Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Wagner de Oliveira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25580
Resumo: Este estudo se propõe a analisar a construção de masculinidades produzidas pelos michês, que se valem de protótipos gestunis e discursivos para apresentar-se diante dos clientes (PERLONGHER, 1987) e as relações constituídas no espaço do Centro de Jollo Pessoa (PB) como lugares construídos por sentidos fluidos, os Nilo-Lugares (AUGE, 1994). Tomando por base a produção teórica que compreende o Gênero, enquanto categoria relacional, tratamos nesta dissertação do conceito de masculinidade, tomando como referência a conceituação de masculinidades hegemônicas e subalternas (CONNELL,1995; KIMMEL, 1998) e as formas de alimentação desta matriz no âmbito da sociedade. A discussão que permeia toda a dissertação é a da(s) masculinidade(s), seja a partir das discussões sobre identidade e papel social (CASTELLS, 2002), do gênero como categoria relacional (SCOTT, 1991), masculinidades hegemônicas e subalternas (KIMMEL, 1998) e à deriva pelos Não-Lugares (Augé, 1994). A masculinidade, vivenciada pelos michês, está associada à identidade de Nordestino (ALBUQUERQUE, 2003) e às "heranças" do modelo patriarcal vivenciado no Brasil colônia. Nosso campo de investigação deteve-se ao Centro de Jollo Pessoa (PB), onde foi realizada a pesquisa, pondo em prática a observação participante, voltada para oito michês e o agenciador. Os critérios de seleção dos informantes para a pesquisa foram os de que os mesmos deveriam realizar a prostituição masculina de rua e freqüentar o espaço do Centro, para onde convergem, de vários pontos da cidade, sujeitos em busca de interações homoeróticas. A masculinidade tem sido a forma principal com que os homens são socializados no mundo, desde a infância. A análise nos possibilitou confirmar que o esforço empreendido pelos michês é muito maior para manter o controle da masculinidade sobre os corpos, discursos e práticas do que a resistência ao desgaste físico deles no ato diário de "bater calçada", porque a masculinidade, para os michês, seria a razão de ser e estar no mundo.
id UFPB-2_e327b34b0e777b968b08fe7bb739f989
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpb.br:123456789/25580
network_acronym_str UFPB-2
network_name_str Repositório Institucional da UFPB
repository_id_str
spelling 2022-12-19T13:06:31Z2022-12-192022-12-19T13:06:31Z2006-06https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25580Este estudo se propõe a analisar a construção de masculinidades produzidas pelos michês, que se valem de protótipos gestunis e discursivos para apresentar-se diante dos clientes (PERLONGHER, 1987) e as relações constituídas no espaço do Centro de Jollo Pessoa (PB) como lugares construídos por sentidos fluidos, os Nilo-Lugares (AUGE, 1994). Tomando por base a produção teórica que compreende o Gênero, enquanto categoria relacional, tratamos nesta dissertação do conceito de masculinidade, tomando como referência a conceituação de masculinidades hegemônicas e subalternas (CONNELL,1995; KIMMEL, 1998) e as formas de alimentação desta matriz no âmbito da sociedade. A discussão que permeia toda a dissertação é a da(s) masculinidade(s), seja a partir das discussões sobre identidade e papel social (CASTELLS, 2002), do gênero como categoria relacional (SCOTT, 1991), masculinidades hegemônicas e subalternas (KIMMEL, 1998) e à deriva pelos Não-Lugares (Augé, 1994). A masculinidade, vivenciada pelos michês, está associada à identidade de Nordestino (ALBUQUERQUE, 2003) e às "heranças" do modelo patriarcal vivenciado no Brasil colônia. Nosso campo de investigação deteve-se ao Centro de Jollo Pessoa (PB), onde foi realizada a pesquisa, pondo em prática a observação participante, voltada para oito michês e o agenciador. Os critérios de seleção dos informantes para a pesquisa foram os de que os mesmos deveriam realizar a prostituição masculina de rua e freqüentar o espaço do Centro, para onde convergem, de vários pontos da cidade, sujeitos em busca de interações homoeróticas. A masculinidade tem sido a forma principal com que os homens são socializados no mundo, desde a infância. A análise nos possibilitou confirmar que o esforço empreendido pelos michês é muito maior para manter o controle da masculinidade sobre os corpos, discursos e práticas do que a resistência ao desgaste físico deles no ato diário de "bater calçada", porque a masculinidade, para os michês, seria a razão de ser e estar no mundo.This study proposes to analyze the construction of masculinities produced from michés who valid their gestural and discursive archetypes to present themselves for clients (PERLONGHER, 1987) in addition to constructed relationships in João Pessoa (PB) downtown space as fluid senses for builded-up places, the No-places (AUGE, 1994). Taking as a basis theoretical production comprehended as Gender, whereas relational categories, we discussed in this study the concept of masculinity taking as a reference the subordinate and hegemonic masculinity concept (CONNELL, 1995; KIMMEL, 1998) as well as this matrix feeding ways into society scope. The discussion larded throughout this study is about masculinity(ies). On one hand discussions about identity and ways of social interaction (CASTELLS, 2002), gender as relational category (SCOTT, 1991), subordinate and hegemonic masculinities (CONNELL 1995; KIMMEL, 1998). On the other hand No-places (AUGĖ, 1994). The masculinity lived among michês is associated to the Northeast man identity (ALBUQUERQUE, 2003) and also the patriarchal model "inheritance" lived since Brazil-Colony. Our investigation camp focused on Jollo Pessoa downtown, which the research took place practicing the participant observation, conduced towards eight michés and their agent. The informants selection criteria for the research were they had to practice male street prostitution in addition to visit downtown place often, to which lots of them converge from different parts of the city looking for homoerotic interactions. The masculinity has been the mainly way men are socialized in the world, since childhood. The analysis allowed us to confirm that michés effort is higher to keep the masculinity control over the bodies, discourses and practices than physical their effort resistance of doing daily trottoir, after all, masculinities for michés would be the reason to be in the world.Submitted by Marília Cosmos (marilia@biblioteca.ufpb.br) on 2022-12-19T13:06:31Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) WagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf: 