Carcinoma espinocelular de dígito com invasão em coxim de cão: Relato de caso

• Autor(a) principal: Lêmos, Azarias da Silva
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25658
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA; Coxim podal; Neoplasia; Tumor cutâneo

Dentre as neoplasias que acometem os pequenos animais, o carcinoma espinocelular tem demostrado uma alta incidência, sendo assim considerada uma problemática no cotidiano dos médicos veterinários por se tratar de um tumor cutâneo de caráter maligno, que afeta comumente cães e gatos e cujas células alvos são os queratinócitos da epiderme. Diante da importância clínica desta patologia, objetivou-se nesse trabalho relatar um caso de carcinoma espinocelular em região anatômica incomum de um cão, atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal da Paraíba em Areia-PB. Ao exame clínico o animal apresentava, em região de coxim de membro torácico esquerdo, uma lesão nodular evidente de aproximadamente 1,5 x 0,5 cm, drenando secreção purulento-sanguinolenta, associado à claudicação do membro acometido e demonstrando grau III de dor. Foram realizados exames complementares como hemograma e bioquímico, radiografia e ultrassonografia para pesquisa de metástases, e citologia por punção aspirativa por agulha fina (PAAF) cujo resultado revelou-se inconclusivo, contudo o diagnóstico foi confirmado através do exame histopatológico. Como terapêutica, optou-se pela remoção cirúrgica do tumor com associação de eletroquimioterapia pós-cirúrgica, em virtude do seu grau de estadiamento e da área acometida não possibilitar a remoção de uma ampla margem de segurança de tecido sadio durante o procedimento de exérese. Foi realizado exame histopatológico da peça cirúrgica, no qual se constatou o diagnóstico definitivo de carcinoma espinocelular. Por questões pessoais da tutora, não foi possível a realização da eletroquimioterapia. Aproximadamente vinte dias pós-cirurgia o animal apresentou um novo crescimento de massa na mesma região e três meses após a primeira cirurgia o paciente foi submetido a um procedimento cirúrgico de amputação do membro acometido devido à evolução do tumor encontrar-se em um grau mais avançado, já havendo comprometimento ósseo. Este relato evidencia a importância no que concerne a escolha ideal de tratamento para esse tipo de afecção visto que ainda não há um tratamento padrão ouro pré-estabelecido, enfatizando dessa forma, que em alguns casos a associação da cirurgia com terapias adjuvantes pós cirúrgicas como a quimioterapia e a radioterapia, parecem ser essenciais para se evitar possíveis recidivas da patologia, contribuindo assim para um maior intervalo de tempo livre da doença. O carcinoma espinocelular é um tipo de neoplasia cujo prognóstico irá variar de acordo com o grau de estadiamento tumoral e sua localização.