NO DISCURSO DO CONFRONTO, O TRABALHADOR (RE)DESCOBERTO. PENSAR COM ENI ORLANDI
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno de Letras (Pelotas. Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/22648 |
Resumo: | Ancorado no gesto de abertura proposto por Orlandi (1990) em sua obra Terra à Vista, este artigo propõe-se a analisar a construção discursiva (imaginária) do trabalho nos pronunciamentos públicos de 1º de Maio de Getúlio Vargas. As materialidades em análise, constituídas pela ideologia de Estado personalista, remetem à razão novo-estadista, período ditatorial marcado por uma tentativa de modernização da nação brasileira. Baseado, fundamentalmente, nos princípios epistemológicos da Análise de Discurso materialista, fundados por Pêcheux e atualizados/territorializados por Orlandi, o trabalho atenta às imagens de trabalho pelo viés do pré-construído, funcionamento específico do interdiscurso que se marca na linearidade linguística como um impensado do pensamento, à revelia do sujeito. O gesto analítico levado a efeito pontua que o trabalho é imaginariamente construído como matriz que consubstancia os demais imaginários sociais, estando diretamente imbricado à representação das classes, da economia, do governo e da nação. O funcionamento da memória, social (PÊCHEUX, [1975] 2014; ORLANDI, 1990; 2003) e afetiva (SILVA, 2012), por via de retorno, marca no funcionamento sintático a reinserção do interdiscurso, fazendo emergir os pré-construídos (i) da produção e do consumo como motrizes da economia, (ii) da dignificação do trabalhador pelo trabalho frente à figura personalista do governante e o (iii) da colaboração de classes (em denegação dos litígios sociais). |
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NO DISCURSO DO CONFRONTO, O TRABALHADOR (RE)DESCOBERTO. PENSAR COM ENI ORLANDIImaginário; trabalho; pré-construído; discurso político.Ancorado no gesto de abertura proposto por Orlandi (1990) em sua obra Terra à Vista, este artigo propõe-se a analisar a construção discursiva (imaginária) do trabalho nos pronunciamentos públicos de 1º de Maio de Getúlio Vargas. As materialidades em análise, constituídas pela ideologia de Estado personalista, remetem à razão novo-estadista, período ditatorial marcado por uma tentativa de modernização da nação brasileira. Baseado, fundamentalmente, nos princípios epistemológicos da Análise de Discurso materialista, fundados por Pêcheux e atualizados/territorializados por Orlandi, o trabalho atenta às imagens de trabalho pelo viés do pré-construído, funcionamento específico do interdiscurso que se marca na linearidade linguística como um impensado do pensamento, à revelia do sujeito. O gesto analítico levado a efeito pontua que o trabalho é imaginariamente construído como matriz que consubstancia os demais imaginários sociais, estando diretamente imbricado à representação das classes, da economia, do governo e da nação. O funcionamento da memória, social (PÊCHEUX, [1975] 2014; ORLANDI, 1990; 2003) e afetiva (SILVA, 2012), por via de retorno, marca no funcionamento sintático a reinserção do interdiscurso, fazendo emergir os pré-construídos (i) da produção e do consumo como motrizes da economia, (ii) da dignificação do trabalhador pelo trabalho frente à figura personalista do governante e o (iii) da colaboração de classes (em denegação dos litígios sociais).Universidade Federal de PelotasO presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001.Bretanha, SantiagoLucena Caetano, Virgínia2022-06-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/2264810.15210/cdl.v0i0.22648Caderno de Letras; 2022: Número especial - 30 ANOS DE TERRA À VISTA. UMA HOMENAGEM A ENI ORLANDI; 137-1552358-14090102-957610.15210/cdl.v0i0reponame:Caderno de Letras (Pelotas. Online)instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELporhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/22648/14406Direitos autorais 2022 Santiago Bretanha, Virgínia Lucena Caetanohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2022-06-02T15:31:00Zoai:ojs.10.0.0.224:article/22648Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/indexPUBhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/oaicadernodeletras@ufpel.edu.br||cadernodeletras@ufpel.edu.br|| hjcribeiro@gmail.com|| fonseca.claudialorena@gmail.com2358-14090102-9576opendoar:2022-06-02T15:31Caderno de Letras (Pelotas. Online) - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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