Traduzindo narrativas místicas de autoria feminina medievais: uma análise literária das obras de Juliana de Norwich e Margery Kempe
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27076 |
Resumo: | Esta tese tem por objetivo a análise literária das obras A Revelation of Love (c. 1395), de autoria da mística inglesa Juliana de Norwich (c.1343 - c. 1416), em sua versão longa, e The Book of Margery Kempe (c. 1438), de Margery Kempe (1373 - c. 1438), observando de que forma conceitos como memória, corpo e maternidade são representados literariamente nos dois textos, bem como propor a tradução inédita desta última obra para a língua portuguesa. A análise se realizará com o aporte da crítica literária feminista buscando observar como essas questões se articulam nos textos das duas mulheres. No primeiro capítulo, traçamos um breve panorama da literatura de autoria feminina inglesa medieval, discorrendo sobre a literatura em inglês médio e apresentando as autoras em estudo. No segundo capítulo, analisamos como memória, corpo e maternidade se articulam como espaços do feminino nesses textos literários. No terceiro capítulo, discutimos a importância dos Estudos de Tradução para a Crítica Literária Feminista e para a realização da tradução do livro de Margery Kempe. No quarto e último capítulo, propomo-nos a traduzir a obra de Margery Kempe para o português através da tradução do texto do único manuscrito da obra presente na British Library (Add. MS 61823), cotejando-o com as versões modernas de Anthony Bale (2015), Barry Windeatt (2004) e com sua versão para o espanhol de Salustiano Moreta Velayos (2012). Acerca da fundamentação teórica, no tocante à questão da análise dos aspectos da memória, utilizamos os escritos de Jacques Le Goff (2003) e Michelle Perrot (2015). Sobre a representação do corpo e da maternidade de Jesus Cristo, faremos uso dos seguintes estudos: de Caroline Walker Bynum (1983); a pesquisa de Josué Soares Flores (2013); e os estudos de Liz Herbert McAvoy sobre autoridade e corpo feminino nos escritos de Juliana de Norwich e Margery Kempe (2004), além da obra A Companion to Julian of Norwich (2008) e do artigo de Lieve Troch (2013), “Mística Feminina na Idade Média: historiografia feminista e descolonização das paisagens medievais”, para compreendermos o lugar das místicas enquanto produtoras de textos literários. Trazemos ainda Nancy Bradley Warren (2007), acerca da inserção das duas autoras no cânone literário inglês; bem como o texto de Lélia Almeida (2004) sobre a constituição de uma linhagem literária de autoria feminina. A respeito da tradução da obra de Margery Kempe, teremos, como aporte teórico, os estudos acerca da tradução de Susan Bassnett (2005); Sherry Simon (2005); Louise Von Flotow (2013), além de Barboza e Castro (2017). Através da nossa pesquisa, pudemos considerar Juliana de Norwich e Margery Kempe transgressoras, ao romperem com papéis convencionados às mulheres de seu tempo. Seus escritos trazem o papel feminino numa nova perspectiva de protagonismo religioso, social e literário e destacamos o quanto esse processo de resgate e releitura pode ser renovador para os estudos da literatura, da cultura e da tradução. |
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No segundo capítulo, analisamos como memória, corpo e maternidade se articulam como espaços do feminino nesses textos literários. No terceiro capítulo, discutimos a importância dos Estudos de Tradução para a Crítica Literária Feminista e para a realização da tradução do livro de Margery Kempe. No quarto e último capítulo, propomo-nos a traduzir a obra de Margery Kempe para o português através da tradução do texto do único manuscrito da obra presente na British Library (Add. MS 61823), cotejando-o com as versões modernas de Anthony Bale (2015), Barry Windeatt (2004) e com sua versão para o espanhol de Salustiano Moreta Velayos (2012). Acerca da fundamentação teórica, no tocante à questão da análise dos aspectos da memória, utilizamos os escritos de Jacques Le Goff (2003) e Michelle Perrot (2015). 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A respeito da tradução da obra de Margery Kempe, teremos, como aporte teórico, os estudos acerca da tradução de Susan Bassnett (2005); Sherry Simon (2005); Louise Von Flotow (2013), além de Barboza e Castro (2017). Através da nossa pesquisa, pudemos considerar Juliana de Norwich e Margery Kempe transgressoras, ao romperem com papéis convencionados às mulheres de seu tempo. Seus escritos trazem o papel feminino numa nova perspectiva de protagonismo religioso, social e literário e destacamos o quanto esse processo de resgate e releitura pode ser renovador para os estudos da literatura, da cultura e da tradução.This thesis aims at the literary analysis of the works A Revelation of Love (c. 1395) by the English mystic Juliana of Norwich (c.1343 - c. 1416), in its long version, and The Book of Margery Kempe (c. 1438) by Margery Kempe (1373 - c. 1438), noting how concepts such as memory, body and motherhood are represented literarily in both texts, as well as proposing the unpublished translation of the latter work into Portuguese. The analysis will be carried out with the contribution of feminist literary criticism, seeking to observe how these issues are articulated in the texts of the two women. In the first chapter, we draw a brief overview of medieval English female authorship, discussing literature in Middle English and presenting the authors under study. In the second chapter, we had analyzed how memory, body and motherhood are articulated as feminine spaces in these