Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Teoria e Prática em Administração |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/article/view/16032 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano, através da descrição da sua origem; do mapeamento dos agentes produtivos e institucionais envolvidos, e respectivas ações; da explicitação da estrutura, baseada em variáveis relacionadas às economias externas e economias internas; e da identificação do seu atual estágio de evolução. Para tanto, foram apresentadas definições para Arranjos Organizacionais, no contexto das relações interorganizacionais de cooperação; as tipologias de Arranjos; e Modelos de caracterização estrutural de APLs, enfatizando o Modelo conceitual de evolução dos APLs de Machado (2003). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, documental, bibliográfica, sob a forma de estudo de caso, que utilizou como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturado aplicado a seis diretores-presidentes de Cooperativas de mineração da região do Seridó, complementado com a observação não participativa. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo do tipo categorial, sob um procedimento fechado, e da análise documental. Os resultados indicaram que o APL teve origem nas ações do Governo do Estado da Paraíba, o qual avaliando a potencialidade da mineração local promoveu a sua formação e estruturação. Os agentes produtivos são compostos pelas Cooperativas constituídas, e os agentes institucionais são formados por órgãos do Governo Estadual, SEBRAE-PB e Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; e Minas e Energia. A explicitação da estrutura do APL mostrou que as condições locais favoreceram a concentração da atividade produtiva na região; a inserção de tecnologias na extração e no beneficiamento vem aumentando a produtividade, tendendo a gerar economias de escala; há transbordamentos de tecnologias, conhecimentos e informações (spillovers); as condições de demanda têm atuado como impulsionadoras de mudanças e desenvolvimento; o capital social é participativo e tem como fonte as Cooperativas; os Governos atuam como facilitadores de desenvolvimento do APL; a descrença nas relações de cooperação dificulta a confiança; a mão de obra qualificada tem dado suporte técnico à atividade; a estruturação do APL não atraiu empresas subsidiárias; os principais diferenciais competitivos são a qualidade e a quantidade dos minerais da região; e predomina a cooperação horizontal, com ocorrência incipiente da cooperação vertical. Assim, com base no Modelo conceitual de evolução dos APLs de Machado (2003), verificou-se que o APL está em transição da fase embrionária para a fase de crescimento, por apresentar características de ambas as fases. |
id |
UFPB-8_4e08f089c8b1d121ca5ceea3a0d1354b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.ufpb.br:article/16032 |
network_acronym_str |
UFPB-8 |
network_name_str |
Teoria e Prática em Administração |
repository_id_str |
|
spelling |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó ParaibanoO objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano, através da descrição da sua origem; do mapeamento dos agentes produtivos e institucionais envolvidos, e respectivas ações; da explicitação da estrutura, baseada em variáveis relacionadas às economias externas e economias internas; e da identificação do seu atual estágio de evolução. Para tanto, foram apresentadas definições para Arranjos Organizacionais, no contexto das relações interorganizacionais de cooperação; as tipologias de Arranjos; e Modelos de caracterização estrutural de APLs, enfatizando o Modelo conceitual de evolução dos APLs de Machado (2003). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, documental, bibliográfica, sob a forma de estudo de caso, que utilizou como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturado aplicado a seis diretores-presidentes de Cooperativas de mineração da região do Seridó, complementado com a observação não participativa. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo do tipo categorial, sob um procedimento fechado, e da análise documental. Os resultados indicaram que o APL teve origem nas ações do Governo do Estado da Paraíba, o qual avaliando a potencialidade da mineração local promoveu a sua formação e estruturação. Os agentes produtivos são compostos pelas Cooperativas constituídas, e os agentes institucionais são formados por órgãos do Governo Estadual, SEBRAE-PB e Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; e Minas e Energia. A explicitação da estrutura do APL mostrou que as condições locais favoreceram a concentração da atividade produtiva na região; a inserção de tecnologias na extração e no beneficiamento vem aumentando a produtividade, tendendo a gerar economias de escala; há transbordamentos de tecnologias, conhecimentos e informações (spillovers); as condições de demanda têm atuado como impulsionadoras de mudanças e desenvolvimento; o capital social é participativo e tem como fonte as Cooperativas; os Governos atuam como facilitadores de desenvolvimento do APL; a descrença nas relações de cooperação dificulta a confiança; a mão de obra qualificada tem dado suporte técnico à atividade; a estruturação do APL não atraiu empresas subsidiárias; os principais diferenciais competitivos são a qualidade e a quantidade dos minerais da região; e predomina a cooperação horizontal, com ocorrência incipiente da cooperação vertical. Assim, com base no Modelo conceitual de evolução dos APLs de Machado (2003), verificou-se que o APL está em transição da fase embrionária para a fase de crescimento, por apresentar características de ambas