AS TRÊS MARIAS E O PROTAGONISMO DAS TRABALHADORAS: SUBMISSÃO, CONTESTAÇÃO E AMOR FALHADO EM PERSONAGENS DA LITERATURA PORTUGUESA HIPERCONTEMPORÂNEA
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno de Letras (Pelotas. Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/21242 |
Resumo: | Além da coincidência do nome Maria, as três personagens analisadas neste artigo carregam outras marcas comuns: são trabalhadoras exploradas pelo jogo do poder, subalternizadas, domesticadas, vítimas de abuso, convivem com a arrogância e o preconceito de seus patrões em um Portugal em crise. As três Marias, a da Graça, a dos Canos Serrados e a da Guia, são personagens da literatura portuguesa hipercontemporânea, construídas em diferentes perspectivas narrativas. A primeira carrega o foco narrativo de uma voz heterodiegética, em o apocalipse dos trabalhadores, de Valter Hugo Mãe; a segunda é a narradora autodiegética do livro homônimo de Ricardo Adolfo; e a terceira é uma importante personagem, ainda que coadjuvante, de Os meus sentimentos, de Dulce Maria Cardoso. As três procuram assumir algum tipo de protagonismo contra o silenciamento, possuem no amor uma chance de felicidade, mas constituem-se como seres rompidos, vazios, elementos descartáveis dentro da sociedade portuguesa, e recebem, a todo momento, os sinais de proibição a espaços que socialmente não lhe cabem, seguindo a tendência de segregação social. Este artigo pretende recuperar essas vozes em entrecruzamento, mostrando o papel dessas mulheres excluídas nas narrativas e suas lutas contra o poder estabelecido. Como referencial teórico, autores como Michel Foucault, Linda Hutcheon, Umberto Eco, Byung-Chul Han, Erich Fromm, Judith Butler, Eduardo Lourenço, Regina Dalcastagnè, Silviano Santiago, entre outros. |
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AS TRÊS MARIAS E O PROTAGONISMO DAS TRABALHADORAS: SUBMISSÃO, CONTESTAÇÃO E AMOR FALHADO EM PERSONAGENS DA LITERATURA PORTUGUESA HIPERCONTEMPORÂNEALiteratura portuguesa hipercontemporânea; poder; trabalho; submissão; corpo.Além da coincidência do nome Maria, as três personagens analisadas neste artigo carregam outras marcas comuns: são trabalhadoras exploradas pelo jogo do poder, subalternizadas, domesticadas, vítimas de abuso, convivem com a arrogância e o preconceito de seus patrões em um Portugal em crise. As três Marias, a da Graça, a dos Canos Serrados e a da Guia, são personagens da literatura portuguesa hipercontemporânea, construídas em diferentes perspectivas narrativas. A primeira carrega o foco narrativo de uma voz heterodiegética, em o apocalipse dos trabalhadores, de Valter Hugo Mãe; a segunda é a narradora autodiegética do livro homônimo de Ricardo Adolfo; e a terceira é uma importante personagem, ainda que coadjuvante, de Os meus sentimentos, de Dulce Maria Cardoso. As três procuram assumir algum tipo de protagonismo contra o silenciamento, possuem no amor uma chance de felicidade, mas constituem-se como seres rompidos, vazios, elementos descartáveis dentro da sociedade portuguesa, e recebem, a todo momento, os sinais de proibição a espaços que socialmente não lhe cabem, seguindo a tendência de segregação social. Este artigo pretende recuperar essas vozes em entrecruzamento, mostrando o papel dessas mulheres excluídas nas narrativas e suas lutas contra o poder estabelecido. Como referencial teórico, autores como Michel Foucault, Linda Hutcheon, Umberto Eco, Byung-Chul Han, Erich Fromm, Judith Butler, Eduardo Lourenço, Regina Dalcastagnè, Silviano Santiago, entre outros. Universidade Federal de PelotasAngelini, Paulo Ricardo Kralik2022-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/2124210.15210/cdl.v0i42.21242Caderno de Letras; n. 42 (2022): Edição Atemática - Linguística e Literatura; 7-282358-14090102-957610.15210/cdl.v0i42reponame:Caderno de Letras (Pelotas. Online)instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELporhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/21242/14204Direitos autorais 2022 Paulo Ricardo Kralik Angelinihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2022-04-08T17:35:49Zoai:ojs.10.0.0.224:article/21242Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/indexPUBhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/oaicadernodeletras@ufpel.edu.br||cadernodeletras@ufpel.edu.br|| hjcribeiro@gmail.com|| fonseca.claudialorena@gmail.com2358-14090102-9576opendoar:2022-04-08T17:35:49Caderno de Letras (Pelotas. Online) - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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