A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Gênero & Direito |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/25963 |
Resumo: | O presente artigo tem como escopo a problematização do impacto da biopolítica contemporânea especificamente sobre a vida e sobre os corpos das mulheres, partindo da premissa que há uma diferenciação fulcral no modo como a biopolítica opera a partir das distinções de gênero. Isto é, há intervenções e políticas diferenciadas para homens e mulheres que interferem na construção dos papeis sociais erigidos na sociedade. Para tanto, utiliza-se as contribuições de Michel Foucault e Giorgio Agamben acerca da biopolítica, tentando travar um diálogo com as duas concepções. Estabelece-se tal relação pela compreensão que ambas fornecem instrumentais teóricos importantes para o entendimento do impacto da biopolítica às mulheres, sob vertentes distintas, porém complementares, tanto partindo do poder disciplinar e normalizador quanto do poder soberano, sob o qual emerge os discursos e regulamentações jurídicas. Após a caracterização teórica acerca da biopolítica, pretende-se compreender duas concepções da categoria “gênero”, a partir de Joan Scott e Judith Butler, a fim de pautar a existência de uma normalização e amoldamento dos corpos femininos com base em interesses políticos e econômicos globais e intervenções do poder soberano mediante políticas e regulamentos que reafirmam os lugares e espaços definidos como de homens e mulheres. Este ponto relaciona-se com o subsequente a partir da problematização da excessiva medicalização da vida feminina como forma de controle. O último ponto procura imbricar o debate do Estado, direito, controle e os mecanismos jurídicos de normalização das mulheres a partir de exemplos paradigmáticos da regulamentação jurídica ou de políticas públicas voltadas à vida e aos corpos femininos, buscando desvelar o discurso aparente sobre tais intervenções e o papel dos movimentos feministas ao olhar para tal panorama. |
id |
UFPB-7_232a385406b03d3f916ae05ba90bb3bb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.ufpb.br:article/25963 |
network_acronym_str |
UFPB-7 |
network_name_str |
Revista Gênero & Direito |
repository_id_str |
|
spelling |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRObiopolíticamulheresvidagênerodireito.O presente artigo tem como escopo a problematização do impacto da biopolítica contemporânea especificamente sobre a vida e sobre os corpos das mulheres, partindo da premissa que há uma diferenciação fulcral no modo como a biopolítica opera a partir das distinções de gênero. Isto é, há intervenções e políticas diferenciadas para homens e mulheres que interferem na construção dos papeis sociais erigidos na sociedade. Para tanto, utiliza-se as contribuições de Michel Foucault e Giorgio Agamben acerca da biopolítica, tentando travar um diálogo com as duas concepções. Estabelece-se tal relação pela compreensão que ambas fornecem instrumentais teóricos importantes para o entendimento do impacto da biopolítica às mulheres, sob vertentes distintas, porém complementares, tanto partindo do poder disciplinar e normalizador quanto do poder soberano, sob o qual emerge os discursos e regulamentações jurídicas. Após a caracterização teórica acerca da biopolítica, pretende-se compreender duas concepções da categoria “gênero”, a partir de Joan Scott e Judith Butler, a fim de pautar a existência de uma normalização e amoldamento dos corpos femininos com base em interesses políticos e econômicos globais e intervenções do poder soberano mediante políticas e regulamentos que reafirmam os lugares e espaços definidos como de homens e mulheres. Este ponto relaciona-se com o subsequente a partir da problematização da excessiva medicalização da vida feminina como forma de controle. O último ponto procura imbricar o debate do Estado, direito, controle e os mecanismos jurídicos de normalização das mulheres a partir de exemplos paradigmáticos da regulamentação jurídica ou de políticas públicas voltadas à vida e aos corpos femininos, buscando desvelar o discurso aparente sobre tais intervenções e o papel dos movimentos feministas ao olhar para tal panorama.UFPB2015-12-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/25963Gênero & Direito; v. 4 n. 3 (2015)2179-71372177-0409reponame:Revista Gênero & Direitoinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBporhttps://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/25963/14450Copyright (c) 2015 Revista Gênero & Direitoinfo:eu-repo/semantics/openAccessBittencourt, Naiara Andreoli2019-10-25T15:12:56Zoai:periodicos.ufpb.br:article/25963Revistahttps://periodicos.ufpb.br/index.php/gedPUBhttps://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/oaiperiodicos.ufpb@gmail.com || revistageneroedireito@gmail.com2179-71372177-0409opendoar:2019-10-25T15:12:56Revista Gênero & Direito - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO |
