EMPIRIA DELICADA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pixo |
Texto Completo: | https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/pixo/article/view/6681 |
Resumo: | No percurso de elaboração de seu conceito de experiência, Benjamin consolidou a experiência urbana nos termos de uma vivência desempanhada no tempo presente (Erlebnis) ou da experientação que permite a rememoração e a compreensão histórica (Erfahrung). Contudo, considerada sua argumentação em torno de uma empiria delicada ( Zarte Empirie), enunciando uma nova configuração da experiência provocada pela cidade, é plausível perguntar se esse conceito de empiria delicada não estabeleceria, ele mesmo, o fundamento da teoria da experiência benjaminiana. Ao retornar de Moscou em 1927 Benjamin afirmou tanto sua decisão de escrever sobre o que vira e vivera naquela cidade, como a intenção de falar sobre ela segundo o princípio de que nela, todo fato já é teoria. Desse modo, Benjamin enunciava o que viria a ser o principal elemento em sua narrativa de experiências urbanas, aquilo que o faria abster-se de abstrações e, dentro de certos limites, de julgamentos. As descrições de Moscou, redigidas a partir daquela viagem, são narradas em três diferentes textos de Benjamin: no seu diário, nas cartas que endereça aos amigos e no artigo denominado Imagem-cidade, escrito após seu retorno à Alemanha. Quando percebe a inflexão que a experiência da cidade de Moscou provocava no seu modo de narrar, Benjamin passa a se ocupar da singularidade daquele objeto, em busca da compreensão do quanto convergisse para ele. Provocado pela experiência da cidade, Benjamin escreve sobre a exigência dos objetos de que, ao refletir sobre eles, nos exponhamos ao enfrentamento do singular, do fenomênico em sua infinita particularidade, e não de um ponto de partida universal e abstrato. |
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