DA SENZALA AO OLIMPO: REPRESENTAÇÕES DE PERSONAGENS NEGRAS NA POESIA SOCIAL DE CASTRO ALVES E LUIZ GAMA

• Autor(a) principal: RUFINO, EMMELINY DE ALMEIDA
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25972
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Literatura; Poesia; Luiz Gama; Castro Alves; Descolonização.

Este trabalho de conclusão de curso propõe analisar a representação de personagens negras na poesia social de Castro Alves e Luiz Gama, ambos considerados poetas abolicionistas; Alves aclamado como o “Poeta dos Escravos” e Luiz Gama, por sua vez, é identificado pela sua vanguarda na luta antiescravagista. A fim de identificar se os dois poetas baianos constroem as personagens negras reforçando ou negando o estereótipo do sujeito negro como subalternizados e inferiorizados, analisaremos os poemas “Lá Vai Verso”, “A cativa”, “Meus Amores”, de Gama, reunidos na obra Primeiras Trovas Burlescas de Getulino (1859); e “A visão dos mortos” (1865), “Quem dá aos pobres empresta a Deus” (1867), “Gonzaga ou a Revolução das Minas” (1875), “A canção do africano” (1863), “O canto de Burg Jargal” (1883), “Bandido negro” (1884) de Alves. Para embasar as nossas análises, recorremos a estudiosos das áreas de crítica literária, história, filosofia, pedagogia. Entre os/as pesquisadores/as, destacamos: Franciane Conceição da Silva, Luiz Felipe de Alencastro, Jean-Yve Mérin, Luís Silva (CUTI), Sueli Carneiro, Antônio Cândido, Lilia Moritz Schwarcz, Heloísa Starling. Ao concluirmos o objetivo proposto, articulamos os resultados desta análise de modo a não descredibilizar a poética social de Luiz Gama e Castro Alves, mas promover um aprofundamento nas poéticas sociais dos autores e uma descolonização dos nossos saberes que, não raras vezes, foram construídos a partir de visões brancocêntricas, carregadas de ideologias racistas e preconceituosas.