Fatores associados violência escolar e qualidade de vida em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FARIAS, Ariany Cristine do Nascimento
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000v9q0
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48478
Resumo: A violência vem ganhado espaço no meio escolar, seja por meio do bullying ou por atos de transgressões e incivilidades, e se configurado com frequência no cotidiano de crianças e adolescentes, impactando em alterações no desenvolvimento social, afetivo, afetivo-sexual, psicológico, comportamental, biológico e na qualidade de vida. O conceito de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) tem sido definido como um constructo multidimensional e subjetivo, que abrange como o indivíduo se sente em relação aos diversos domínios da sua vida. Relacionar a violência escolar à qualidade de vida pode beneficiar na atuação de enfermeiros e demais membros da equipe multidisciplinar, assim como à professores e corpo escolar, na elaboração de projetos voltados a uma educação em saúde focada nas vulnerabilidades dos subgrupos com maior exposição à violência escolar e com menor qualidade de vida. O objetivo da presente pesquisa é analisar as diferenças da qualidade de vida de acordo com a violência escolar e os determinantes de saúde em adolescentes que integram escolas públicas na cidade de Recife/PE. A metodologia é definida como um estudo transversal, do tipo quantitativo, realizado com adolescentes dos 15 aos 18 anos e matriculados em duas escolas públicas da cidade de Recife (Pernambuco). Para correlacionar os indicadores de qualidade de vida relacionada à saúde e violência escolar, foram aplicados o Kidscreen-52 e a Escala de Violência Escolar. A análise dos dados foi realizada através do SPSS versão 21.0, onde evidenciou-se que determinados grupos de escolares, como os que não possuíam religião, as do gênero feminino, os que estavam em algum relacionamento amoroso, aqueles que referiram doença prévia e os que faziam uso de medicações regularmente, apresentaram uma qualidade de vida inferior em relação aos demais. Foi verificado que tanto vítimas quanto agressores de bullying demonstraram comprometimento nos escores de qualidade de vida, com implicações negativas quanto aos sentimentos de autopercepção, autonomia, relação com os pais e ambiente escolar. Assim como foi possível identificar o envolvimento de professores/funcionários da escola como emissores de atos depreciativos ao adolescente, implicando em efeitos prejudiciais nas relações de vínculo entre o aluno e a escola. Por sua vez, os comportamentos de risco na escola, como o uso de álcool, estavam vinculados ao gênero masculino, não ter religião e ser repetente. Os achados reforçam a necessidade de envolvimento tanto das vítimas, quanto dos perpetradores, família e comunidade escolar em ações educativas para o enfrentamento desta injúria, como estratégia possível para mobilizar uma conscientização crítica e promover uma cultura de paz.
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spelling FARIAS, Ariany Cristine do Nascimentohttp://lattes.cnpq.br/3947964746614170http://lattes.cnpq.br/8814068290329233MONTEIRO, Estela Maria Leite Meirelles2023-01-02T14:08:23Z2023-01-02T14:08:23Z2022-07-20FARIAS, Ariany Cristine do Nascimento. Fatores associados violência escolar e qualidade de vida em adolescentes. 2022. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48478ark:/64986/001300000v9q0A violência vem ganhado espaço no meio escolar, seja por meio do bullying ou por atos de transgressões e incivilidades, e se configurado com frequência no cotidiano de crianças e adolescentes, impactando em alterações no desenvolvimento social, afetivo, afetivo-sexual, psicológico, comportamental, biológico e na qualidade de vida. O conceito de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) tem sido definido como um constructo multidimensional e subjetivo, que abrange como o indivíduo se sente em relação aos diversos domínios da sua vida. Relacionar a violência escolar à qualidade de vida pode beneficiar na atuação de enfermeiros e demais membros da equipe multidisciplinar, assim como à professores e corpo escolar, na elaboração de projetos voltados a uma educação em saúde focada nas vulnerabilidades dos subgrupos com maior exposição à violência escolar e com menor qualidade de vida. O objetivo da presente pesquisa é analisar as diferenças da qualidade de vida de acordo com a violência escolar e os determinantes de saúde em adolescentes que integram escolas públicas na cidade de Recife/PE. A metodologia é definida como um estudo transversal, do tipo quantitativo, realizado com adolescentes dos 15 aos 18 anos e matriculados em duas escolas públicas