title |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO |
spellingShingle |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO Bittencourt, Naiara Andreoli biopolítica mulheres vida gênero direito. |
title_short |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO |
title_full |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO |
title_fullStr |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO |
title_full_unstemmed |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO |
title_sort |
A BIOPOLÍTICA SOBRE A VIDA DAS MULHERES E O CONTROLE JURÍDICO BRASILEIRO |
author |
Bittencourt, Naiara Andreoli |
author_facet |
Bittencourt, Naiara Andreoli |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bittencourt, Naiara Andreoli |
dc.subject.por.fl_str_mv |
biopolítica mulheres vida gênero direito. |
topic |
biopolítica mulheres vida gênero direito. |
description |
O presente artigo tem como escopo a problematização do impacto da biopolítica contemporânea especificamente sobre a vida e sobre os corpos das mulheres, partindo da premissa que há uma diferenciação fulcral no modo como a biopolítica opera a partir das distinções de gênero. Isto é, há intervenções e políticas diferenciadas para homens e mulheres que interferem na construção dos papeis sociais erigidos na sociedade. Para tanto, utiliza-se as contribuições de Michel Foucault e Giorgio Agamben acerca da biopolítica, tentando travar um diálogo com as duas concepções. Estabelece-se tal relação pela compreensão que ambas fornecem instrumentais teóricos importantes para o entendimento do impacto da biopolítica às mulheres, sob vertentes distintas, porém complementares, tanto partindo do poder disciplinar e normalizador quanto do poder soberano, sob o qual emerge os discursos e regulamentações jurídicas. Após a caracterização teórica acerca da biopolítica, pretende-se compreender duas concepções da categoria “gênero”, a partir de Joan Scott e Judith Butler, a fim de pautar a existência de uma normalização e amoldamento dos corpos femininos com base em interesses políticos e econômicos globais e intervenções do poder soberano mediante políticas e regulamentos que reafirmam os lugares e espaços definidos como de homens e mulheres. Este ponto relaciona-se com o subsequente a partir da problematização da excessiva medicalização da vida feminina como forma de controle. O último ponto procura imbricar o debate do Estado, direito, controle e os mecanismos jurídicos de normalização das mulheres a partir de exemplos paradigmáticos da regulamentação jurídica ou de políticas públicas voltadas à vida e aos corpos femininos, buscando desvelar o discurso aparente sobre tais intervenções e o papel dos movimentos feministas ao olhar para tal panorama. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-12-23 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/25963 |
url |
https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/25963 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/25963/14450 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2015 Revista Gênero & Direito info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2015 Revista Gênero & Direito |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UFPB |
publisher.none.fl_str_mv |
UFPB |
dc.source.none.fl_str_mv |
Gênero & Direito; v. 4 n. 3 (2015) 2179-7137 2177-0409 reponame:Revista Gênero & Direito instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB) instacron:UFPB |
instname_str |
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) |
instacron_str |
UFPB |
institution |
UFPB |
reponame_str |
Revista Gênero & Direito |
collection |
Revista Gênero & Direito |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Gênero & Direito - Universidade Federal da Paraíba (UFPB) |
repository.mail.fl_str_mv |
periodicos.ufpb@gmail.com || revistageneroedireito@gmail.com |
_version_ |
1799755999253364736 |