As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26388 |
Resumo: | A sociedade contemporânea tende a vivenciar e a perceber a relação entre a cultura e a natureza a partir de uma perspectiva dualista e paradoxal, mas um olhar mais aproximado nos revela nuances que escapam da visão dicotômica de mundo, especialmente quando observamos fenômenos de efervescência festiva. Assim, a presente pesquisa investiga estas possíveis nuances da relação cultura-natureza materializadas em duas festividades distintas — a Festa da Ouriçada da Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e a Fête de l’Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) — que apresentam grandes assimetrias entre si, mas que são consideradas expressões culturais consagradas à celebração do meio ambiente marinho, tendo o ouriço-do-mar como seu protagonista. A pesquisa baseia-se em um estudo etnográfico com uma perspectiva comparativa e uma pesquisa bibliográfica visando esmiuçar conceitos e abordagens interdisciplinares observados nas festividades em estudo. Estas festas, originadas em duas comunidades distintas, são histórica e tradicionalmente vinculadas à pesca artesanal e, aparentemente, oscilam, à sua maneira, no pêndulo dicotômico de suas próprias potencialidades e ameaças em relação à natureza, ora sendo um fator de preservação, ora de impacto ambiental. Ao cruzar as fronteiras física ou simbólicas, este estudo busca evidenciar a multiplicidade do mundo, as conexões interculturais e interdisciplinares no encontro, improvável, destas festividades consagradas à comensalidade. A presente pesquisa considera que as festividades são uma resposta, consciente ou inconsciente, ao impulso — tanto natural quanto social — inerente ao ser humano de forjar laços relacionais entre si e com o mundo ao seu redor, e que para isso a humanidade segue criando e recriando práticas e rituais como as duas festividades estudadas. Esta pesquisa concluiu que o ouriço-do-mar, enquanto objeto de admiração, se constutui como, praticamente, o único ponto em comum entre as duas festas, no entanto ele é o ponto cardeal para o estabalecimento do fenômeno de sociabilidade entre os comensais, dando, finalmente, as coordenadas para a concretização da relação entre a cultura e a natureza. É do ouriço-do-mar que radia — como radiam os espinhos de sua pele — as diversas possibilidades de encontros, bem como de onde saem os fios por onde fluem as vidas das Festas da Ouriçada. |
id |
UFPB-2_e12cb09f369964e5f0dee0dfa5605c5c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpb.br:123456789/26388 |
network_acronym_str |
UFPB-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPB |
repository_id_str |
|
spelling |
2023-03-07T13:10:27Z2022-06-202023-03-07T13:10:27Z2021-12-15https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26388A sociedade contemporânea tende a vivenciar e a perceber a relação entre a cultura e a natureza a partir de uma perspectiva dualista e paradoxal, mas um olhar mais aproximado nos revela nuances que escapam da visão dicotômica de mundo, especialmente quando observamos fenômenos de efervescência festiva. Assim, a presente pesquisa investiga estas possíveis nuances da relação cultura-natureza materializadas em duas festividades distintas — a Festa da Ouriçada da Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e a Fête de l’Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) — que apresentam grandes assimetrias entre si, mas que são consideradas expressões culturais consagradas à celebração do meio ambiente marinho, tendo o ouriço-do-mar como seu protagonista. A pesquisa baseia-se em um estudo etnográfico com uma perspectiva comparativa e uma pesquisa bibliográfica visando esmiuçar conceitos e abordagens interdisciplinares observados nas festividades em estudo. Estas festas, originadas em duas comunidades distintas, são histórica e tradicionalmente vinculadas à pesca artesanal e, aparentemente, oscilam, à sua maneira, no pêndulo dicotômico de suas próprias potencialidades e ameaças em relação à natureza, ora sendo um fator de preservação, ora de impacto ambiental. Ao cruzar as fronteiras física ou simbólicas, este estudo busca evidenciar a multiplicidade do mundo, as conexões interculturais e interdisciplinares no encontro, improvável, destas festividades consagradas à comensalidade. A presente pesquisa considera que as festividades são uma resposta, consciente ou inconsciente, ao impulso — tanto natural quanto social — inerente ao ser humano de forjar laços relacionais entre si e com o mundo ao seu redor, e que para isso a humanidade segue criando e recriando práticas e rituais como as duas festividades estudadas. Esta pesquisa concluiu que o ouriço-do-mar, enquanto objeto de admiração, se constutui como, praticamente, o único ponto em comum entre as duas festas, no entanto ele é o ponto cardeal para o estabalecimento do fenômeno de sociabilidade entre os comensais, dando, finalmente, as coordenadas para a concretização da relação entre a cultura e a natureza. É do ouriço-do-mar que radia — como radiam os espinhos de sua pele — as diversas possibilidades de encontros, bem como de onde saem os fios por onde fluem as vidas das Festas da Ouriçada.Contemporary society tends to experience and perceive the relationship between culture and nature through a dualistic and paradoxical perspective, but a deeper analysis reveals nuances that escape the dichotomous worldview, especially when we observe phenomena of festive effervescence. Thus, this research investigates these nuances of the culture-nature relationship materialized in two distinct festivities — the Sea Urchin Festivals in Suape Bay (Pernambuco, Brazil) and Carry-Le-Rouet (Bouches-Du-Rhône, France) — which present great asymmetries between them. These two festivities are considered cultural expressions devoted to the celebration of the marine environment and they have the sea urchin as its protagonist. The research is based on an ethnographic study with a comparative perspective and bibliographical research aiming to explore interdisciplinary concepts and approaches observed in these festivities. These festivities are originating