CAMINHAR, COLHER E TRANSFORMAR CINZAS: Poéticas em paisagens queimadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Canetti, Ana Lúcia
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Assunção de Araújo, Nivalda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pixo
Texto Completo: https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/pixo/article/view/7322
Resumo: O presente artigo propõe um debate sobre paisagens queimadas em meio aos incêndios florestais e a perda significativa de espécies vegetais a partir de três produções autorais em áreas incendiadas do Cerrado brasileiro. Este artigo visa conectar estes trabalhos artísticos aos estudos de poéticas da paisagem, contribuindo para a formulação de um pensamento enredado de reflexões éticas, estéticas e políticas que desencadeia múltiplos modos de percepção sobre esses biomas em falência como entes do mundo pós-antropoceno. Essa conexão se traduz por uma metodologia da presença, a caminhada como recurso estilístico que viabiliza coleta e inventário dos danos e das cinzas. Deslocamento como signo artístico de um corpo que assume risco para promover uma economia de dispêndio, de gasto poético. A cinza que se transvalora em esmalte (em vidrados) para aplicar em cerâmicas, uma consumação catastrófica, o incêndio, em giro de transformação.
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