O positivismo culturalista da escola do Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adeodato, João Maurício
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Universitários (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufpe.br/revistas/estudosuniversitarios/article/view/255968
Resumo: O pensamento brasileiro tem sido negligenciado pelos juristas. A filosofia, entre vários outros papéis, também tem por função consolidar a identidade de uma cultura. E pode-se dizer que, hoje, o Brasil já tem um passado jusfilosófico. Este trabalho tem por objetivo introduzir o leitor, interessado na história das ideias jurídicas no Brasil, no movimento intelectual iniciado no século XIX na Faculdade de Direito do Recife - por isso chamado “Escola do Recife". Deve-se a Sylvio Romero o termo, usado para designar o movimento intelectual que começou por volta de 1860 e foi até o começo do século XX. Reinavam na Faculdade o espiritualismo aristotélico-tomista, uma filosofia idealista e eclética, assim como as ideias monárquicas e a tradição do feudalismo nordestino, dos senhores de terras explorando os trabalhadores; vigorava também um certo romantismo no plano intelectual, e a mentalidade geral era conservadora. Começa então, no dizer de Sylvio Romero, "um surto de ideias novas a assolar o país”, buscando os jovens professores recifenses apoio no positivismo de Augusto Comte e nas variações de Littré, Taine, Noiré e outros. 
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