O RAP autóctone no Brasil e no Quebec. Brô MC’s e Samian: “Inclassificáveis”.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Righi, Volnei José
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Interfaces Brasil/Canadá (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/interfaces/article/view/12598
Resumo: Desde a década de 1980, o RAP é utilizado por comunidades periféricas e excluídas como canais de manifestação artística e cultural, bem como de questionamento social, de resistência e de enfrentamento aos poderes instituídos pelo mundo capitalista. Neste artigo, propomos uma aproximação entre o RAP produzido por índios brasileiros, representantes da etnia Kaiowá-Guarani, "Brô MC's", do Estado do Mato Grosso do Sul, que misturam a língua portuguesa com o Guarani para denunciar sua situação de miséria e de confinamento. O rapper mestiço Samian (Samuel Tremblay), por sua vez, originário da comunidade de Pikogan, utiliza a língua francesa e o "algonguin" para produzir seu trabalho artístico, de protesto e de denúncia. Em ambos os casos, o RAP coloca em evidência as disputas de terra e o apagamento da cultura indígena, bem como da própria vida do índio. O RAP se ocupa em ser o enunciador que dá voz para as populações indígenas e coloca em evidência os conflitos sociais e culturais entre a vida cotidiana dos grandes centros urbanos do Brasil e do Quebec e as realidades das comunidades autóctones
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spelling O RAP autóctone no Brasil e no Quebec. Brô MC’s e Samian: “Inclassificáveis”.Autochthonous RAP in Brazil and in Quebec. Brô MC's and Samian: "unclassifiable"Autochthonous RAPRepresentationIdentity. ResistanceRAP AutóctoneRepresentaçãoIdentidadeResistênciaDesde a década de 1980, o RAP é utilizado por comunidades periféricas e excluídas como canais de manifestação artística e cultural, bem como de questionamento social, de resistência e de enfrentamento aos poderes instituídos pelo mundo capitalista. Neste artigo, propomos uma aproximação entre o RAP produzido por índios brasileiros, representantes da etnia Kaiowá-Guarani, "Brô MC's", do Estado do Mato Grosso do Sul, que misturam a língua portuguesa com o Guarani para denunciar sua situação de miséria e de confinamento. O rapper mestiço Samian (Samuel Tremblay), por sua vez, originário da comunidade de Pikogan, utiliza a língua francesa e o "algonguin" para produzir seu trabalho artístico, de protesto e de denúncia. Em ambos os casos, o RAP coloca em evidência as disputas de terra e o apagamento da cultura indígena, bem como da própria vida do índio. O RAP se ocupa em ser o enunciador que dá voz para as populações indígenas e coloca em evidência os conflitos sociais e culturais entre a vida cotidiana dos grandes centros urbanos do Brasil e do Quebec e as realidades das comunidades autóctonesSince the 1980s, RAP is used by inner city (in North America), suburban (in Brazil) and excluded communities, as the channel of artistic and cultural manifestations, as well as social questioning, resistance and confrontation with the power instituted by the capitalist world. In this article, we propose an approach between the RAP produced by the native Indians of Brazil, who are the representatives of the ethnic group KaiowáGuarani, "Brô MC's" from the state of Mato Grosso do Sul, and that of the rapper Samian (Samuel Tremblay). The former mix the Portuguese and Guarani languages to denounce their misery and confinement. The latter, Samian, who is from the Pikogan community, uses the French and Algonquin languages to produce his artistic work, protests and accusations. In both cases, RAP highlights the conflicts over the ownership of the land, the extinction of indigenous culture and the very life of the native. RAP is responsible for being the mouthpiece that gives its voice to the natives, and highlights both the social and cultural conflicts between the daily life of the major urban centers of Brazil and Quebec and the realities of the natives.Abecan2017-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/interfaces/article/view/1259810.15210/interfaces.v17i3.12598Interfaces Brasil/Canadá; v. 17 n. 3 (2017): Representações das dinâmicas urbanas na literatura e no cinema do Quebec e do Brasil; 118-134Interfaces, Brazil/Canada, Brazilian Journal of Canadian Studies; Vol. 17 No. 3 (2017): Representations of urban dynamics in literature and cinema in Quebec and Brazil; 118-134Interfaces, Brasil/Canadá; Vol. 17 Núm. 3 (2017): Representações das dinâmicas urbanas na literatura e no cinema do Quebec e do Brasil; 118-134Interfaces, Brésil/Canadá; Vol. 17 No 3 (2017): Representações das dinâmicas urbanas na literatura e no cinema do Quebec e do Brasil; 118-1341984-56771519-099410.15210/interfaces.v17i3reponame:Interfaces Brasil/Canadá (Online)instname:Associação Brasileira de Estudos Canadenses (ABECAN)instacron:UFPELporhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/interfaces/article/view/12598/8077Copyright (c) 2017 Interfaces Brasil/Canadáinfo:eu-repo/semantics/openAccessRighi, Volnei José2019-10-14T00:11:33Zoai:ojs.ufpel:article/12598Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/interfaces/indexPUBhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/interfaces/oai||interfaces.contato@outlook.com|| gunter@terra.com.br1984-56771519-0994opendoar:2019-10-14T00:11:33Interfaces Brasil/Canadá (Online) - Associação Brasileira de Estudos Canadenses (ABECAN)false
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