as fases.Universidade Federal da Paraíba2015-01-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/article/view/1603210.21714/2238-104X2014v4i2-16032Theory and Practice in Administration - TPA; Vol. 4 No. 2 (2014): Jul/Dez; 269-270Teoria e Prática em Administração; v. 4 n. 2 (2014): Jul/Dez; 269-2702238-104Xreponame:Teoria e Prática em Administraçãoinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBporhttps://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/article/view/16032/12591Gonçalves, Anderson Tiago Peixotoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-24T13:58:46Zoai:periodicos.ufpb.br:article/16032Revistahttps://periodicos.ufpb.br/index.php/tpaPUBhttps://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/oaipjacome@sti.ufpb.br || tpa@ccsa.ufpb.br || marcelodesouzabispo@gmail.com || periodicos.ufpb@gmail.com2238-104X2238-104Xopendoar:2020-08-24T13:58:46Teoria e Prática em Administração - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano |
title |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano |
spellingShingle |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano Gonçalves, Anderson Tiago Peixoto |
title_short |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano |
title_full |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano |
title_fullStr |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano |
title_full_unstemmed |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano |
title_sort |
Análise da Estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano |
author |
Gonçalves, Anderson Tiago Peixoto |
author_facet |
Gonçalves, Anderson Tiago Peixoto |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gonçalves, Anderson Tiago Peixoto |
description |
O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura do Arranjo Produtivo Local de Pegmatitos e Quartzitos da Microrregião do Seridó Paraibano, através da descrição da sua origem; do mapeamento dos agentes produtivos e institucionais envolvidos, e respectivas ações; da explicitação da estrutura, baseada em variáveis relacionadas às economias externas e economias internas; e da identificação do seu atual estágio de evolução. Para tanto, foram apresentadas definições para Arranjos Organizacionais, no contexto das relações interorganizacionais de cooperação; as tipologias de Arranjos; e Modelos de caracterização estrutural de APLs, enfatizando o Modelo conceitual de evolução dos APLs de Machado (2003). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, documental, bibliográfica, sob a forma de estudo de caso, que utilizou como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturado aplicado a seis diretores-presidentes de Cooperativas de mineração da região do Seridó, complementado com a observação não participativa. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo do tipo categorial, sob um procedimento fechado, e da análise documental. Os resultados indicaram que o APL teve origem nas ações do Governo do Estado da Paraíba, o qual avaliando a potencialidade da mineração local promoveu a sua formação e estruturação. Os agentes produtivos são compostos pelas Cooperativas constituídas, e os agentes institucionais são formados por órgãos do Governo Estadual, SEBRAE-PB e Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; e Minas e Energia. A explicitação da estrutura do APL mostrou que as condições locais favoreceram a concentração da atividade produtiva na região; a inserção de tecnologias na extração e no beneficiamento vem aumentando a produtividade, tendendo a gerar economias de escala; há transbordamentos de tecnologias, conhecimentos e informações (spillovers); as condições de demanda têm atuado como impulsionadoras de mudanças e desenvolvimento; o capital social é participativo e tem como fonte as Cooperativas; os Governos atuam como facilitadores de desenvolvimento do APL; a descrença nas relações de cooperação dificulta a confiança; a mão de obra qualificada tem dado suporte técnico à atividade; a estruturação do APL não atraiu empresas subsidiárias; os principais diferenciais competitivos são a qualidade e a quantidade dos minerais da região; e predomina a cooperação horizontal, com ocorrência incipiente da cooperação vertical. Assim, com base no Modelo conceitual de evolução dos APLs de Machado (2003), verificou-se que o APL está em transição da fase embrionária para a fase de crescimento, por apresentar características de ambas as fases. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-01-21 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/article/view/16032 10.21714/2238-104X2014v4i2-16032 |
url |
https://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/article/view/16032 |
identifier_str_mv |
10.21714/2238-104X2014v4i2-16032 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/article/view/16032/12591 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
dc.source.none.fl_str_mv |
Theory and Practice in Administration - TPA; Vol. 4 No. 2 (2014): Jul/Dez; 269-270 Teoria e Prática em Administração; v. 4 n. 2 (2014): Jul/Dez; 269-270 2238-104X reponame:Teoria e Prática em Administração instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB) instacron:UFPB |
instname_str |
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) |
instacron_str |
UFPB |
institution |
UFPB |
reponame_str |
Teoria e Prática em Administração |
collection |
Teoria e Prática em Administração |
repository.name.fl_str_mv |
Teoria e Prática em Administração - Universidade Federal da Paraíba (UFPB) |
repository.mail.fl_str_mv |
pjacome@sti.ufpb.br || tpa@ccsa.ufpb.br || marcelodesouzabispo@gmail.com || periodicos.ufpb@gmail.com |
_version_ |
1799712000902692864 |