in two distinct communities, but they are historical and traditionally linked to artisanal fishing. They oscillate, in their way, in the dichotomous pendulum of their potential and threats with nature, sometimes being a factor of preservation, sometimes of environmental impact. By crossing physical or symbolic borders, this study sought to highlight the multiplicity of the world, the intercultural and interdisciplinary connections in the unlikely encounter of these festivities dedicated to commensality. This research considers that festivities are a conscious or unconscious response to the impulse — both natural and social — inherent to human beings to forge relational ties between themselves and with the world around them, and to this end, humanity continues to create and recreating practices and rituals like these two festivities. This research concluded that, as an object of desire, the sea urchin is highlighted as the principal common point between these two festivals. However, sea urchin is the cardinal point to establish the phenomenon of sociability among commensals, showing the directions for the relationship between culture and nature. It is from the sea urchin that radiates — as radiates the thorns of its skin — the various possibilities of encounters, as well as radiates the threads through which the lives of the Sea Urchin Festivals flow.RÉSUMÉ. La société contemporaine a tendance à expérimenter et à percevoir la relation entre culture et nature dans une perspective dualiste et paradoxale, mais un examen plus attentif révèle des nuances qui échappent à la vision du monde dichotomique, surtout lorsque l'on observe des phénomènes d'effervescence festive. Ainsi, cette recherche explore ces nuances possibles de la relation culture-nature matérialisée dans deux festivités distinctes — la Fête de la Ouriçada à Baie de Suape (Pernambouc, Brésil) et la Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du- Rhône, France) — qui présentent de grandes asymétries entre elles, mais qui sont considérées comme des expressions culturelles consacrées à la célébration du milieu marin, où l'oursin de mer se présent comme protagoniste. La recherche s'appuie sur une étude ethnographique avec une perspective comparative et une recherche bibliographique visant à analyser les festivités à travers des concepts et par une approche interdisciplinaire. Ces festivités, originaires dans deux communautés différentes, sont historiquement et traditionnellement liées à la pêche artisanale et, apparemment, oscillent, à leur manière, dans le pendule dichotomique, étant tantôt facteur de préservation, tantôt facteur d’impact environnemental. En traversant les frontières physiques ou symboliques, cette étude a cherché à mettre en évidence la multiplicité du monde, les liens interculturels et interdisciplinaires dans la rencontre improbable de ces festivités dédiées à la commensalité. Cette recherche considère que les festivités sont une réponse consciente ou inconsciente à l'impulsion — à la fois naturelle et sociale — inhérente aux êtres humains à tisser des liens relationnels entre eux et avec le monde qui les entoure, et que pour cela l'humanité continue à créer et recréer des pratiques et des rituels comme les deux festivités étudiées. Cette recherche a conclu que l'oursin de mer, en tant qu'objet d'admiration, est constitué comme pratiquement le seul point commun des deux fêtes, cependant il est le point cardinal pour l'établissement du phénomène de sociabilité entre convives, donnant, enfin, les coordonnées pour la réalisation de la relation entre la culture et la nature. C'est d’oursin de la mer que rayonnent — comme rayonnent les épines de sa peau — les diverses possibilités de rencontres, ainsi que rayonnent les fils par lesquels coule les vies des Fêtes de l'Oursinade.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2023-02-28T11:25:13Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) JuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf: 8082032 bytes, checksum: 3535a2e6c3ba173657f9798167bfeea4 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD (bdtd@biblioteca.ufpb.br) on 2023-03-07T13:10:27Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) JuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf: 8082032 bytes, checksum: 3535a2e6c3ba173657f9798167bfeea4 (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-07T13:10:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) JuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf: 8082032 bytes, checksum: 3535a2e6c3ba173657f9798167bfeea4 (MD5) Previous issue date: 2021-12-15Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal da ParaíbaPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio AmbienteUFPBBrasilGerenciamento AmbientalAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAMeio ambienteFesta de ouriço-do-marRelação cultura e naturezaSociabilidade festivaComensalidadeEnvironmentSea urchin festivityCulture and nature relationshipFestive sociabilityCommensalityFête des oursins de merSociabilité festiveCommensalitéAs vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisKervran, David DumoulinLattes não recuperado em 28/02/2023Andrade, Maristela Oliveira dehttp://lattes.cnpq.br/720247143067892604187317481http://lattes.cnpq.br/0311302091137485Santos, Juana de Oliveirareponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTJuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf.txtJuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf.txtExtracted texttext/plain1002493https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/4/JuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf.txt59e1db2e34f39781b5a932afa9d669abMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/3/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52ORIGINALJuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdfJuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdfapplication/pdf8082032https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/1/JuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf3535a2e6c3ba173657f9798167bfeea4MD51123456789/263882023-05-22 09:32:43.66QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) |
