e IVC. No segundo capítulo, constata-se que a perda de qualidade da cobertura vegetal arbórea desencadeou o processo de desertificação, por reduzir a proteção do solo contra a ação da erosão hídrica. Os parâmetros número de espécies, DoA-T, densidade de plantas, altura média do dossel, CAP-M e CNB-M, podem ser utilizados como indicadores em 100, 100, 97,9, 89,7, 71,6 e 56,8%, da região semiárida paraibana, respectivamente. Os indicadores que tem maior peso são CAP-M (0,4210), CNB-M (0,4110), número de espécies (0,4097), densidade de plantas (0,3891), altura média (0,3614) e DoA-T (0,3407). O índice do nível de desertificação com base na cobertura arbórea permite avaliar com precisão o nível de desertificação de áreas no Semiárido paraibano. No terceiro capítulo, observa-se que as áreas conservadas apresentam alto nível de qualidade dos solos. Os atributos do solo que torna a região naturalmente mais sensível ao processo de desertificação são pH, P, COT, acidez potencial, CTC total, CTC efetiva, saturação por bases e DS. Os municípios de Bonito de Santa Fé, Cacimba de Dentro, Campina Grande, Soledade, Picuí, Remígio e Uiraúna, apresentam a menor qualidade do solo em áreas conservadas. Os municípios mais suscetíveis ao processo de desertificação, considerando a qualidade do solo em áreas conservadas e a disponibilidade de água, são Soledade e Picuí. As áreas desertificadas apresentam alto nível de qualidade na camada de 0-5 cm, e médio nível de qualidade na camada de 5-20 cm. Os atributos mais limitantes ao crescimento e xiv desenvolvimento da cobertura vegetal nas áreas desertificadas são COT, P, DS, CTC total, pH, CTC efetiva e Ca2+, respectivamente. As regiões mais críticas para o restabelecimento da cobertura vegetal em áreas desertificadas estão localizadas nos municípios de São Domingos do Cariri, Picuí e Taperoá. Nas áreas desertificadas, recomenda-se o uso de manejos integrados priorizando o acúmulo de matéria orgânica, redução do processo erosivo e a elevação da disponibilidade de água, visando a recuperação da cobertura vegetal. No quarto capítulo, verifica-se que o processo de desertificação no Semiárido paraibano tende a reduzir os teores de COT e aumentar os valores de Na+ , PST e DS, independente da camada, e diminuir os valores de Ca2+, H+Al, CTC total na camada de 0-5 cm, e de K+ na camada de 5-20 cm. A abrangência dos indicadores no Semiárido paraibano, para a camada de 0-5 cm, apresenta a seguinte ordem: COT (100%), DS (100%), H+Al (68,0%), CTC total (66,0%), Na+ (64,2%), Ca2+ (62,4%), PST (61,4%) e saturação por Al3+ (18,2%). Na camada de 5-20 cm, segue a ordem: COT (91,2%), K+ (78,0%), DS (55,6%), PST (53,0%) e Na+ (29,0%). O índice do nível de desertificação com base nos atributos do solo, permite avaliar com precisão o nível de desertificação em áreas do Semiárido paraibano, e apontar quais atributos do solo são mais limitantes para restauração da cobertura florestal em regiões específicas.
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