Escrita de si, gênero e suas intersecções nas crônicas “jornalisticamente incorretas” de Marilene Felinto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/20246 |
Resumo: | This research work aims to develop a critical review of the genre ‘chronicle’, observing its proximity (or intimacy) with self-writing and women writing. We take the production of the contemporary writer Marilene Felinto, focusing the chronicles she published at Folha de São Paulo between 1995 and 1999, presented in the book entitled Jornalisticamente incorreto (2000). First, we present a feminist critical view on the construction of the genre chronicle as a literary genre (LIMA, 1986, 1992, 2003; MOISÉS, 1979; OCAÑA, 2008). We problematize the marginalizing of this genre in relation to other traditionally canonized ones, observing how the relation between history and women’s writing has been established along the centuries. Taking into account concepts discussed by feminist literary criticism, especially those resulting from an uncomfortable sensation of ‘author exclusion’ and proposing a re-vision of literary history (RICH, 1971; KOLODNY, 1979; SCHMIDT; 2017; DUARTE, 1995; MOREIRA, 2003, 2005, 2015). We emphasize some women writers who also wrote on this genre, mainly some Brazilian journalists from the past. After that, we discuss ‘autobiographic literature’ (ROCHA, 1977), so to better understand the hybridity of the genre, showing some exchanges it establishes with other forms of self-writing (FOUCAULT, 1992), while observing to what extend women writers were able to find a space in chronicles to elaborate their subjectivities, to denounce inequalities and resist imposed silencing (RÉGNIER-BORLER, 1994; RAMOS, 2008; KAPLAN, 1997; RAGO, 2011, 2013; FIGUEIREDO, 2013, GARRETAS, 1990). Finally, we take some important theoretical foundations of black feminism to support the reading of Felinto’s writing (CARNEIRO, 2000, 2003; GONZALEZ, 1984; hooks, 2017, 2018). In this sense, we reflect deeply on the intersections of gender with other categories related to the discussion of unequal power relations such as class and race as a way to analyze some of Marilene Felinto’s texts through the lenses of identity, problematizing the writing of this Afro-Brazilian woman from Pernambuco State. |
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Escrita de si, gênero e suas intersecções nas crônicas “jornalisticamente incorretas” de Marilene FelintoCrônicaFormação de leitoresEscrita de siEstudos de GêneroMarilene FelintoChronicleReaders trainingSelf-writingGender StudiesCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASThis research work aims to develop a critical review of the genre ‘chronicle’, observing its proximity (or intimacy) with self-writing and women writing. We take the production of the contemporary writer Marilene Felinto, focusing the chronicles she published at Folha de São Paulo between 1995 and 1999, presented in the book entitled Jornalisticamente incorreto (2000). First, we present a feminist critical view on the construction of the genre chronicle as a literary genre (LIMA, 1986, 1992, 2003; MOISÉS, 1979; OCAÑA, 2008). We problematize the marginalizing of this genre in relation to other traditionally canonized ones, observing how the relation between history and women’s writing has been established along the centuries. Taking into account concepts discussed by feminist literary criticism, especially those resulting from an uncomfortable sensation of ‘author exclusion’ and proposing a re-vision of literary history (RICH, 1971; KOLODNY, 1979; SCHMIDT; 2017; DUARTE, 1995; MOREIRA, 2003, 2005, 2015). We emphasize some women writers who also wrote on this genre, mainly some Brazilian journalists from the past. After that, we discuss ‘autobiographic literature’ (ROCHA, 1977), so to better understand the hybridity of the genre, showing some exchanges it establishes with other forms of self-writing (FOUCAULT, 1992), while observing to what extend women writers were able to find a space in chronicles to elaborate their subjectivities, to denounce inequalities and resist imposed silencing (RÉGNIER-BORLER, 1994; RAMOS, 2008; KAPLAN, 1997; RAGO, 2011, 2013; FIGUEIREDO, 2013, GARRETAS, 1990). Finally, we take some important theoretical foundations of black feminism to support the reading of Felinto’s writing (CARNEIRO, 2000, 2003; GONZALEZ, 1984; hooks, 2017, 2018). In this sense, we reflect deeply on the intersections of gender with other categories related to the discussion of unequal power relations such as class and race as a way to analyze some of Marilene Felinto’s texts through the lenses of identity, problematizing the writing of this Afro-Brazilian woman from Pernambuco State.NenhumaEste trabalho tem como objetivo realizar um estudo acerca da crônica e de sua aproximação com os gêneros de escrita de si e com a escrita das mulheres, tomando como ponto de partida a produção da escritora contemporânea Marilene Felinto para o jornal Folha de S. Paulo entre os anos de 1995 e 1999, reunidas no livro Jornalisticamente incorreto (2000). Inicialmente, lançamos um olhar crítico feminista para a origem e desenvolvimento da crônica como gênero literário (LIMA, 1986, 1992, 2003; MOISÉS, 1979; OCAÑA, 2008), buscando problematizar sua marginalização em relação aos gêneros canônicos e observar como se deu a sua relação com a história e a escrita das mulheres ao longo dos tempos. Valendo-nos dos pressupostos da Crítica Literária Feminista, em especial, aqueles que resultaram da incômoda sensação de “exclusão de autoria” e que propõem uma “re-visão” da história da literatura (RICH, 1971; KOLODNY, 1979; SCHMIDT; 2017; DUARTE, 1995; MOREIRA, 2003, 2005, 2015), procuramos dar ênfase a algumas escritoras que se utilizaram do gênero nesse percurso, como as precursoras no jornalismo brasileiro. Em seguida, realizamos um estudo acerca da “literatura autobiográfica” (ROCHA, 1977), a fim de compreender o hibridismo da crônica com outras formas de “escrita de si” (FOUCAULT, 1992), observando em que medida as mulheres escritoras encontram nestes discursos um espaço para elaborar suas subjetividades, denunciar desigualdades e resistir ao silenciamento (RÉGNIER-BORLER, 1994; RAMOS, 2008; KAPLAN, 1997; RAGO, 2011, 2013; FIGUEIREDO, 2013, GARRETAS, 1990). Por fim, fundamentando-nos, especialmente, nos pressupostos teóricos do feminismo negro (CARNEIRO, 2000, 2003; GONZALEZ, 1984; hooks, 2017; 2018), aprofundamos a reflexão sobre a intersecção de gênero com outras categorias que envolvem relações desiguais de poder, como classe e raça, como forma de discutir as crônicas do livro em foco de Marilene Felinto, considerando as questões identitárias dessa cronista pernambucana e afrodescendente.Universidade Federal da ParaíbaBrasilLetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFPBSchneider, Lianehttp://lattes.cnpq.br/9622374398712500Sousa, Maria Aparecida Saraiva Magalhães de2021-06-29T14:32:34Z2021-02-012021-06-29T14:32:34Z2020-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/20246porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPB2022-08-10T11:50:47Zoai:repositorio.ufpb.br:123456789/20246Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://repositorio.ufpb.br/PUBhttp://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/oai/requestdiretoria@ufpb.br|| diretoria@ufpb.bropendoar:2022-08-10T11:50:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)false |
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