literary texts. In the third chapter, we had discussed the importance of Translation Studies for Feminist Literary Criticism and for translating Margery Kempe's book. In the fourth and last chapter, we had proposed the translation into Portuguese of Margery Kempe’s work through the translation of the text of the only manuscript of the work present in the British Library (Add. MS 61823), comparing it with the modern versions of Anthony Bale (2015), Barry Windeatt (2004) and with its Spanish version by Salustiano Moreta Velayos (2012). Regarding the theoretical foundation, regarding the issue of analyzing aspects of memory, we had used the writings of Jacques Le Goff (2003) and Michelle Perrot (2015). On the representation of the body and motherhood of Jesus Christ, we will make use of the following studies: by Caroline Walker Bynum (1983); the research by Josué Soares Flores (2013); and Liz Herbert McAvoy's studies on authority and the female body in the writings of Juliana of Norwich and Margery Kempe (2004), in addition to the work A Companion to Julian of Norwich (2008) and the article by Lieve Troch (2013), “Mística Feminina na Idade Média: historiografia feminista e descolonização das paisagens medievais”, in order to understand the place of mystics as producers of literary texts. We had also used Nancy Bradley Warren’s text (2007) about the insertion of the two authors in the English literary canon; as well as the text by Lélia Almeida (2004) on the constitution of a literary lineage of female authorship. Regarding the translation of Margery Kempe's work, we had, as a theoretical contribution, the studies about the translation of Susan Bassnett (2005); Sherry Simon (2005); Louise Von Flotow (2013), as well as Barboza e Castro (2017). Through our research, we were able to consider Juliana de Norwich and Margery Kempe as transgressors, as they broke with conventional roles for women of their time. Her writings bring the female role in a new perspective of religious, social and literary protagonism and we highlight how much this process of rescue and rereading can be refreshing for the studies of literature, culture and translation.RESUMEN. Esta tesis tiene como objetivo el análisis literario de las obras Libro de Revelaciones (c. 1395), de la mística inglesa Juliana of Norwich (c. 1343 - c. 1416), en su versión larga, y El Libro de Margery Kempe (c.1438), de autoria de Margery Kempe (1373 - c. 1438), señalando cómo conceptos como memoria, cuerpo y maternidad son representados literariamente en ambos textos, además de proponer la traducción inédita de esta última obra al portugués. El análisis se realizará con el aporte de la crítica literaria feminista, buscando observar cómo estos temas se articulan en los textos de las dos mujeres. En el primer capítulo, dibujamos una breve descripción de la autoría femenina inglesa medieval, discutiendo la literatura en inglés medio y presentando a los autores bajo estudio. En el segundo capítulo, analizamos cómo la memoria, el cuerpo y la maternidad se articulan como espacios femeninos en estos textos literarios. En el tercer capítulo, discutimos la importancia de los estudios de traducción para la crítica literaria feminista y para traducir el libro de Margery Kempe. En el cuarto y último capítulo, proponemos traducir la obra de Margery Kempe al portugués a través de la traducción del texto del único manuscrito de la obra presente en la Biblioteca Británica (Add. MS 61823), comparándolo con las versiones modernas de Anthony Bale (2015), Barry Windeatt (2004) y con su versión en español de Salustiano Moreta Velayos (2012). En cuanto a la fundamentación teórica, sobre la cuestión de analizar aspectos de la memoria, se utilizaron los escritos de Jacques Le Goff (2003) y Michelle Perrot (2015). Sobre la representación del cuerpo y la maternidad de Jesucristo, nos serviremos de los siguientes estudios: de Caroline Walker Bynum (1983); la investigación de Josué Soares Flores (2013); y los estudios de Liz Herbert McAvoy sobre la autoridad y el cuerpo femenino en los escritos de Juliana of Norwich y Margery Kempe (2004), además del trabajo A Companion to Julian of Norwich (2008) y el artículo de Lieve Troch (2013), “Mística Feminina na Idade Média: historiografia feminista e descolonização das paisagens medievais”, para comprender el lugar de las místicas como productoras de textos literarios. Traemos también a Nancy Bradley Warren (2007), sobre la inserción de los dos autores en el canon literario inglés; así como el texto de Lélia Almeida (2004) sobre la constitución de un linaje literario de autoría femenina. En cuanto a la traducción de la obra de Margery Kempe, tendremos, como aporte teórico, los estudios sobre la traducción de Susan Bassnett (2005); Jerez Simón (2005); Louise Von Flotow (2013), así como Barboza e Castro (2017). A través de nuestra investigación pudimos considerar a Juliana de Norwich y Margery Kempe como transgresoras, ya que rompieron con los roles convencionales de las mujeres de su tiempo. Sus escritos traen el rol femenino en una nueva perspectiva de protagonismo religioso, social y literario y destacamos cuánto puede ser refrescante este proceso de rescate y relectura para los estudios de literatura, cultura y traducción.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2023-06-05T10:57:53Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) FernandaCardosoNunes_Tese.pdf: 2476238 bytes, checksum: f0cd81ffc5ddb458b17f47e52081f8a8 (MD5)Made available in DSpace on 2023-06-05T10:57:53Z (GMT). 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