da cidade de Recife (Pernambuco). Para correlacionar os indicadores de qualidade de vida relacionada à saúde e violência escolar, foram aplicados o Kidscreen-52 e a Escala de Violência Escolar. A análise dos dados foi realizada através do SPSS versão 21.0, onde evidenciou-se que determinados grupos de escolares, como os que não possuíam religião, as do gênero feminino, os que estavam em algum relacionamento amoroso, aqueles que referiram doença prévia e os que faziam uso de medicações regularmente, apresentaram uma qualidade de vida inferior em relação aos demais. Foi verificado que tanto vítimas quanto agressores de bullying demonstraram comprometimento nos escores de qualidade de vida, com implicações negativas quanto aos sentimentos de autopercepção, autonomia, relação com os pais e ambiente escolar. Assim como foi possível identificar o envolvimento de professores/funcionários da escola como emissores de atos depreciativos ao adolescente, implicando em efeitos prejudiciais nas relações de vínculo entre o aluno e a escola. Por sua vez, os comportamentos de risco na escola, como o uso de álcool, estavam vinculados ao gênero masculino, não ter religião e ser repetente. Os achados reforçam a necessidade de envolvimento tanto das vítimas, quanto dos perpetradores, família e comunidade escolar em ações educativas para o enfrentamento desta injúria, como estratégia possível para mobilizar uma conscientização crítica e promover uma cultura de paz.Violence has gained space in the school environment, whether through bullying or acts of transgressions and incivilities, and is often configured in the daily lives of children and adolescents, impacting changes in social, affective, affective-sexual, psychological, behavioral development. , biological and quality of life. The concept of Health-Related Quality of Life (HRQoL) has been defined as a multidimensional and subjective construct, which encompasses how the individual feels in relation to the various domains of his life. Relating school violence to quality of life can benefit the work of nurses and other members of the multidisciplinary team, as well as teachers and school staff, in the development of projects aimed at health education focused on the vulnerabilities of subgroups with greater exposure to school violence and with lower quality of life. The objective of this research is to analyze the differences in quality of life according to school violence and health determinants in adolescents who attend public schools in the city of Recife/PE. The methodology is defined as a cross-sectional, quantitative study, carried out with adolescents aged 15 to 18 years and enrolled in two public schools in the city of Recife (Pernambuco). To correlate the indicators of quality of life related to health and school violence, the Kidscreen-52 and the School Violence Scale were applied. Data analysis was performed using SPSS version 21.0, which showed that certain groups of schoolchildren, such as those who had no religion, those who were female, those who were in a romantic relationship, those who reported previous illness and those who they used medication regularly, had a lower quality of life compared to the others. It was found that both victims and aggressors of bullying showed impairment in quality of life scores, with negative implications for feelings of self-perception, autonomy, relationship with parents and the school environment. As well as it was possible to identify the involvement of teachers/school employees as emitters of derogatory acts towards the teenager, implying harmful effects on the bonding relationship between the student and the school. In turn, risk behaviors at school, such as the use of alcohol, were linked to the male gender, not having a religion and repeating. The findings reinforce the need to involve both victims and perpetrators, family and school community in educational actions to face this injury, as a possible strategy to mobilize critical awareness and promote a culture of peace.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EnfermagemUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessAdolescenteViolênciaEscolasQualidade de VidaEnfermagemEducação em SaúdeFatores associados violência escolar e qualidade de vida em adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Ariany Cristine do Nascimento Farias.pdfDISSERTAÇÃO Ariany Cristine do Nascimento Farias.pdfapplication/pdf4109600https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48478/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ariany%20Cristine%20do%20Nascimento%20Farias.pdfe78766ea0c4ca9b3d73322ab55b948c3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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