title |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) |
spellingShingle |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) Santos, Juana de Oliveira CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA Meio ambiente Festa de ouriço-do-mar Relação cultura e natureza Sociabilidade festiva Comensalidade Environment Sea urchin festivity Culture and nature relationship Festive sociability Commensality Fête des oursins de mer Sociabilité festive Commensalité |
title_short |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) |
title_full |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) |
title_fullStr |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) |
title_full_unstemmed |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) |
title_sort |
As vidas possíveis das alianças entre os ouriços-do-mar e os seres humanos: Estudo comparativo da Festa da Ouriçada na Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e da Fête de l'Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) |
author |
Santos, Juana de Oliveira |
author_facet |
Santos, Juana de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Kervran, David Dumoulin |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
Lattes não recuperado em 28/02/2023 |
dc.contributor.advisor2.fl_str_mv |
Andrade, Maristela Oliveira de |
dc.contributor.advisor2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7202471430678926 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
04187317481 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0311302091137485 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Juana de Oliveira |
contributor_str_mv |
Kervran, David Dumoulin Andrade, Maristela Oliveira de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA Meio ambiente Festa de ouriço-do-mar Relação cultura e natureza Sociabilidade festiva Comensalidade Environment Sea urchin festivity Culture and nature relationship Festive sociability Commensality Fête des oursins de mer Sociabilité festive Commensalité |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Meio ambiente Festa de ouriço-do-mar Relação cultura e natureza Sociabilidade festiva Comensalidade Environment Sea urchin festivity Culture and nature relationship Festive sociability Commensality Fête des oursins de mer Sociabilité festive Commensalité |
description |
A sociedade contemporânea tende a vivenciar e a perceber a relação entre a cultura e a natureza a partir de uma perspectiva dualista e paradoxal, mas um olhar mais aproximado nos revela nuances que escapam da visão dicotômica de mundo, especialmente quando observamos fenômenos de efervescência festiva. Assim, a presente pesquisa investiga estas possíveis nuances da relação cultura-natureza materializadas em duas festividades distintas — a Festa da Ouriçada da Baía de Suape (Pernambuco, Brasil) e a Fête de l’Oursinade de Carry-le-Rouet (Bouches-du-Rhône, França) — que apresentam grandes assimetrias entre si, mas que são consideradas expressões culturais consagradas à celebração do meio ambiente marinho, tendo o ouriço-do-mar como seu protagonista. A pesquisa baseia-se em um estudo etnográfico com uma perspectiva comparativa e uma pesquisa bibliográfica visando esmiuçar conceitos e abordagens interdisciplinares observados nas festividades em estudo. Estas festas, originadas em duas comunidades distintas, são histórica e tradicionalmente vinculadas à pesca artesanal e, aparentemente, oscilam, à sua maneira, no pêndulo dicotômico de suas próprias potencialidades e ameaças em relação à natureza, ora sendo um fator de preservação, ora de impacto ambiental. Ao cruzar as fronteiras física ou simbólicas, este estudo busca evidenciar a multiplicidade do mundo, as conexões interculturais e interdisciplinares no encontro, improvável, destas festividades consagradas à comensalidade. A presente pesquisa considera que as festividades são uma resposta, consciente ou inconsciente, ao impulso — tanto natural quanto social — inerente ao ser humano de forjar laços relacionais entre si e com o mundo ao seu redor, e que para isso a humanidade segue criando e recriando práticas e rituais como as duas festividades estudadas. Esta pesquisa concluiu que o ouriço-do-mar, enquanto objeto de admiração, se constutui como, praticamente, o único ponto em comum entre as duas festas, no entanto ele é o ponto cardeal para o estabalecimento do fenômeno de sociabilidade entre os comensais, dando, finalmente, as coordenadas para a concretização da relação entre a cultura e a natureza. É do ouriço-do-mar que radia — como radiam os espinhos de sua pele — as diversas possibilidades de encontros, bem como de onde saem os fios por onde fluem as vidas das Festas da Ouriçada. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-12-15 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-06-20 2023-03-07T13:10:27Z |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-03-07T13:10:27Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26388 |
url |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26388 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPB |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Gerenciamento Ambiental |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPB instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB) instacron:UFPB |
instname_str |
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) |
instacron_str |
UFPB |
institution |
UFPB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPB |
collection |
Repositório Institucional da UFPB |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/4/JuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf.txt https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/3/license.txt https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/2/license_rdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26388/1/JuanaDeOliveiraSantos_Tese.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
59e1db2e34f39781b5a932afa9d669ab e20ac18e101915e6935b82a641b985c0 c4c98de35c20c53220c07884f4def27c 3535a2e6c3ba173657f9798167bfeea4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1777562284513558528 |