A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mota Neto, João Colares da
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Faval, Gabriela Costa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Caderno de Letras (Pelotas. Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/18023
Resumo: Os processos de colonização de Espanha e Portugal foram marcados pela imposição linguística feita sobre suas colônias nas Américas, ocasionando a perda de identidade por parte dos povos originários locais e a subordinação linguística que perdura nos tempos atuais. Este artigo objetiva debater as resistências e movimentos, como o Manifesto pela Soberania Idiomática de 2005 – que foi oposição contundente às imposições idiomáticas promovidas pela Real Academia Espanhola (RAE) – e os posicionamentos independentistas do idioma no Brasil, no início do século XIX e o mais recente Acordo Ortográfico de 1990, assinado pelos países falantes da língua portuguesa. Por meio de um estudo bibliográfico e considerando-se o aporte teórico  de Walsh (2009) e Brandão (2009), o conceito de colonialidade idiomática em Lagares (2013) e Parera (2014) e da historicização do português no Brasil em Garcia (2007), Guimarães (2005) e Medeiros (2006), buscou-se enfatizar os aspectos culturais, identitários e políticos da implantação dessas línguas, as lutas travadas no intuito de garantir a soberania idiomática dos países marcados pela colonização e denunciar as perspectivas colonialistas e centralistas, ainda presentes e impostas na América Latina. Concluiu-se ser imprescindível a reafirmação das muitas identidades idiomáticas e a ruptura com as imposições linguísticas de matriz europeia, de modo a possibilitar o reconhecimento e a visibilidade étnico-cultural e identitária dos povos que constituem o espanhol latino-americano, o português brasileiro e suas diversidades.
id UFPEL-4_45468d00864cd110a73b01958db41b65
oai_identifier_str oai:ojs.ufpel:article/18023
network_acronym_str UFPEL-4
network_name_str Caderno de Letras (Pelotas. Online)
repository_id_str
spelling A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIAOs processos de colonização de Espanha e Portugal foram marcados pela imposição linguística feita sobre suas colônias nas Américas, ocasionando a perda de identidade por parte dos povos originários locais e a subordinação linguística que perdura nos tempos atuais. Este artigo objetiva debater as resistências e movimentos, como o Manifesto pela Soberania Idiomática de 2005 – que foi oposição contundente às imposições idiomáticas promovidas pela Real Academia Espanhola (RAE) – e os posicionamentos independentistas do idioma no Brasil, no início do século XIX e o mais recente Acordo Ortográfico de 1990, assinado pelos países falantes da língua portuguesa. Por meio de um estudo bibliográfico e considerando-se o aporte teórico  de Walsh (2009) e Brandão (2009), o conceito de colonialidade idiomática em Lagares (2013) e Parera (2014) e da historicização do português no Brasil em Garcia (2007), Guimarães (2005) e Medeiros (2006), buscou-se enfatizar os aspectos culturais, identitários e políticos da implantação dessas línguas, as lutas travadas no intuito de garantir a soberania idiomática dos países marcados pela colonização e denunciar as perspectivas colonialistas e centralistas, ainda presentes e impostas na América Latina. Concluiu-se ser imprescindível a reafirmação das muitas identidades idiomáticas e a ruptura com as imposições linguísticas de matriz europeia, de modo a possibilitar o reconhecimento e a visibilidade étnico-cultural e identitária dos povos que constituem o espanhol latino-americano, o português brasileiro e suas diversidades.Universidade Federal de Pelotas2020-05-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/1802310.15210/cdl.v0i36.18023Caderno de Letras; n. 36 (2020): Dossiê Linguagens; 257-2742358-14090102-957610.15210/cdl.v0i36reponame:Caderno de Letras (Pelotas. Online)instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELporhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/18023/11471Copyright (c) 2020 Caderno de Letrashttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMota Neto, João Colares daFaval, Gabriela Costa2021-07-02T14:37:47Zoai:ojs.ufpel:article/18023Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/indexPUBhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/oaicadernodeletras@ufpel.edu.br||cadernodeletras@ufpel.edu.br|| hjcribeiro@gmail.com|| fonseca.claudialorena@gmail.com2358-14090102-9576opendoar:2021-07-02T14:37:47Caderno de Letras (Pelotas. Online) - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
dc.title.none.fl_str_mv A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
title A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
spellingShingle A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
Mota Neto, João Colares da
title_short A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
title_full A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
title_fullStr A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
title_full_unstemmed A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
title_sort A SOBERANIA IDIOMÁTICA NA AMÉRICA LATINA: CONTEXTOS DE RESISTÊNCIA
author Mota Neto, João Colares da
author_facet Mota Neto, João Colares da
Faval, Gabriela Costa
author_role author
author2 Faval, Gabriela Costa
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mota Neto, João Colares da
Faval, Gabriela Costa
description Os processos de colonização de Espanha e Portugal foram marcados pela imposição linguística feita sobre suas colônias nas Américas, ocasionando a perda de identidade por parte dos povos originários locais e a subordinação linguística que perdura nos tempos atuais. Este artigo objetiva debater as resistências e movimentos, como o Manifesto pela Soberania Idiomática de 2005 – que foi oposição contundente às imposições idiomáticas promovidas pela Real Academia Espanhola (RAE) – e os posicionamentos independentistas do idioma no Brasil, no início do século XIX e o mais recente Acordo Ortográfico de 1990, assinado pelos países falantes da língua portuguesa. Por meio de um estudo bibliográfico e considerando-se o aporte teórico  de Walsh (2009) e Brandão (2009), o conceito de colonialidade idiomática em Lagares (2013) e Parera (2014) e da historicização do português no Brasil em Garcia (2007), Guimarães (2005) e Medeiros (2006), buscou-se enfatizar os aspectos culturais, identitários e políticos da implantação dessas línguas, as lutas travadas no intuito de garantir a soberania idiomática dos países marcados pela colonização e denunciar as perspectivas colonialistas e centralistas, ainda presentes e impostas na América Latina. Concluiu-se ser imprescindível a reafirmação das muitas identidades idiomáticas e a ruptura com as imposições linguísticas de matriz europeia, de modo a possibilitar o reconhecimento e a visibilidade étnico-cultural e identitária dos povos que constituem o espanhol latino-americano, o português brasileiro e suas diversidades.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-05-12
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/18023
10.15210/cdl.v0i36.18023
url https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/18023
identifier_str_mv 10.15210/cdl.v0i36.18023
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/18023/11471
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Caderno de Letras
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Caderno de Letras
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.source.none.fl_str_mv Caderno de Letras; n. 36 (2020): Dossiê Linguagens; 257-274
2358-1409
0102-9576
10.15210/cdl.v0i36
reponame:Caderno de Letras (Pelotas. Online)
instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron:UFPEL
instname_str Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron_str UFPEL
institution UFPEL
reponame_str Caderno de Letras (Pelotas. Online)
collection Caderno de Letras (Pelotas. Online)
repository.name.fl_str_mv Caderno de Letras (Pelotas. Online) - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
repository.mail.fl_str_mv cadernodeletras@ufpel.edu.br||cadernodeletras@ufpel.edu.br|| hjcribeiro@gmail.com|| fonseca.claudialorena@gmail.com
_version_ 1799755958572810240