Karl Popper e o pragmatismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Universitários (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpe.br/revistas/estudosuniversitarios/article/view/255938 |
Resumo: | Popper: o falibilismo, a racionalidade e a resolução de problemas.Em 1929, um grupo de jovens pensadores organizou o Círculo de Viena. Dele fizeram parte Moritz, Schilick, Rudolf Carnap, Neurath, Wittgenstein e outros. Karl Popper eventualmente participou do grupo, mas há uma enorme distância entre suas ideias e as desenvolvidas pelo Círculo Vienense. Na mesma época, durante um Congresso Internacional, um grupo de eslavistas famosos, na maior parte russos, formou o Círculo Linguístico de Praga, ao qual se integrou o grande Roman Jakobson. Em 1932, durante um Congresso, o Círculo recebeu o nome de "Escola de Praga", como ficou conhecido. Anos depois, Jakobson criticou seriamente o estruturalismo tcheco, por não haver acrescentado aos estudos da linguagem uma dimensão filosófica, principalmente a fenomenologia. Mas, no Círculo de Viena, havia filósofos preocupados com os estudos da linguagem, entre eles, Wittgenstein, que viria a tornar-se, mais tarde, um forte crítico de Popper. O Círculo de Viena tinha como objetivo precipuo estabelecer uma linha de demarcação entre o científico e o metafísico, assegurando que só as proposições que podem fisicamente ser verificadas são as que têm sentido. É o chamado Positivismo Lógico, que, após a ascensão do nazismo, foi dissolvido e seus remanescentes emigraram para os Estados Unidos e a Inglaterra, onde passaram a exercer enorme influência. Popper, em contrapartida, rejeitou esse conceito de demarcação. Para ele, os problemas metafísicos não só tinham significado como eram profundamente relevantes. Ademais, diferentemente dos positivistas, Popper entendia que os enunciados científicos são hipotéticos e podem ser falseados, mas nunca verificados quanto ao seu caráter veritativo. |
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