O INVISÍVEL DO VISÍVEL
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos do LEPAARQ |
Texto Completo: | http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/11498 |
Resumo: | Este trabalho tenta realizar uma análise ontológica da imagem visando a explicar sua omnipresença na história da humanidade. De fato, não há sociedade que tenha ignorado as imagens. Mesmo aquele que as condenaram com vigor, ao agirem assim, não faziam nada mais do que sublinhar a importante que atribuíam a elas. As imagens suscitaram então paixões tanto negativas (condenação teórica, interdição prática, iconoclasma, etc.) quanto positivas (amor pelas imagens, pela representação, etc.). Defende-se aqui a hipótese de que aquilo que está no fundamento da imagem é a sua capacidade de fazer a ligação entre o visível (aquilo que efetivamente se dá a ver na imagem) e o invisível (tudo aquilo que não se vê nela, mas na direção de que nos voltamos, para poder interpretá-la). De fato, nenhuma descrição, por mais detalhada que possa ser, esgota a significação dela. Implica dizer que aquilo que não está na imagem conta tanto quanto, senão até mais, do que aquilo que se encontra nela. Para balizar esta demonstração, apoiamo-nos sobre a documentação muito sugestiva da Mesopotâmia antiga e sobre certas criações emblemáticas da arte contemporâne, à luz de duas correntes de pensamento que marcaram o século XX, a psicanálise e a filosofia de Jacques Derrida (1930-2004). |
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O INVISÍVEL DO VISÍVELHistória, arqueologia, iconografiaMesopotâmia, imagem, visível, invisível, filosofiaEste trabalho tenta realizar uma análise ontológica da imagem visando a explicar sua omnipresença na história da humanidade. De fato, não há sociedade que tenha ignorado as imagens. Mesmo aquele que as condenaram com vigor, ao agirem assim, não faziam nada mais do que sublinhar a importante que atribuíam a elas. As imagens suscitaram então paixões tanto negativas (condenação teórica, interdição prática, iconoclasma, etc.) quanto positivas (amor pelas imagens, pela representação, etc.). Defende-se aqui a hipótese de que aquilo que está no fundamento da imagem é a sua capacidade de fazer a ligação entre o visível (aquilo que efetivamente se dá a ver na imagem) e o invisível (tudo aquilo que não se vê nela, mas na direção de que nos voltamos, para poder interpretá-la). De fato, nenhuma descrição, por mais detalhada que possa ser, esgota a significação dela. Implica dizer que aquilo que não está na imagem conta tanto quanto, senão até mais, do que aquilo que se encontra nela. Para balizar esta demonstração, apoiamo-nos sobre a documentação muito sugestiva da Mesopotâmia antiga e sobre certas criações emblemáticas da arte contemporâne, à luz de duas correntes de pensamento que marcaram o século XX, a psicanálise e a filosofia de Jacques Derrida (1930-2004).Universidade Federal de PelotasBachelot, Luc2017-06-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/1149810.15210/lepaarq.v14i27.114985391545420; V. 14, N. 27 (2017): JAN-JUN; 111-132Cadernos do LEPAARQ (UFPEL); V. 14, N. 27 (2017): JAN-JUN; 111-1322316-84121806-911810.15210/lepaarq.v14i27reponame:Cadernos do LEPAARQinstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELporhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/11498/7338Direitos autorais 2017 Luc Bachelothttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-30T01:58:17Zoai:ojs.10.0.0.224:article/11498Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/indexPUBhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/oaimilheirarafael@gmail.com||brunoleo.ribeiro@gmail.com||milheirarafael@gmail.com|| brunoleo.ribeiro@gmail.com2316-84121806-9118opendoar:2020-07-30T01:58:17Cadernos do LEPAARQ - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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