8076207 bytes, checksum: 59ed1e48ef9ec5ce2c6496e51e227ec2 (MD5)Made available in DSpace on 2022-12-19T13:06:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) WagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf: 8076207 bytes, checksum: 59ed1e48ef9ec5ce2c6496e51e227ec2 (MD5) Previous issue date: 2006-06porUniversidade Federal da ParaíbaPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFPBBrasilSociologiaAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIAMasculinidadesHomossexuaisGêneroProstituição masculinaMasculinitiesHomosexualityGenderMasculine prostitutionDesejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisLeón, Adriano Azevedo Gomes de65293916491http://lattes.cnpq.br/794611160299668388529312449http://lattes.cnpq.br/7717681597372583Lima, Wagner de Oliveirareponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTWagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf.txtWagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf.txtExtracted texttext/plain117https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/4/WagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf.txt0b7302023183ddc4669c83eddf6f1e27MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/3/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52ORIGINALWagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdfWagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdfapplication/pdf8076207https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/1/WagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf59ed1e48ef9ec5ce2c6496e51e227ec2MD51123456789/255802022-12-20 03:04:45.772QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
title Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
spellingShingle Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
Lima, Wagner de Oliveira
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
Masculinidades
Homossexuais
Gênero
Prostituição masculina
Masculinities
Homosexuality
Gender
Masculine prostitution
title_short Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
title_full Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
title_fullStr Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
title_full_unstemmed Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
title_sort Desejos à deriva: os michês e a construção de masculinidades no Centro de João Pessoa
author Lima, Wagner de Oliveira
author_facet Lima, Wagner de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv León, Adriano Azevedo Gomes de
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 65293916491
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7946111602996683
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 88529312449
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7717681597372583
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima, Wagner de Oliveira
contributor_str_mv León, Adriano Azevedo Gomes de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
Masculinidades
Homossexuais
Gênero
Prostituição masculina
Masculinities
Homosexuality
Gender
Masculine prostitution
dc.subject.por.fl_str_mv Masculinidades
Homossexuais
Gênero
Prostituição masculina
Masculinities
Homosexuality
Gender
Masculine prostitution
description Este estudo se propõe a analisar a construção de masculinidades produzidas pelos michês, que se valem de protótipos gestunis e discursivos para apresentar-se diante dos clientes (PERLONGHER, 1987) e as relações constituídas no espaço do Centro de Jollo Pessoa (PB) como lugares construídos por sentidos fluidos, os Nilo-Lugares (AUGE, 1994). Tomando por base a produção teórica que compreende o Gênero, enquanto categoria relacional, tratamos nesta dissertação do conceito de masculinidade, tomando como referência a conceituação de masculinidades hegemônicas e subalternas (CONNELL,1995; KIMMEL, 1998) e as formas de alimentação desta matriz no âmbito da sociedade. A discussão que permeia toda a dissertação é a da(s) masculinidade(s), seja a partir das discussões sobre identidade e papel social (CASTELLS, 2002), do gênero como categoria relacional (SCOTT, 1991), masculinidades hegemônicas e subalternas (KIMMEL, 1998) e à deriva pelos Não-Lugares (Augé, 1994). A masculinidade, vivenciada pelos michês, está associada à identidade de Nordestino (ALBUQUERQUE, 2003) e às "heranças" do modelo patriarcal vivenciado no Brasil colônia. Nosso campo de investigação deteve-se ao Centro de Jollo Pessoa (PB), onde foi realizada a pesquisa, pondo em prática a observação participante, voltada para oito michês e o agenciador. Os critérios de seleção dos informantes para a pesquisa foram os de que os mesmos deveriam realizar a prostituição masculina de rua e freqüentar o espaço do Centro, para onde convergem, de vários pontos da cidade, sujeitos em busca de interações homoeróticas. A masculinidade tem sido a forma principal com que os homens são socializados no mundo, desde a infância. A análise nos possibilitou confirmar que o esforço empreendido pelos michês é muito maior para manter o controle da masculinidade sobre os corpos, discursos e práticas do que a resistência ao desgaste físico deles no ato diário de "bater calçada", porque a masculinidade, para os michês, seria a razão de ser e estar no mundo.
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-12-19T13:06:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-12-19
2022-12-19T13:06:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25580
url https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25580
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Sociologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPB
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Sociologia
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPB
instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron:UFPB
instname_str Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron_str UFPB
institution UFPB
reponame_str Repositório Institucional da UFPB
collection Repositório Institucional da UFPB
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/4/WagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/3/license.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/2/license_rdf
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25580/1/WagnerDeOliveiraLima_Dissert.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 0b7302023183ddc4669c83eddf6f1e27
e20ac18e101915e6935b82a641b985c0
c4c98de35c20c53220c07884f4def27c
59ed1e48ef9ec5ce2c6496e51e227ec2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777562275094200320