Tétano em cadela após ovariohisterectomia eletiva: relato de caso

• Autor(a) principal: Cruz, Maria Helena Rodrigues da
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30600
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA; Clostridium tetani; Neurotoxina; Paralisia espástica

Tétano é uma enfermidade não contagiosa causada por toxinas produzidas por Clostridium tetani, uma bactéria anaeróbia gram-positiva, esporulada, encontrada abundantemente no solo. A infecção é rara em cães e gatos devido a uma resistência natural destas espécies à doença. Lesões penetrantes, infecções e procedimentos cirúrgicos compreendem as principais formas de transmissão da doença em animais. A enfermidade pode apresentar-se de forma generalizada ou localizada. O diagnóstico é estabelecido considerando o histórico, sinais clínicos e progressão do quadro. Objetivou-se relatar um caso de uma cadela, rottweiler, dois anos de idade, atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal da Paraíba com queixa de sinais neurológicos após 15 dias da realização de ovariohisterectomia (OH) em domicílio. Outros dois caninos da mesma propriedade, também submetidos à mesma cirurgia apresentaram sinais clínicos similares, porém de forma mais branda. Ao exame específico do sistema neurológico, observou-se decúbito lateral, hiperextensão de membros e pescoço, paralisia espástica, posição de cavalete, risus sardonicus e orelhas eretas. Ao exame de pele e anexos evidenciou-se aumento de volume na região de ferida cirúrgica de aspecto seco, consistência firme e temperatura local aumentada. Com base nos achados, o diagnóstico presuntivo de tétano generalizado foi instituído. O paciente foi submetido ao tratamento clínico com a associação de soro antitetânico, antibióticos, miorrelaxantes e analgésicos, cuidados de suporte e manejo de feridas. Além disso, houve necessidade de cirurgia corretiva da ferida, sessões de acupuntura e fisioterapia, os quais resultaram em uma resposta positiva aos protocolos terapêuticos adotados, possibilitando a evolução do quadro clínico à cura do paciente em dois meses de acompanhamento.