Perfil dos óbitos maternos por COVID-19 na região nordeste

• Autor(a) principal: Oliveira, Gabriela Silva de
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Assis, Thais Josy Castro Freire de (Orientadora), Almeida, Milene de Oliveira (Coorientadora)
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26569
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL; Gestação; Síndrome respiratória aguda grave; COVID-19; Morte materna

Objetivo: Identificar o perfil e os fatores associados das gestantes que foram a óbito por COVID-19 na região Nordeste entre 2021-2022. Metodologia: Estudo transversal, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, que analisou o Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave do Sistema de informação da vigilância epidemiológica da gripe (SIVEP) fornecidos pelo banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O estudo consiste na análise do perfil de gestantes infectadas com a COVID-19 e os fatores associados ao óbito materno por síndrome respiratória aguda grave na região Nordeste referente ao período de primeiro de janeiro de 2021 a 15 de março de 2022. Resultados: Foram registrados 1406 casos de SRAG por COVID-19 em gestantes na região nordeste, dos quais 120 evoluíram para o óbito. A taxa de morte materna foi de 8,53% quando comparada ao total de gestantes com a SRAG por COVID-19. A maior incidência foi em mulheres com idade entre 25 e 34 anos, com predominância do terceiro trimestre gestacional em 54,2% da amostra. Na distribuição regional, o Ceará foi o estado que apresentou maior número de notificações, com 29 óbitos registrados. As principais manifestações clínicas foram tosse e dispneia. Dentre os fatores de risco, as comorbidades mais frequentes nessa população foram doença cardiovascular crônica, diabetes e obesidade. Quanto à hospitalização, 93 das 120 gestantes foram internadas na UTI, e o uso de suporte ventilatório invasivo foi necessário em 69,2% das pacientes e o não invasivo em 24,2%. Conclusão: Foi identificado um perfil de mortalidade materna em gestantes no terceiro trimestre gestacional, especialmente quando associado a presença de comorbidades, tendo como principais sintomas tosse e dispneia. Além disso, verificou-se que uma parcela significativa evoluiu de maneira mais grave necessitando de internação na UTI e a maioria delas com uso de suporte ventilatório invasivo.